Desculpas

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Noah Urrea.

Ela suspira antes de começar a falar.

-Jeky e eu olhamos as imagens da câmera do dia da festa de Lir... Só para eu ter certeza que você saiu. - ela olha para a mão e começa a estralar os dedos. - E... Bom, você não saiu.

-Nada de novo. - falo e sorrio.

-Eu sou uma idiota, Noah. - balanço a cabeça em uma forma positiva e ela dá uma risada. Já falei que amo o sorriso dela? - Me desculpa, de verdade. Não sei como pensei que você faria isso comigo ou com qualquer outra pessoa. Sou uma idiota que não te merece... - a interrompo.

-Ei. Tá tudo bem.

-Mesmo? - faço positivo com o dedo. - Amigos?

-An? - amigos? Ela quer ser minha amiga? - Veio aqui para pedir para ser minha amiga?

-Claro, não queria ficar brigada com você, Noah. - ela responde com obviedade.

-Ah fala sério, Sina. - levanto da cama. - Eu não quero ser seu amigo.

-Mas...

-Tá, você não quer voltar? - pergunto e ela sorri - se você não quisesse que tenhamos algo novamente não tinha necessidade de vir aqui.

-Claro que quero Noah. Eu só... - engole seco. - Pensei que você não quisesse.

-Tirou isso de onde? - ela dá de ombros. - É tudo que mais quero agora, Sina. - me sento ao seu lado e ela sorri.

-Então... Podemos voltar a ter o que tinhamos antes? - confirmo e ela se joga em mim, me envolvendo em um abraço. - Eu te a... Adoro, e você sabe disso, não é mesmo?

-Sei. - ergo a cabeça dela com as mãos e lhe dou um selinho. - senti saudades.

-Eu também. - e então ela me beija. Sabe quando você lê um livro e o personagem diz o seguinte "o beijo tinha gosto de saudades"? Então, eu sempre pensei que não era possível, mas, aqui está... O beijo da Sina tem gosto de saudade. - Que tal sairmos? - ela pergunta quando nos separamos.

-Agora? - ela confirma. - Mas ja está tarde.

-E o que tem?

-Okay, vamos aonde?

-Não sei. Vamos apenas dirigir pela cidade. - ela diz e sai do quarto.

Dez minutos mais tarde ela me manda a seguinte mensagem:

Estou pronta. Estou na sala.

Guardo meu celular no bolso e coloco um blusão de frio.

Desço as escadas e Vejo Willin, minha mãe e Sina sentados no sofá enquanto conversam.

-Vamos? - pergunto.

-Vamos. - Sina responde se levantando.

-Onde vão? - mamãe pergunta.

-Er... Lamar nos chamou. - Sina diz.

-Mas a essas horas? - Willin diz

-É uma emergência que somente nós dois podemos ajudar.  - índico eu e Sina. Eles balançam a cabeça e eu e Si deixamos a sala.

-Vamos fazer curso de teatro? - Sina pergunta

-O quê? Para quê? - entramos no carro.

-Somos bons em atuar. - ela diz e ri.

-Vamos dirigir para onde?  - pergunto.

-Colina! - ela diz e eu saio com o carro.

Na metade do caminho ela liga o som do carro e começa a cantar "love"

-Deus! Que música velha! - digo.

-E quem liga? Ela é um hino. - ela diz sorrindo para a janela.

Sorrio e paro o carro quando chegamos na colina. Descemos do carro e ela junta nossas mãos enquanto subimos a colina. Já no topo nós nos sentamos lado a lado, enquanto ela olha as estrelas a mesma deita em meu ombro.

-Você consegue ver diferença entre as estrelas? - pergunta.

-Para ser sincero não. - respondo e ela sorri.

-Nem eu. - ela se levanta e se senta em meu colo com as pernas somente de um lado e com os braços ao redor do meu pescoço. Eu coloco as mãos em sua cintura. - Senti tanta sua falta nesses últimos dois dias.

-Eu também, e você nem imagina. - digo e a beijo.

-O que vamos fazer? - pergunta.

-Sobre?

-Nós e nossos pais. - ela me lembra.

-Não sei. Deixar rolar? E contar algum dia?

-É claro que vamos contar algum dia - ela diz sorrindo. - mas que dia?

-Não sei. - a aproximo mais de mim - precisamos mesmo de falar sobre isso?

-Não. - ela sorri.

Eu não sei como será quando contarmos para nossos pais, mas eu tenho certeza que nem uma palavra que sair da boca deles vão nos separar.

Meio-irmãos - Noart.Onde histórias criam vida. Descubra agora