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O que posso fazer agora com esse coração partido?
Quando tudo o que queria era estar com alguém
Como posso me levantar quando cai tão duro?
E o que eu recostei está nos braços de outra pessoa

Então talvez eu não saiba o que eu quero
Talvez eu seja louco
Talvez eu esteja preparado para desistir
Mas é melhor dizer do que fazer
Quando sou feito para o amor
Sim, feito para o amor
Sou feito para o amor
Mas vejo que desta vez talvez não tenha sido feito para mim

Sou jovem, mas sou velho o suficiente
Saber que os contos de fadas nem sempre se tornam realidade
É hora de admitir que o que é feito é feito
Então estou indo porque eu não sou o único com você

Sim, talvez eu não saiba o que eu quero
Talvez eu seja louco
Talvez eu esteja preparado para desistir
Mas é melhor dizer do que fazer
Quando sou feito para o amor
Sim, feito para o amor
Sou feito para o amor
Mas vejo que desta vez talvez não tenha sido feito para mim
Estou preparado para o amor
Feito para o amor
Feito para o amor

By Shivani

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
A verdade é que nem sempre podemos ter a liberdade de se arriscar, quando nos prendemos a algo súbito, passageiro.

As promessas feitas quando crianças, são apenas promessas tolas que nunca serão cumpridas. Não importa o quanto dure, ela vai acabar, pois você cresce, amadurece e se torna uma pessoa indescritível, que quando lembra de sua infância, apenas solta a respiração e responde "bons tempos..."

Eu me sinto fraca ao me lembrar de como fui estúpida quando mais jovem. As esperanças de ter uma vida saudável e seletiva sempre estavam perambulando minha mente, mas eu nunca pude ser a pessoa que sempre desejei, e particularmente, odeio esse aspecto, pois nos mostra que sonhos são apenas sonhos, e nunca passarão disso.

Aprendi a nunca esperar nada de ninguém. Desde então, eu só tenho surpresas - nunca decepção.

Essa é a minha vida, tão simples, certo? Se eu pudesse defini-la em uma palavra seria extinta. Exato, eu não queria viver. Eu fui um erro; alguns erros são cometidos, tá tudo bem, tudo ok, você pode pensar que está apaixonado quando está apenas com dor...

[...]

Eu poderia me sentir fraca, mas jamais demonstraria esse lado para ninguém. Desejo ser útil, mesmo que não passe de uma garota amargurada, tentando concertar a vida, tampando a cratera que se estendia pelo coração. Eu estava ferida, e não aguentava mais estar ali, apenas sendo usada como distração, sendo que poderia estar vivendo um sonho que prometi a mim mesma viver com apenas 5 anos de idade.

Eu era da Índia, e consequentemente, minha família era pobre. Minha mãe nos sustentava com apenas pãos velhos que as pessoas desperdiçavam. Eu furtei pela primeira vez, e consegui. Então aquilo se tornou costume, até me encontrarem. As coisas começaram a se complicar, ainda mais quando minha mãe pagou o preço. Ela foi morta, na minha frente como castigo.

As imagens ainda permancem em minha mente, destruindo meu coração. Era minha culpa, ela poderia estar viva — ela deveria estar viva — mas não está, eu deveria estar no lugar dela. Enquanto minha querida mamãe aproveitasse os dias que lhe restavam, eu estaria queimando no fogo do inferno, pelo menos, é o que me cobro todos esses anos.

Eu estava no telhado, não pensava em pular, apenas olhava para o céu magoada, sentindo a falta de uma presença materna, já que a paterna nunca tive. Eu me machuquei todo esse tempo, me culpando pela vida arrancada de uma pobre jovem, que lutava para sobreviver na mísera.

— Eu me juntarei a você, logo logo

— Com quem está falando? — escutei a voz grave de Bailey atrás. Estava sentada bem na beira, e agora, o moreno estava junto a mim.

— Com ninguém, gosto de conversar sozinha

— Você é doida.

Não respondi, não precisava. Era desnecessário gastar minha saliva explicando que a poha da minha vida não teria valor quanto a de um certo alguém.

— Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe. — deixei a frase escapulir

— E você acha que está vivendo ou existindo?

— Eu estou morta Bailey

— Como? — ele não entendeu, e não era novidade

— Eu não deveria estar aqui, não deveria ter nascido. Aqui não é o meu lugar. Eu não mereço as pessoas que me cercam. E as pessoas não me merecem...

— Você é especial — a sua frase soou naturalmente, deduzi que não disse no
automático

— Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes.

A sua risada gostosa invadiu o lugar

— Você está certa, as pessoas as vezes são problemáticas, outras vezes, te ensinam coisas que você nunca pensou em aprender. Eu me sinto apenas um aluno, e você é a minha professora — Bailey respondeu segurando em minha bochecha, se aproximando para me beijar, mas eu esquivei

— Me desculpa Bailey, mas não posso fazer se apaixonar por uma pessoa, que depois não estará mais aqui — murmurei me levantando — Que você seja feliz, e que tenha a vida que sempre sonhou...

Depois desta única frase, me retirei do telhado, saindo sem nenhuma expressão, apenas o meu profundo sentimento dolorido, que me tornava um vexame

Mais um capítulo para vocês, espero que tenham gostado. Ignorem os erros ortográficos e até o próximo episódio

Quem está bad por causa deste capítulo? Até eu estou.

Eu troquei de capa e agora to arrependida. Mas perdi a capa antiga e agora já era. Vocês gostaram?

Perdão a demora, mas ta aí... obrigada pelos 13k aaah

Xoxo Marilu

CRIMINALSOnde histórias criam vida. Descubra agora