CAPÍTULO DOIS

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— Ainda não me acostumei com o fato do banheiro feminino não ser tão perto do meu quarto, mas pelo menos não são banheiros mistos como os de american pie. Que maravilha Katherine! eu realmente sou um desastre quando trata-se de esquecer as coisas.

— Oh, não, não, não! — eu quase gritei quando percebi que nenhuma das minhas amigas atendiam o celular, porque eu fui tão burra a ponto de esquecer minhas roupas no dormitório? Eu com certeza já estava vermelha igual um pimentão enquanto cruzava o corredor indo em direção ao meu quarto.

Enquanto eu passava de toalha pelo corredor, senti um grande alívio ao perceber que só haviam meninas por ele, comprimentei algumas colegas de classe e segui em rumo ao meu quarto, que meu Deus, parecia tão longe.

Entrei no quarto e comecei a me arrumar, em poucos minutos teria aula de literatura, estou fazendo medicina veterinária, mas arrumei um tempinho pra falar de livros, eu não posso negar que adoro um romance bem clichê.

— Hoje vamos falar sobre a seleção, e espero que todos participem — professora Marilyn falou, e sorriu para a classe.

Deu um alvoroço e só se escutava o coral de "eu não sou sua querida" seguido de longas risadas. Todos estavam bem animados para discutir sobre o primeiro livro de a seleção, e isso me fazia quase pular de felicidade.

— Você vai na festa da fraternidade amanhã? — Meg perguntou enquanto retocava o gloss labial, ela realmente fica bonita de qualquer jeito.

— Ai professora, quem não ia querer? Maxon é uma perdição — Grace disse e fez todas nós concordamos e rirmos.

— Fui intimada, não tenho escolha — eu sorri e fingi derrota, e comecei a juntar minhas coisas em cima da mesa.

— Eu fiquei sabendo que às festas de lá são iradas — minha amiga disse, e tentou fazer uma pose que segundo ela era "irada"

— já sabe qual fantasia vai usar? — a loira a minha frente perguntou

— Merda, me esqueci que era a fantasia

Me despedi de Grace e Meg e corri pro segundo prédio, assim que cheguei o professor disse que a aula seria em dupla, iríamos estudar sobre a eutanásia e veríamos uma pessoalmente.

Na universidade tem uma clínica veterinária, nosso professor nos levou pra ver a eutanásia de um cachorro que já estava bem velhinho e doente, as condições dele eram mínimas, então a dona preferiu acabar com o sofrimento dele e deixá-lo descansar. A gente estava assistindo com a autorização da dona do animal e do doutor.

— Eu não consigo ver, desculpa

Eu agarrei o braço da minha dupla, e escondi meu rosto entre seu peitoral.

— Tudo bem, depois eu faço um resumo pra você — Matthew sorriu, e me deu uma cutucada.

— Será que isso não me faz apta para essa profissão? — eu olhei curiosa para Matthew em busca de um sim, ou talvez um não.

— Katherine, você é mais do que apta para ser veterinária, é normal chorar e se sentir mal, isso não te faz fraca, te faz humana.

Eu apertei firme a mão da minha dupla e disse um obrigado bem baixo. Matthew naquele momento era apenas minha dupla de aula, mas eu seria sortuda se o tivesse como amigo.

A aula acabou e eu me despedi dos meu amigos, hoje é sexta, e amanhã é a festa da fraternidade, Christian praticamente está me obrigando a ir. Realmente não vejo motivos para ir em uma festa, se posso comprar um belo café no Starbucks para acompanhar vários bolinhos, enquanto vejo as patricinhas de Beverly Hills e gatinhas e gatões, sério, não tem quem resista.

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