Life The Way She Is

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A vida não tem uma forma certa e nem um manual com regras prontas,

Não dita frases nem destino.

Não desenha traços e muito menos caminhos traçados.

Ela simplesmente nos joga em uma cruzada e seguimos procurando um caminho ou muitas vezes criando um.

Ora desenhando um.

Ora buscando um.

E abrindo espaço que são invisíveis, portas que são abertas na marra e no esforço.

Sem essa de meritocracia!

Aqui nessa selva de gigantes de pedras, essa regra nunca se aplicou para mim.

O dicionário metropolitano conhece essas frases:

"Que vença o melhor, que ganhe o melhor".

"O mais ágil, não come poeira".

"O mais,Inteligente não fica na fila"

"O mais,Capacitado não mede esforços" 

Traiçoeira como sempre, a vida me pregou peças como um quebra- cabeça velho.

Como peças de roupas.

São aquelas peças emboloradas, essas que ficam penduradas em cabides e esquecemos de usa-las. Para uma hora sequer serem tiradas do armário sujo para tomar sol e serem lavadas.

A vida me deu um guarda roupa velho.

Me jogou em uma cruzada sem manual.

Mais que sorte a minha. Eu simplesmente caminhando em busca de um destino, encontro um lápis e começo a desenhar os meus passos, caminhos e palavras.

Palavras que me salvaram, palavras para escrever em papeis, em tudo o que dá para escrever, palavras para fazer uma poesia.

Precisamente, em especial essa:

"A vida como ela é"

"Ela é um guarda roupa velho"

"Com roupas usadas"

"Ás vezes com bolor"

"Se tiver sorte sem".

"A vida te joga um lápis sem ponta e espera que você os quebre ao meio"

"Mais se você for um pouco "esperto" E olha que para ser esperto não precisa ser o mais ágil".

"Apenas aponte-o e depois desenhe traços, crie caminhos, desenhe portas".

"Crie e invente um destino e assim escolha qual seguir"

***

O Mar Não é Para Peixe/São Paulo/2020.

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