Capítulo 25.

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- E então Manoban, já tem um plano? – Rosé perguntou apoiando o cotovelo no meu ombro esquerdo enquanto saímos do vestiário em direção à quadra onde teríamos aula de educação física.

- Plano? Do que você está falando, Chaeng?

- Algum plano para seu rolo com Jennie progredir na sexta-feira. – Ela sorria para mim como se não estivesse falando besteira, mas ela estava.

- Jennie e eu não temos nenhum rolo. – Eu resmunguei sacudindo meu ombro com o intuito de tirar o peso de cima do meu ombro, mas Rosé pesou ainda mais o braço. – Dá para desencostar? Está calor!

- Não! Vocês precisam resolver essa birra idiota. – Ela resmungou retardando os passos e me forçando a fazer o mesmo.

- Não é birra, eu não fiz nada. Se ela não quer falar comigo, eu não vou ficar forçando.

- Para de ser hipócrita! Vocês brigaram durante nove anos e nunca ficaram sem se falar, ai viram "amigas" e na oportunidade mais idiota ficam de cu doce? – Ela segurou os meus ombros e me virou para ela – Eu vou esfregar a cara das duas no asfalto! Vá pensando em alguma coisa para vocês se reconciliarem porque eu vou dar um jeito de vocês ficarem na mesma barraca.

Essa conversa aconteceu exatamente dez dias depois de eu ter arrebentado a cara do idiota do Jongin. E durante esse tempo algumas coisas aconteceram.

Depois de haver surtado contando a Rosé e Jennie tudo sobre Seulgi, Irene se acalmou um pouco e confessou não saber o que fazer com Yeri. Afirmou que provavelmente Yeri a beijou e disse que gostava dela para ajudar a amiga a ficar comigo, mas nem eu ou uma das outras meninas acreditavam naquela possibilidade. Acabou que no dia seguinte quando chegamos ao colégio, Yeri se desculpou pelo beijo e desde então não tem falado com Irene.

Olhar para o rosto machucado de Jongin sem poder fazer nada, não foi fácil, mas Irene e Rosé fizeram com que eu me sentisse um pouco vingada por Jennie, porque Rosé "sem querer" chutou a bola na cara dele durante a aula e Educação Física e Irene acabou "ficando sem freio" e o atropelou com a bicicleta. Ele não olhou na cara de Jennie desde aquele dia.

Acho talvez nos tornamos um grupo porque quando chegamos todas juntas ao colégio Joy nos olhou e perguntou:

- Agora andamos com elas? – Ela se referiu a Jisoo, Irene e eu.

- Sim. – Rosé respondeu enlaçando o pescoço de Jisoo com o braço.

- Tá bom. – Ela respondeu dando de ombros.

E desde aquele momento Rosé fez questão que nós fizéssemos tudo juntas. Talvez ela fosse carente ou sei lá, mas Jisoo, Irene e Joy pareciam não se importar com aquela amizade repentina. Acho que Jennie que eu éramos as únicas a estranhar aquela situação, mas como Rosé era a organizadora de tudo e um pouco agressiva, eu optei por ficar quieta e Jennie não falou nada.

Por falar em Jennie, ela não estava falando comigo por um motivo muito idiota e eu não tinha a culpa de nada.

- Gente, vamos fazer uma maratona Disney lá em casa no sábado? – Jennie perguntou com um sorriso durante o quinto almoço do nosso "grupo".

- Claro, Jen! – Jisoo sorriu.

- Só vou se tiver comida! – Irene gritou com a boca cheia de pão.

- Su casa mi casa – Rosé se prontificou.

- Eu vou, mas domingo eu vou ter que ir embora cedo porque só consegui devolver duas velas. –Joy respondeu e Rosé e Jennie trocaram olhares e um risinho.

- Velas? – Jisooperguntou com um franzir de sobrancelhas.

- Sim, eu preciso me redimir dos meus pecados. – Joy tinha pecados? Quando Jisoo mostrou não entender, Joy explicou angustiadamente sobre as velas que aparentemente havia roubado de Deus enquanto Rosé e Jennie se mijavam de rir durante o relato com a desculpa de que lembraram de uma piada. Eu nem precisei pensar muito sobre aquilo. Como as duas conseguiram ser cruéis daquela maneira com Joy? Eu abri a boca para falar alguma coisa, mas o beliscão que Rosé me deu por baixo da mesa me fez ficar quieta e o pior de tudo, Irene e Jisoo também acreditavam que aquilo era um roubo a Deus.

You Hate Me While I Love You - Jenlisa Version.Onde histórias criam vida. Descubra agora