Capítulo 62.

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Eu sabia que todas as minhas pesquisas sobre penas de homicídios valeriam à pena. Eu no momento queria arrancar o pênis do Sungjae faze-lo engolir.

- Eu vou enfiar a cabeça dele no cu de satanás! –Rosé gritou aquela ameaça estranha enquanto eu era consumida por um sentimento de ódio imensurável vendo Joy chorar sem pronunciar uma palavra.

- O que vamos faz... – A fala de Irene foi interrompida pelo toque do celular de Joy, que estava nas mãos de Jisoo.

- É ele... – Ela anunciou.

- Me dá isso aqui, que eu vou atender. – Rosé tentou pegar o celular das mãos de Jisoo, mas ela foi mais rápida e tirou o aparelho do alcance de Rosé.

- Eu vou colocar no viva-voz e assim ele vai ver que Joy não está sozinha. – Jisoo falou, afagando os ombros de Joy com uma mão enquanto atendia o celular com a outra.

"Amor"

A voz de Sungjae soou desesperada ao outro lado da linha e aquilo me fez franzir o cenho. Ele havia acabado de falar um monte de merda para a minha amiga e agora estava chamando ela de amor?

- Escolha o modo que você vai morrer. – Minha namorada ameaçou lindamente.

"Eu quero falar com a Joy! Não foi eu que enviei a mensagem. Meu bem, você está me ouvindo? "

- Fala, Sungjae! – Joy murmurou antes de fungar.

"Que droga! Por favor, me desculpa. Foi o filho da puta do Peniel que pegou o meu celular e fez isso... Onde você está? Deixa eu explicar pessoalmente, por favor, eu nunca faria aquilo..."

Joy enxugou os olhos e olhou inquisidoramente para nós e eu sabia que ela estava em dúvida sobre o que fazer, mas eu não a entendia muito bem porque eu também estava em dúvida.

- Você tem vinte minutos para chegar à casa da Jisoo antes que eu vá atrás de você e faça caviar com as suas bolas. –Rosé sentenciou, desligando a chamada e eu concluí que seríamos ótimas gangters.

- Vocês acham que ele está falando a verdade? – Ela perguntou fungando e eu sinceramente não sabia o que responder porque nada daquilo fazia sentido.

- Vamos esperar e ouvir o que ele tem a dizer.

Em menos de quinze minutos nós ouvimos o som de pneus derrapando e fomos até a porta. Sungjae deu a volta no carro com o rosto rubro e abriu a porta, tirando de lá um garoto loirinho com cerca de treze anos, que estava com um bico enorme no meio da cara. Sungjae olhou para Joy e apressou os passos segurando o garoto pelo cotovelo, mas Rosé se colocou na frente da entrada da varanda, com os braços cruzados.

- Fala daí mesmo e se sua explicação não for satisfatória, eu não vou querer sujar o piso da minha sogra com o seu sangue. – Eu me aproximei da minha namorada, enlaçando o seu pescoço com o braço e sussurrei em seu ouvido.

- Já sabe que se um dia me magoar, a Rosé vai fazer o mesmo com você, não é? – Era bom ela estar ciente daquele fato. Ela olhou para mim e fez uma careta antes de voltar a atenção para Sungjae.

- Conta pra elas o que você fez, moleque! – Ele ordenou empurrando o garoto pelos ombros, fazendo-o lançar um olhar assassino ao maior.

- Sungjae enviou a mensagem. – Ele disse antes de levar um tapa na cabeça – Para com isso seu filho da puta! – Ele gritou para Sungjae.

- Primeiramente, quem é esse garoto? – Jisoo perguntou.

- Esse idiota é o meu irmão. – Ele começou a explicar – Ele pegou meu celular e enviou a mensagem para Joy. – Ele olhou para Joy – Por favor, acredita em mim.

- Por que não atendeu às ligações de Joy? Como ele sabia o que havia acontecido entre vocês? Por que seu irmão enviaria uma coisa dessas?

- Espera um pouco – Sungjae foi correndo até o quarto e voltou com um buquê de rosas vermelhas e eu não evitei uma careta.

Não fazia sentido arrancar uma coisa bonita da natureza para dar a uma pessoa sendo que em poucos dias aquela coisa morreria, por isso, eu sempre preferi ganhar algo para comer. Sem contar que era bastante brega e clichê, mas tinha gente que gostava, enfim...

- Meu irmão se tornou um idiota por sua causa. – O garoto antipático falou, olhando acusadoramente para Joy.

- Peniel eu...

- Não dê bola para ele, Joy, é apenas ciúmes – Sungjae explicou interrompendo Joy. – Minha mãe tinha me mandado fazer algumas compras no mercado mais cedo e eu esqueci o celular em casa, por isso, não atendi as suas chamadas. Eu já havia comprado as rosas e escrito um cartão agradecendo por... – Suas palavras morreram em seus lábios quando ele pareceu se dar conta que havia um grupo de garotas ouvindo.

- Por ter transado com ela, a gente já sabe – Irene berrou concluindo a frase dele e eu mordi meu lábio inferior tentando não rir da cara que ele fez.

- Isso mesmo! – Minha namorada concordou – Agora continue!

- Certo! Esse idiota – Ele falou dando mais um tapa na cabeça do menor – Você sabe esse merdinha é ciumento...

- Eu não sou ciumento! – O menino berrou antes de olhar para Joy – Você transformou meu irmão num maricas!

Maricas? Quem ainda fala isso? Esse menino tem setenta anos?

- Cala a boca antes que eu te dê uns tapas, pirralho! – Rosé ameaçou e o garoto irritante se aquietou.

- Continuando... ele leu o cartão que escrevi para você e pegou o meu celular enquanto eu estava no mercado... ele enviou a mensagem para você e eu só fui descobrir que ele estava com o meu celular, minutos depois. – Até que a explicação dele fazia sentido... Rosé desceu as escadas e Sungjae deu alguns passos para trás quando ela se aproximou. Ela parou em frente ao projeto de Sungjae e cruzou os braços.

- Você tem dois segundos para correr! – Os olhos dos meninos dobraram de tamanho antes dele começar a correr desesperado, com Rosé ao seu alcance enquanto Irene apontava seu celular para eles, provavelmente filmando tudo.

- Rosé pare com isso, ele só tem oito anos! – Joy gritou e eu olhei para ela.

- Só oito anos? – O menino parecia ter ao menos onze.

- Ele é grande para a idade dele. – Sungjae explicou, subindo as escadinhas da varanda antes de voltar a atenção para Joy. – Eu jamais faria isso com você, meu anjo, me desculpa pelo Peniel. – Ele estendeu as flores para Joy, que aceitou com um sorriso enquanto eu me dava conta de uma coisa. Olhei para a minha namorada que olhava a cena sorrindo e cutuquei seu ombro.

- Que foi? – Ela perguntou para mim com as sobrancelhas franzidas.

- Você não me deu nada depois da primeira vez que fizemos amor.

- Eu te dei um orgasmo e te abracei, o que mais você queria? – Meus lábios se abriram em incredulidade.

- Falou merda, hein, Manogay? – Ouvi Irene dizer enquanto ainda olhava para aquela estúpida insensível.

- Nini, eu... – Ela tentou se aproximar, mas eu dei um passo para trás com a certeza de que seria capaz de estapear aquela idiota.

- Só cala a boca...– Eu pedi voltando para dentro da casa de Jisoo para pegar minhas coisas, sabendo que Lalisa estava atrás de mim.

- Desculpa amor, eu não quis dizer aquilo, foi involuntário... – Eu parei, fazendo-a bater em mim e me virei para ela.

- Lalisa... – Fechei os olhos buscando paciência – Só não aparece mais na minha frente hoje, ok? Você fez tudo o que vivemos naquela noite se resumir a um orgasmo e eu estou bem puta contigo por isso.

- Claro que não foi só aquilo, para dizer a verdade aquilo foi de menos... – Ela tentou se explicar, mas eu não queria ouvi-la naquele momento.

- Eu vou embora, e não quero você indo atrás de mim. - Apenas peguei minha mochila e passei por ela, me despedindo de Joy, Sungjae, Irene e Jisoo e desviando de Rosé que passou correndo por mim, ainda atrás do moleque endiabrado e fui para o ponto de ônibus.

Lalisa's Point Of View

Eu sou uma idiota.

You Hate Me While I Love You - Jenlisa Version.Onde histórias criam vida. Descubra agora