Sociedade

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Acordei.

Eu ainda estava cansado, olhei para o relógio e já marcava quase 09:00 horas - suspirei, um pouco decepcionado, por um momento achei que tudo aquilo não passava de um pesadelo.

Engoli algumas bolachas e fui até a garagem - tive uma grata surpresa, abri a porta e me deparei com um Citroen C3, as chaves estavam penduradas na parede ao lado.

Vasculhei o armário e encontrei outro "presente", duas machadinhas em ótimo estado, cada uma com um cabo de madeira de mais ou menos 20 centímetros, pesada suficiente para partir um crânio ao meio.

Dei na chave e vi que tinha meio tanque de gasolina - encontrei um pano velho e um pedaço de couro e fiz um cinto para prender as machadinhas na cintura - bem parecido com aqueles cintos que os cowboys colocavam seus revolveres - Começou a chover, uma chuva fraca mas que deixou o clima bem agradável - o amiguinho da noite passada já não estava mais perambulando por lá.

Vasculhei o armário da garagem e acabei encontrando um mapa, depois de alguns minutos fechei o mapa e entrei no carro, sai em direção a cidade vizinha - eu já andei por la, a mais ou menos 1 mês, estava de folga do trabalho e decidi pegar a estrada em direção a Ribeirão Preto para uma festa, na qual fui convidado por um amigo, Jheni e Carine estavam em um passeio escolar para um zoológico local, enfim. Voltando a realidade - sai com o carro pela avenida em direção a Ribeirão Preto, me lembro bem de uma loja de armas que ficava logo na entrada da cidade, 2 andares, era marrom e ficava isolada das outras casas - parei o carro a alguns metrôs da loja, sai e me deparei com o primeiro zumbi, era um idoso, vestia uma calça social e uma camiseta vermelha, ergui a faca e golpiei o inimigo, um golpe no lado esquerdo do morto,o suficiente para fazê-lo cair.

Cheguei até a porta da loja.

Caminhei devagar por fora da casa, ainda analisava o terreno, procurava mais algum desses monstros, cheguei até a porta da frente, que estava trancada. Olhei pela janela de vidro que estava ao lado da porta, a ideia de quebrar a janela logo foi por agua a baixo quando vi grades de ferro do lado de dentro, se eu chegasse a quebrar o vidro eu não conseguiria passar pelas grades, notei que as grades estavam bem barricadas com tabuas, pensei na ligeira possibilidade de ter gente viva la dentro.

-Oi, tem alguem ai dentro? -Perguntei me inclinando para ver pela vitrine.

O silêncio engolia a loja, subi por uma arvore e consegui chegar até a janela do segundo andar que estava aberta - Me deparei com um pequeno quarto, uma cama beliche encostado na parede, a sua frente estava uma cômoda e na parede contraria um armário.

Ouvi passos e com menos nitidez, ouvi sussurros na parte de baixo da loja.

Meu coração disparou, tinha gente dentro da casa, peguei minhas duas machadinhas e andei até o corredor. Parei e tentei ouvir algo.

-Não acho que ele tenha voltado. - A voz era alta e nitida de uma mulher, aparentemente se comunicando com outra pessoa.

Fui ate a escada.

Olhei para baixo e vi um homem que segurava uma arma Boito Calibre 12, uma shotgan maravilhosa, ela era prata e parecia estar carregada.

-Olha ele ali Jorge. - O grito de aviso veio da mulher, que ja estava com uma outra shotgan apontada para mim.

-Calma por favor eu não quero fazer nada a ninguém, so entrei por que pensei que não tinha ninguem aqui dentro. - As palavras sairam chutadas, porém consegui me impor.

Os dois ficaram parados me olhando, como se um espera-se a ordem do outro.

-É bom ver um rosto que não esteja caindo aos pedaços. - Falei descendo mais um degrau.

O virusOnde histórias criam vida. Descubra agora