Sobrevivendo II

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A noite passa lentamente, lá fora a escuridão engolia a cidade e tudo que estava lá, com a noite veio o sono e naquela humilde loja eu e meus companheiros de sobrevivência dormíamos de certa forma em paz, passei a noite em um velho sofá, coberto por lençóis e roupas quentes - parecia até que a noite nunca iria acabar.

Fui acordado com um tapão no rosto.

-Acorda - Karol me acordou com um sorriso de satisfação pelo tapa.

-Nossa, quanta gentileza. - Falei massageando o rosto com a palma da mão.

-Gentileza nunca foi meu forte.

Olhei para o lado e vi Jorge bebendo cafe em um copo descartável - ele parecia estar tenso, trocamos olhares.

-Levanta! - Mais uma vez Karol

Passei a mão pelo rosto e me ergui, olhei para o relógio que marcava 09 hr e 20 min, no outro lado da sala estava Jorge tomando seu café olhando para o nada - minha fala o despertou

-Bom dia

-Bom dia, vou descendo, espero vocês la em baixo - diz Jorge terminando seu café

Faço que sim comca cabeça e vou logo em seguida.

Jorge estava calçando suas botas - elas tinham uma espécie de ponta de ferro no fim de cada uma - por sua vez Karol ja estava na porta, tentando ver algo pela abertuda - Jorge erguia um martelo em suas mãos.

-Não queremos atrair zumbis com os tiros. - ele fala colocando o martelo acoplado em sua calça - ou queremos?

Apenas sorri erguendo minhas machadinhas de ferro.

O dia estava frio, inúmeras nuvens cobriam o céu, um tempo agradável, já o momento não - corremos até meu carro - como falei antes a loja é de certa forma longe da cidade e por lá não se via muitos mortos perambulando - eu e Jorge estavamos na frente, Karol estava no banco de trás com as mochilas que estávamos levando para possíveis suprimentos - liguei o carro e saímos finalmente da loja.

A estrada não tinha erro e em menos de 10 minutos chegamos no ponto planejado - paramos mais ou menos a uns 400 metrôs da loja.

-Daqui em diante, vai ser caminhando. - Falei abrindo a porta do carro.

As outras duas portas abriram em uma sincronia encantadora.

-Pega - Karol joga as mochilas, uma para cada um.

Olhei para Jorge e ele estava acendendo o que parecia um resto de um cigarro.

-Vamos logo. - Falou Karol colocando a mochila em suas costas.

Caminhamos até chegar a poucos metros dos fundos do Supermercado - o ambiente era ostiu, carros pegando fogo, corpos mutilados, fiquei impressionado ao ver um helicóptero militar em total destruição em cima do supermercado.

-Um Hunter - falou Jorge olhando direto para o teto da loja.

-Incrível, aprendeu alguma coisa nesses meses - diz Karol tentando abrir a porta dos fundos.

-Calem a boca - ordenei sem tirar os olhos do heli lá em cima.

Alguns mortos estavam se aproximando pela nossa lateral.

-Consegui. - Karol empurra a porta com força - o sentimento de felicidade por conseguir abrir a porta se mistura com o pânico ao ver aquelas coisas se aproximando de seu primo.

-Cuidado Jorge. - Fala Karol apontando para o morto que ja estava ao lado dele.

Com muita agilidade ele consegue desviar do morto e o chuta o fazendo cair - mais zumbis se aproximavam.

-Cuidado! - falei puxando as machadinhas

-Entrem rápido! - Karol fala puxando da sua bolsa uma .38

-Nem pense nisso! - ordena Jorge segurando o pulso da moça.

Usei toda a minha força em um golpe que desferi contra o crânio de um morto que se aproximava, a outra machadinha cortou o ar e pousou no topo da cabeça, fazendo jorrar uma massa cinzenta na parede.

- Vem logo. - Jorge me chama.

Corri para dentro da loja, acabei tropeçando e cai de cara em algo bem duro, meu nariz sangrava e a adrenalina estava a mil. - com as costas da mão limpei o sangue que escorria do nariz, não tinha ideia de onde eu estava, o lugar estava com pouca iluminação, os gritos dos mortos se misturavam com o baque forte da porta de ferro se fechando, a escuridão engoliu a sala, não conseguia respirar, estava sentindo uma dor intensa... - Perdi a consciência.

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⏰ Última atualização: May 19, 2017 ⏰

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