05:30 da manhã e a consciência mandou Eliza acordar, ela se levanta, mas tudo a mais a mandou voltar a dormir e reencontrar seus sonhos. Decidiu, por tanto, que não seria a única acordada tão cedo. Saindo do quarto, teve que andar apenas uns passos para chegar à porta de seu melhor amigo e pior inimigo, dependendo da hora: seu irmão. Ela entra no quarto e pega o despertador marcado para despertar daqui duas horas e muda para tocar em um minuto, deixa-o do lado da cabeça de seu irmão e se afasta.
TRÊS...DOIS...UM... e começa a tocar, em volume máximo, o refrão de Thnks fr th Mmrs.
E nada aconteceu, incrédula, Elizabeth se aproxima de seu irmão. “Tapões de ouvido, como esse miserável ousa não cair no meu truque?!” pensa.Delicadamente, com toda força que tem, ela puxa o lençol de Alfredo e com isso ele vem junto. Sua cara gentilmente encontra o chão de madeira sem carpete, e de forma satisfatória para os ouvidos de Eliza, ele exclama um som de dor. Mas sua felicidade durou pouco.
- Eu vou envenenar seu café, sua peste.- ele diz. Sua voz abafada pelo chão.
Não querendo correr riscos desnecessários, Eliza dirige-se logo para a cozinha se prontificando a preparar o café da manhã.
Água fervendo, ela procura as torradas e as coloca na torradeira. Alfredo chega com um band-aid na testa, pega pão e metade do que tem na geladeira. Ele começa a fazer quatro mistos, um é para o pai deles e nenhum é para Eliza.
- Bom dia, meus pequenos monstrinhos.- disse o pai deles descendo as escadas.
- Bom dia, Dr. Frankenstein.- fala Al dando um pequeno bocejo.
- Bom dia, pai.- responde Eliza pegando alguns ovos na geladeira e colocando na frigideira.
- Vocês dois dormiram? Tipo, uma hora pelo menos?- pergunta Ed, esfregando os olhos ainda um pouco vermelhos.
- Quase nada.- disseram os irmãos quase em uníssono.
- Que bom, ainda não foram substituídos por robôs saudáveis.- diz Ed com um ar brincalhão misturado com a sonolência matinal de um professor iniversitário que ficou até tarde corrigindo provas.
_E que bom que o bom humor do senhor está intacto. -diz Eliza também brincalhona, tirando o café do fogo e colocando na garrafa térmica.
Depois de colocar os ovos e o café na mesa, vai tirar as torradas e pegar a manteiga para já colocá-la na mesa, enquanto isso Al já tirava os primeiros sanduíches da sanduicheira e colocava os outros dois. Ed estava sentado na mesa com os pensamentos distantes encarando o lado de fora do jardim pela janela a cima da pia, provavelmente pensando na aula que havia preparado para hoje. Ele era professor de uma universidade renomada no sul do país, onde dava aula de ciências tecnológicas e robótica avançada. Tirando algumas pequenas palestras em todo o país sobre suas conquistas, descobertas e pequenas invenções que o mesmo criara.
Enquanto o pai vagueava por ideias e planilhas para as aulas, Eliza terminava de pegar as torradas quase levemente torradas demais e Al colocava o prato com os sanduíches na mesa, eram só quatro, mas tinham tanta coisa dentro deles que qualquer um poderia dizer que haviam pelo menos uns 7 ali, o único que era mais simples era o do pai deles que tinha apenas uns dois ingredientes, já os de Al tinham no mínimo 5 ingredientes, tirando todos os condimentos que ele colocou depois.
- Como você consegue comer tudo isso? Ainda não é nem 06:30, não consigo entender como pode ter tanto apetite.- disse Eliza olhando para o café da manhã tamanho família de seu irmão.
- Preciso de muita energia para salvar vidas, maninha. - falou Al se achando o herói do mundo.
- Comendo desse tanto quem vai precisar ter a vida salva é você, vai acabar passando mal qualquer dia desses.- diz Eliza com um tom de brincadeira e um pouco de preocupação pelo irmão.
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Além do nosso mundo
Ficción GeneralHistórias atravessam gerações, séculos, eras, países, continentes e as vezes, atravessam mundos. Em busca de ser dono de sua vida e esquecer um passado doloroso, ele deixou o seu mundo, mas as responsabilidades o seguiram. Agora a filha dele irá as...