Meu Fazendeiro [SENDO REESCRITO]

Capítulo Dois

Marina Alencar

Ontem foi o dia mais horrível da minha vida, só de pensar em perder meu pai, meus olhos enchiam de água, o desespero que eu senti vendo ele daquele jeito, me fez ver que eu faria de tudo por eles dois. Eu não consegui dormir nem um pouco ontem a noite, passei a noite toda no quarto do Sebastian o olhando dormir, já que o hospital não permitiu ninguém ficar lá com o meu pai, antes de vir embora o médico me garantiu que ele estava estável, e que eu poderia voltar hoje para a visita, e foi o que fiz. Tio Antônio e Tia Victória passaram um tempo no hospital comigo, e a enquanto eu estava no hospital com a Santa, a Maria foi lá pra casa ficar com o Sebastian enquanto eu não chegava, quando cheguei ele já estava dormindo. Depois que sai do hospital hoje, passei em casa e peguei o Sebastian para vir aqui.

Tia Victória mandou eu subir e tomar um banho, que ela ia levar o Sebastian também, aqui na casa deles eu e o Sebastian cada um tinha um quarto, eles nos travam como filhos, eu os amava muito, o carinho que eu tinha por eles não tinha tamanho. Eu consegui relaxar um pouco, já passava das dezenove horas quando eu saí do quarto.

Entrei na sala de jantar fazendo contato visual com ele, Alessandro, fazia mais de um mês que eu não o via, e a cada dia que se passava ele ficava mais bonito, o trabalho na fazenda o fazia muito bem, pele bronzeada e mais forte do que eu me lembrava, que me olhou de esguelha quando finalmente sentei do seu lado.

— Bom já que todos estão aqui, e os dois em questão, todos já sabem do assunto. Nina, o Alessandro aceitou, então faremos assim, quando seu pai acordar vocês dois assinarão os papéis, e você Alessandro vai ficar com a parte burocrática do casamento. — Tio Antônio estava muito sério, e eu estava tensa, eu não sabia como isso ia funcionar entre eu e o Alessandro, mas tudo tinha que correr conforme o acordo que estávamos fazendo agora.

— Quando eles vão casar? — Maria perguntou meio agitada na cadeira, ela estava sorrindo, parecia que a qualquer momento ela ia levantar e dar pulinhos de alegria.

— Acho que o bom seria dentro de um mês, o mais rápido possível.— Tio Antônio disse.

— Querido, não vai dar tempo de organizar um casamento dentro de poucos dias. — Tia Victória reclama.

— Claro que vai, mamãe, nós três vamos organizar, e será uma festa linda.— Maria diz. — Já estou até vendo o quão lindo vai ser.

(...)

Estavamos na sala conversando, eu, Marina e por incrível que pareça Alessandro estava lá, mesmo que não falando nada, já era um grande avanço ele ficar muito tempo no mesmo ambiente que eu. Essas coisas mudariam já que em menos de um mês estaríamos casados.

— Marina, eu posso falar com você alguns minutos por favor. — Alessandro fala se levantando.

— Já volto.— Digo para Maria, que nos olhava com curiosidade, me levanto saindo atrás dele até o escritório.

— Sente-se. — Ele diz entrando na sala e mantem a porta aberta até eu passar.

Me sento em uma das cadeiras que ficam de frente para sua mesa e cruzo as pernas.

— Eu li os relatórios da Fazenda do seu pai, e as coisas por lá não estão nada bem.

— E eu te agradeço muito por fazer isso pela minha família, eu sei que você não queria casar agora, e nem eu queria pra falar a verdade.

Me levanto e vou até a janela que tem uma vista belíssima do mar.

— Sente-se Marina, ainda não terminei. —Ele diz grosso.

— Eu estou bem aqui, tá vendo, é por isso que eu não sei como isso entre nós dois vai dar certo, você é sempre um grosso comigo. — Respondo tentando controlar as lágrimas.— Desculpe-me, eu só estou muito sensível.

Escuto ele suspirar e girar sua cadeira, sinto seu olhar queimando minhas costas.

— Por mais que nós dois não quiséssemos casar agora, nós vamos, e recuperaremos o que foi perdido na fazenda.— Ele diz calmo. Estranhamente calmo. — Eu... Olha Marina, eu não quero casar pra me separar dentro de poucos meses, então temos que fazer esse casamento dar certo.

Eu viro de uma vez em sua direção, em choque pelas suas palavras.

— E você acha que eu quero casar assim, mal casar e já separar?— Pergunto. — Você tem que fazer por onde a gente não separar assim que casar, porque você não consegue ficar muito tempo perto de mim sem ser um escroto.

– Eu vou fazer por onde isso entre a gente dar certo.

— Eu prometo que vou tentar também. — Não sei nem porque eu disse isso.

A ficha está caindo agora, cacete, eu vou me casar com o Alessandro. Isso tem que dar certo.

Porra, como ele pode estar calmo? Ele vai casar comigo.

— Eu achava que você ia surtar quando seu pai fosse falar com você. — Digo me aproximando dele e encostando o quadril na mesa, eu estava bem próxima dele que me olhava dos pés a cabeça, sentia seu olhar queimando o meu corpo, eu vestia um vestido amarelo com vários girassóis nele, ele era muito fofo, curto de alças finas e colado no corpo.

— E eu de fato quase surtei mesmo, mas eu não podia virar as costas pra vocês quando só eu posso ajudar. — Eu não esperava essa resposta dele, e muito menos que ele aceitasse isso.

— Obrigada por me ajudar a resolver as coisas, acho que tô fazendo isso é mais pelo meu irmão, faço qualquer coisa por ele, e eu também não posso deixar o meu pai perder tudo assim do nada.

— Não se preocupe, nós vamos resolver isso, só que agora eu quero que você se concentre somente em nosso casamento, sim?— ele levantou de sua cadeira ficando frente a frente comigo.

— Sim, obrigada por fazer isso por minha família. Por mais que eu ainda esteja um pouquinho surpresa com tudo isso. — Deixei um espaço mínimo entre os dedos indicador e polegar.— Eu só posso te agradecer.

Eu me aproximei dele e o abracei, o que ele não esperava já que ficou tenso e só depois de uns segundos relaxou e devolveu o meu abraço passando os braços ao redor da minha cintura, senti um beijo em meus cabelos, me afastei um pouco e dei um beijo em sua bochecha, saindo do escritório logo depois.

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Volteeeeeei com mais um capítulo, espero que gostem, e vem muito mais por aí.

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Até logo....