CAPUTILO 15

234 28 45
                                    

Lili Reinhart

Na mesma hora que eu olhava para o teste, eu olhava para o kj que chegou correndo e parou na porta do banheiro e me encarava com os olhos arregalados.

- Não, não, não pode ser. - Deixei o teste cair no chão e fui pro meu quarto trombando com kj, que não falou nada até então.

Me joguei na cama e segurei meus joelhos, senti a cama afundar e senti quando ele passou seus braços fortes por cima de mim, me levantando para sentar na cama.

- Ficar assim não vai adiantar nada. - falou limpando minhas lágrimas. - Você tem uma ideia de quem é o pai ?

Olhei para ele, me esqueci completamente disso.

- Desde quando eu comecei a me relacionar com hero, eu não fiquei com mais ninguém, e isso é impossível Kj, eu uso preservativo e tomo remédio, isso tá muito estranho. - me desabei em choro novamente.

Queria que a Camila estivesse aqui, não que eu esteja reclamando de Kj, muito pelo contrário. Mais Camila iria me abraçar e só com esse abraço eu saberia que tudo ia ficar bem.

- Nenhum desses métodos são 100% eficaz. - ele falou passando a mão pelo meu braço. - Não precisa ser agora, mas você sabe que precisa falar com o hero né?

- Eu não quero Kj. - Falei desesperada - eu não posso ter um filho agora, eu tenho a ong, tenho os contratos com patrocinadores, vou abrir a segunda unidade e o principal de tudo, eu tenho a maytê. Como eu vou chegar nela e falar que ela vai ter um novo irmãozinho, e o pior de tudo, como vou falar que o bebê tem um pai e ela não. - Falei desesperada e sem conseguir ver a reação dele, por conta das lágrimas que tampou minha visão.

Ele me deitou de costas pra ele e fez conchinha comigo, beijou minha cabeça,  ficou fazendo cafuné no meu cabelo e ficou assim até eu pegar no sono.

*

Acordei com o meu celular tocando, era minha mãe.

- Oi mãe?
- Filha, eu estava perto da ONG e resolvi dar uma passada, mas as meninas falou que você foi embora 13h00 da tarde.
- Senti um pouco de mal estar e resolvi vir embora, mas estou melhor não se preocupa.
- Tem certeza ? Quer que eu vou embora? Vai que você passa mal.
- Não mãe, está tudo bem, estou em ótimas mãos.
Olhei pra Kj que já estava acordado olhando para mim, com um sorrisinho no rosto.
- Depois me conta tudo, olha a maytê está saindo da aula de balé, vou levar ela para jantar fora.
Só queria ficar com a minha filha hoje.
- Tudo bem mãe, na hora que vocês chegarem pede pra ela subir para dormir comigo.
Minha mãe ficou em silêncio, mas logo respondeu.
- Tudo bem meu amor, até mais tarde então.
- até, amo vocês.
- Te amo.

Olhei pro lado e Kj estava mechendo no celular.

- Que horas são? - perguntei me levantando.

- 7h30. - respondeu ainda mechendo no celular.

Caralho, perdi a noção. Mas foi ótimo precisava desse tempo e precisava principalmente esquecer do assunto nem que para esquecer eu precisasse dormir.

Foi só lembrar que meus olhos enchiam  de lágrimas novamente.

- Ponha uma roupa, vamos dar uma saída. - kj falou comigo e continuava mechendo no celular.

When I Met You (SPROUSEHART)Onde histórias criam vida. Descubra agora