Abri os olhos com dificuldade, meu corpo inteiro doía e meu estômago parecia me dar socos por dentro, eu estava morrendo de fome. Olhei meus joelhos que estavam ralados e tentei segurar as lágrimas ao lembrar da noite anterior, mais um dia nas ruas, sem uma casa para morar, pegando chuva todos os dias, eu já havia perdido a conta de quanto tempo eu sobrevivia assim, vagava andando nas ruas do comércio em Belém, era madrugada, um homem parou ao meu lado em um carro preto e me fez uma "proposta" para que eu entrasse e eu me recusei, tentei fugir o quanto pude correndo enquanto ele me seguia em seu carro caro, caí algumas vezes o que fez com que eu ralasse os joelhos e finalmente consegui despistá-lo.
Não foi um dia tão diferente dos outros, vez ou outra acontecia, morar nas ruas não me tornava menos vulnerável aos assédios masculinos, muito pelo contrário. Aprendi a me defender quando precisava, já apanhei muito, várias e várias vezes, mas aprendi a bater também.
As pessoas me olhavam com indiferença e preconceito, como se a qualquer momento eu pudesse roubá-las, elas tinham medo e atravessavam ao perceber que estavam perto de uma moradora de rua, era angustiante pois nem eu me lembrava o motivo de estar ali, naquela situação.
Não era todos os dias que eu conseguia algo para comer, ou algum dinheiro, eu não pedia esmolas como muitos faziam, eu fazia minha própria arte e vendia em uma praça, a praça da República. Com o tempo nas ruas eu fui aprendendo algumas coisas, uma delas foi como sobreviver, aprendi com alguns outros moradores de ruas "ripongas" que vendiam seus trabalhos lá como fazer brincos, colares e algumas tranças também. Assim uma vez ou outra eu conseguia descolar algum trocado. Quando não conseguia o jeito era caçar algum resto de comida nas lixeiras, ou ir para o mercado Ver-o-peso e tentar conseguir alguma doação de comidas das pessoas que trabalhavam por lá, algumas já me conheciam e me ajudavam com doações de roupas ou comida. Era assim que eu sobrevivia.
HEYYYYYYYYYY, resolvi criar vergonha na cara e escrever essa ideia de romance que eu tive, eu espero que fique ainda melhor de como eu imaginei e espero de coração que vocês se deliciem com o romance, com a trama e com meus personagens.
Bem, os personagens são fictícios, mas eu vou utilizar imagens de acordo como eu os imagino e a estória também é fictícia apesar de ser em uma cidade real, qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência.
O livro terá conteúdo adulto, vale ressaltar!
Se houverem erros eu peço desde já que me perdoem pois sou muito nova nesse ramo, escrevo por hobby, e eu quero muito poder compartilhar com vocês um pouco sobre alguns conteúdos ou temáticas que eu gostaria de ler em uma estória de romance, eu amo clichês e eu não nego, mas adoro novidades também e acredito nunca ter lido algo parecido.
Por enquanto deixo pra vocês o prólogo e dependendo da "repercussão", sejam comentários ou votos e a minha criatividade kkkk, eu postarei o primeiro capitulo, então ajudem essa autora iniciante a continuar e poder concluir seu primeiro livro, pleaseeee :(
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A Mendiga
RomanceConrado Magno, o primogênito herdeiro de uma das maiores distribuidoras e exportadoras de açaí de dentro e fora do Brasil. O grande empresário que transbordava poder por onde passava nunca imaginou que seus pensamentos poderiam ser ocupados por uma...