Capítulo 2

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(Perdoem os erros)

O olhar atrevido é a primeira coisa que vejo ao entrar na cafeteria logo pela manhã, a mesma balconista bocuda da última vez está ali atirando punhais na minha direção

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O olhar atrevido é a primeira coisa que vejo ao entrar na cafeteria logo pela manhã, a mesma balconista bocuda da última vez está ali atirando punhais na minha direção. A boca suculenta pintada de um batom vermelho vivo é a segunda, seus lábios estão contorcidos e sua raiva mal contida não me engana.

O que a mulher tem de gostosa, tem de arrisca e desbocada. Da última vez que estive aqui ela achou que não notaria sua tentativa fútil de me enganar, desde quando alguém confunde uma nota de dois dólares com uma de vinte? Só ela mesmo para achar que cairia no conto do vigário, comigo não amor.

Chego no balcão colocando as mãos dentro dos bolsos da minha calça de linho e a encaro de frente. Ela empina o nariz e cruza os braços sobre o peito, meu olhar desce por toda ela e mesmo que não consiga ver muita coisa daqui de trás tenho certeza que o corpo combina com o rosto delicado. Ela é gostosa e cheia de curvas, uma mulher de verdade com uma abundância de carne para agarrar.

Pigarreio desviando o olhar das suas coxas envoltas de uma calça jeans apertada antes que meu pau nos faça passar vergonha e abro a boca para fazer o meu pedido quando ela me corta.

- Veio pedir desculpas? – Pergunta petulante, sua sobrancelha faz uma curva para cima e tenho que rir.

- Desculpas? Não sabia que precisava, na verdade acho que você me deve um pedido de desculpas por derramar café na minha camisa – Retruco, ela bufa, mas sorri diabolicamente perguntando qual é o meu pedido e me fazendo estreitar o olhar – Um café preto bem forte – Peço.

Fico de olho nela e não gosto daquele sorriso no seu rosto, ela vira e me distraio com a sua bunda balançando na direção da máquina de café expresso, minhas mãos coçam para lhe dar uma palmada e ensinar as boas maneiras que ela merece, mas ao invés disso esfrego meu rosto para evitar esses pensamentos.

Preciso transar porra! Viver de celibato não tem feito bem para mim, oito anos sem sexo faz um homem pirar. É companheiro, eu sou esse tipo de maluco que evitou todo e qualquer contato sexual desde o nascimento do meu filho. Porque você me pergunta? Eu explico.

Quando o Dylan nasceu a minha vida virou de ponta cabeça, era um pai solteiro e com dificuldades financeiras, foquei minha atenção no primeiro ano de vida do meu filho e em reerguer o meu nome. Foi trabalhoso, tinha muita coisa para fazer e não foi nada fácil conciliar os dois então a última coisa que passava pela minha cabeça era ter o meu pau molhado.

Além disso claro, a Antonella fez um estrago bem grande na minha cabeça. Toda e qualquer mulher com quem tentei manter um contato mais íntimo tinham o seu rosto, fora que meu pau não estava para o negócio então desisti. Depois de três anos consegui reerguer o meu império, um ramo diferente e ainda assim prazeroso.

Sou dono das boates mais famosas ao redor do mundo, minha última façanha foi mudar para Seattle a quatro anos junto com o Dylan e reconstruir a nossa vida aqui, mas a mudança não foi exatamente como eu esperava. Meu filho tem um gênio difícil, a gente não tem um bom relacionamento e a culpa é minha. O trabalho acabou nos afastando, eu estava focado em nos dar conforto financeiro e esqueci de todo o resto, o resultado é que meu filho me odeia e eu não sei o que fazer agora.

Sua balconista - Série "Café da Gloria"  vol 2 (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora