I am Here for You • BaekHyun×ChanYeol

#4 • Um dia já foi amor

Baekhyun estava adormecido no colchão que coloquei para ele. Ele insistiu em não dormir na minha cama, já que se sentia invadindo minha privacidade, o que não estava acontecendo, então eu coloquei o colchonete sobre o chão para ele.

Enquanto eu me vestia para ir ao Bar, ele se remexia vez ou outra, incomodado com o barulho que eu estava fazendo.

— Chanyeol?

Sua voz saiu fraca, com indícios de sono.

— Ainda é cedo, você pode dormir até tarde se quiser.

Ele grunhiu e voltou a se aconchegar nos lençóis. Quando eu já estava pronto, fui até a cozinha e preparei um bom café da manhã para ele e deixei em cima da mesa. Saí do apartamento e aproveitei para visitar uma loja de roupas que ficava perto do meu prédio. Comprei uma camisa vermelha veneza e uma bermuda confortável para Baekhyun e pedi para o síndico deixar dentro do apartamento, em cima da mesa onde estava o café da manhã.

Voltei para casa antes do meio dia, o bar ficava no comando de um funcionário de confiança nas tardes de domingo, pois era o único momento que eu tinha para tirar o meu descanso ou para sair. Parei na porta do apartamento, confuso com o cheiro de comida que vinha de dentro. Abri e entrei, não encontrando Byun na sala.

— Baekhyun?

— Oi, você chegou! — ouvi a voz dele vinda da cozinha. — Estou aqui, preparando o almoço. Pode ir se vestir.

Era um pouco estranho ter alguém preparando a comida, geralmente eu chegava e fazia tudo sozinho. Acho que gosto disso, de ter alguém me esperando em casa. Cheguei no quarto e vi a roupa que havia emprestado ontem a Baekhyun dobrada em cima da cama e o colchão estava enrolado em um canto. Banhei-me rapidamente, vesti uma calça moletom e uma camisa de mangas longas, depois segui até a cozinha. Baekhyun estava cortando alguns legumes no balcão, envolto de um avental.

— Parece confortável. — comentei e ele se assustou um pouco.

— Ah, eu só quis fazer a comida para você, para agradecer.

— Fico feliz. — me aproximei e envolvi seu ombro com meus braços e pus meu rosto sobre seu ombro. — O cheiro está ótimo.

— Vo... Você pode sentar na sala que está quase pronto.

Assenti e me desgrudei dele, caminhando até a sala. Byun pediu ajuda para pôr a mesa e comemos em tranquilidade, até que Baekhyun teve coragem de tocar no assunto de ontem.

— Vou voltar para casa.

Quase engasguei com a comida.

— Você só pode estar brincando?

Ele tragou, em seguida abaixou a cabeça, focando seus olhos tristes na refeição.

— Tenho certeza que tudo dará certo dessa vez, ele só precisa saber que eu ainda amo ele.

Essa ideia não me caiu bem, estava receoso demais para deixá-lo ir assim.

— Porque? Se você ama ele, eu até entendo que queira voltar, mas existe limites que ele não pode atravessar como seu parceiro. Você não deve se limitar a uma vida de dor só porque acha que o ama. Isso é cruel consigo mesmo, Baekhyun.

De forma quase silenciosa, ele engoliu um pedaço da comida. Observei ele mastigar com cuidado, até finalizar o prato. Dessa vez, o silêncio era mais cortante do que uma lâmina de bisturi.

— Você não entende... — sussurrou, rouco e muito baixo, com a garganta saturada.

— Me diz, o que eu não entendo?