[0.0] - Prólogo

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    A água cristalina do lago que existia no acampamento refletia os sorrisos inocentes dos jovens, estes que passeavam por ele em pedalinhos no formato de grandes cisnes

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    A água cristalina do lago que existia no acampamento refletia os sorrisos inocentes dos jovens, estes que passeavam por ele em pedalinhos no formato de grandes cisnes. As folhas esverdeadas caíam na bela fenda de falsos cristais, e pequenas ondas circulares se formavam ao redor de si. 

    O brilho do Sol parecia desenhar na água cristalizada, que tocava gentilmente os pés descalços de Seulgi, que tinha seus olhos fixos nas crianças que brincavam do outro lado do lago, onde a grama verde acolhia seus pequenos corpos. Enquanto suas íris escuras percorriam o mundo ao redor, suas mãos tocavam delicadamente uma bela rosa que estava em seu colo: ela possuía um tom tão avermelhado quanto a cor dos lábios da Kang, que se moviam de maneira singela, enquanto uma doce melodia lhe escapavam. 

    Minutos depois, Sooyoung sentou-se ao lado da mais velha, com um sorriso amigável, enquanto tirava suas botas pretas. Logo depois, a Park levou seus pés, agora descalços, ao encontro da água morna, balançando-os devagar. 

    — Reza a lenda, que aproximadamente dez anos atrás, com o início do verão, o acampamento recebera seus primeiros visitantes, e dentre eles, uma garota de madeixas escuras e pele esbranquiçada, chamada Bae Joohyun. Porém, ela fora muito julgada por sua "mania esquisita", que se baseava em desenhar coisas como cenas de tortura, e até mesmo de assassinatos. Com medo dos desenhos da jovem apelidada de Irene, os monitores resolveram passar uma noite em claro para observá-la, e descobrirem se ela fazia algo. Nesta noite, Joohyun saiu da cabana, e caminhou até este lago em que estamos, e então, deixou uma carta sobre a grama, logo entrando no lago, e permitindo que seu corpo se perdesse em meio a água cristalina. Na carta, havia um desenho, de quatro monitores, escondidos detrás de arbustos. 

    — Oh, história assustadora. Mas, o que o desenho que a garota fez tem a ver com a morte dela, ou com os monitores? — indagou a mais nova, que direcionou seu olhar para a companheira, esta que, por sua vez, respondeu: 

    — Eram quatro os monitores que resolveram observar Irene durante a noite, e os mesmos estavam escondidos detrás de arbustos. 

    — Acharam o corpo da garota? 

    — Não, o corpo dela nunca foi encontrado e, por isso, alguns dizem que ela era um demônio, ou alguma criatura mística desse tipo. 

    — Prefiro acreditar que o corpo dela simplesmente foi levado pela água, ou algo desse tipo. 

    — Está com medo, Park? — perguntou a menor, com um sorriso no rosto. 

    — O quê? Claro que não! Deixe de ser idiota, Seulgi! — respondeu Joy, dando um leve tapa no braço da amiga, o que arrancou risadas altas por parte da mais velha. 

    Após isso, um breve silêncio se fez presente, e as outras monitoras — Seungwan e Yeri — se sentaram ao lado das duas amigas, porém, preferiram não molhar seus pés com a água calma do lago. 

    — Este verão está sendo mais difícil, as crianças insistem em sair das cabanas durante a noite, e caso alguma delas se perca na floresta, a culpa será nossa. — disse Wendy, enquanto jogava uma pedra sobre a água cristalina, e observava a mesma tocar os desenhos feitos pelo Sol cerca de três vezes. 

    — Deve ter alguma forma de mantê-las dentro das cabanas, não? — indagou Joy, enquanto seu olhar curioso pairava sobre suas companheiras. 

    — E se tentarmos assustá-las? Sabe, um bom conto de terror pode mantê-las quietas. — sugeriu Yeri, enquanto brincava de enrolar suas madeixas ao redor de seu indicador. 

    — Oh, nós poderíamos usar o conto que Seulgi me contou há alguns minutos. 

    — Qual conto? Aquele da Joohyun? — perguntou Wendy, e a Kang assentiu rindo. — Ah, me poupe, Sooyoung. Seulgi inventou aquela história apenas para tentar de assustar, não é lenda nenhuma. 

    — O quê?! Porra, Seul! Você não vale nada mesmo, não é? — esbravejou a Park, que semicerrou os olhos e cruzou os braços, fingindo estar chateada, mas que logo se rendeu ao riso, juntamente de suas amigas. 

    — Por que não contamos essa história para as crianças? — indagou novamente Sooyoung. 

    — Elas não iriam acreditar em um conto como esse, além do mais, creio que elas já tenham passado da fase de acreditar nesse tipo de coisa. — respondeu Seulgi. 

    — Olha, se até a Sooyoung acreditou, não duvido que as crianças também irão. — disse Seungwan, o que resultou em uma Joy emburrada. 

    — Eu não acreditei! — sussurrou a Park, em um tom baixo. 

    — Okay, você não acreditou, apenas ficou com muito medo. — disse a Son. 

    — Bom, já percebi que vocês não irão responder, portanto, eu irei decidir. — afirmou a mais nova, levantando, ação essa que também foi feita por suas companheiras. — Nós iremos contar a história que a bear inventou, e iremos ver no que dá. 

    — Vá com calma, pequena sonhadora. — advertiu Joy, segurando o pulso de Yeri, impedindo-a de andar. — Como acha que conseguiremos contar essa história para duzentas e vinte crianças? 

    — Todas conhecem o conto, certo? — perguntou a mais nova, e todas assentiram. — Perfeito! São duzentas e vinte crianças, distribuídas em vinte cabanas, cada uma com onze crianças. Como somos quatro, cada uma precisa escolher cinco cabanas, ir até elas, contar a história e pronto, problema resolvido. — explicou a Kim, e então todas se entreolharam, e logo se deram por vencidas, aceitando a ideia da mais nova. 

    — Lá vamos nós. — disse Seulgi, sem nenhuma mísera gota de ânimo. 

    — Ah, anime-se, Kang. Iremos brincar de assustar crianças, e não há nada mais divertido do que isso! — esbravejou Sooyoung, com um sorriso no rosto. 

    — Idiota. — resmungou Seulgi, que logo começou a caminhar em direção a cabana laranja. 

    — Eu fico com a cabana lilás! — exclamou Yeri, que começou a correr até a mesma, deixando Wendy e Joy sozinhas. 

    — Boa sorte, Park. — falou a Son, logo deixando um breve selar na bochecha de Sooyoung. A garota permanecera ali, parada, enquanto sua mão tocava sua bochecha rosada, exatamente no local que os lábios de Seungwan tocaram. 

    — Boa sorte para você também, Wendy. — sussurrou para si mesma, com um sorriso no rosto. 

    E então, caminhando em direção a uma cabana qualquer, as quatro colegas haviam inciado o que parecia ser apenas uma técnica para manter as crianças quietas durante a noite, porém, o que elas não sabiam era que, mulheres como ela, chamavam a atenção do demônio, este que, por sua vez, era uma mulher, tinha nome e sobrenome, uma boa postura, madeixas escuras, uma pele esbranquiçada, e que, por coincidência — ou não... 

    Se chamava Bae Joohyun. 

 

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O Demônio Está À EspreitaOnde histórias criam vida. Descubra agora