Capítulo 2 | Cabelo cor de rosa

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Hope Russell e Oscar Fischer se beijando

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Hope Russell e Oscar Fischer se beijando.

Essa maldita imagem continuou rondando minha cabeça durante todo o restante do tempo em que estive na confraternização na casa da família Russell, e também depois dela, e antes de dormir, e na manhã seguinte... droga, eu não parei de pensar nessa merda.

A caminho do colégio, vi a mensagem que Hope havia me mandado na noite anterior, depois que fui embora, me perguntando o que eu queria dizer a ela e por que fui embora antes dos meus pais.

Não respondi as mensagens. Não porque estivesse com raiva dela, mas porque eu estava com raiva de mim. Muita raiva por ter colocado tantas expectativas naquela noite para no final tudo acabar daquela forma.

Hope Russell era a realeza em Harrison Hill Academy, todos a admiravam e ela tinha um mundo aos seus pés. Era óbvio que com a quantidade absurda de caras em seu encalço, as chances de ela se interessar justamente por mim eram quase microscópicas de tão minúsculas.

— Sinto muito cara. Que merda... — Stanley Cox lamentou ao dar leves tapinhas em meu ombro.

Essa foi sua reação quando, depois da primeira aula, nos encontramos no corredor do meu armário e eu contei a ele sobre ter visto Hope e o quarterback juntos na noite anterior.

Eu não conseguia digerir isso. Eu nem mesmo sabia que Hope e Oscar eram próximos. Quase nunca os vi interagindo diretamente um com o outro no colégio, toda essa coisa tinha me pegado totalmente de surpresa.

— Acha que eles estão firmes? — Stan perguntou.

Recostei meu corpo contra a parede de armários, dando de ombros. Encarei o corredor parcialmente movimentado, meu olhar congelado e absorto em tudo e ao mesmo tempo em nada. Eu estava na merda, engolido numa espiral de desânimo, pensar em Hope só piorava isso.

— Sei lá — resmunguei.

— É porque, caso não seja sério, talvez você ainda tenha chance com ela.

De esguelha fitei meu amigo, e ele falava sério. Oscilei meu olhar de volta ao movimento dos alunos circulando pelo corredor. Eu até queria me agarrar às palavras de Stanley, mas no fundo eu sabia que toda essa merda era apenas para me confortar e que ele não achava de verdade que isso daria certo.

Afinal, quantas vezes eu já havia dito a ele que diria tudo a Hope, e no final algo acontecia e eu não conseguia dizer? Ou então, quantas outras vezes eu já não tinha ficado na merda ao ver que outro cara tinha sido mais rápido do que eu e chegado nela?

— Não, não tenho chance nenhuma com Hope — rebati, me dando por vencido. — E foi a maior burrice ter pensado o contrário. Onde eu estava com a cabeça quando pensei que fosse realmente dar certo? — novamente a imagem de Hope e Oscar juntos me atingiu como uma tapa certeiro. Queria poder voltar no tempo e nunca ter precisado ver aquilo. — E quer saber? Foi até bom eu não ter dito nada, porque eu provavelmente levaria um fora e as coisas ficariam uma droga.

BBG #1 | COMPLETO NA AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora