Oiiii!
Boa leitura❤️
💣
Harry e Anne estavam há um mês em Doncaster e tinham se adaptado bem, estavam seguindo sua vida e o que ganhavam com as vendas dos doces, somado à pensão que recebiam do governo pela morte de Desmond, era o suficiente para manter os dois e algumas vezes sobrava algum dinheirinho para um mimo para mãe e filho. Os doces eram um sucesso no aglomerado, inclusive na gangue de Louis, já que ele comprava grandes caixotes e espalhava no boca à boca a delícia que eram. Anne ainda não sabia que ele era um gângster, provavelmente não desconfiava e se tinha alguma suspeita, não havia conversado com Harry.
O rapaz, no entanto, mantinha conversas casuais com Louis em sua tentativa de sedução, um cacho era colocado atrás da orelha aqui, uma mordida de lábio ali, uma frase subliminar jogada no ar. Era assim que Harry tentava atraí-lo, usando seus charmes lentamente e o trazendo para suas teias como uma viúva negra. Ele gostava da parte de flerte, timidamente o atraindo para seu domínio, já que não tinha coragem de chegar nele e dizer claramente que queria um momento quente com ele.
Claro que Harry sabia que tudo que tivessem seria sem compromisso. Na verdade, depois de descobrir que ele era um mafioso e das reflexões que tivera ao longo das semanas, teve certeza que não queria qualquer outro tipo de envolvimento com Louis além de transas intensas e sem sentimentos. Primeiro porque não queria fazer parte daquela coisa toda e segundo porque ter algo com um homem daquele, o líder da gangue, era arriscado demais para sua vida. Certamente rivais teriam conhecimento e poderia ser sequestrado ou maltratado para atingir Louis. Harry não queria aquilo para a sua vida, não queria se sentir ameaçado por causa do trabalho de um parceiro.
Uma noite era o suficiente para saciar sua vontade. Ou duas, talvez. Nada que desse muito na vista e fosse perceptível pelos outros, apenas duas pessoas se divertindo ardentemente.
Não sabia se seu processo de sedução estava fazendo efeito, Louis definitivamente não era um homem transparente e possivelmente sua natureza rústica estava ligada àquela falta de demonstração de sentimentos. Ele era o líder, o exemplo a ser seguido, e não poderia expôr fraquezas. Estavam nos anos 30, um homem colocar seus sentimentos para fora não era bem visto, exceto os que eram como Harry, porque, segundo a sociedade, homens que podiam engravidar tinham um lado feminino que os faziam frágeis.
Aquilo o indignava, óbvio, o fato de poder gerar um filho não o fazia fraco e muito menos frágil, assim como um homem comum não precisava ser desprovido de sentimentos para ser forte. Demonstrar o que sentia não deixava alguém fraco, inclusive era melhor expôr do que guardar e acumular. E Harry queria tanto que os homens comuns fossem mais transparentes, evitaria tantos mal-entendidos e economizaria sua paciência.
Ele respirou fundo ao subir as escadas com o carrinho e as caixas de madeira vazias, tinha voltado um pouco mais cedo para casa pois havia vendido tudo e estava com bastante dinheiro. Entrou no apartamento que dividia com sua mãe e sorriu para ela, que costurava em um canto da sala, a máquina havia sido remanejada para facilitar seu trabalho e ali era o novo ponto.
Harry deixou o carrinho e os caixotes em um lugar da cozinha e guardou todo o dinheiro do dia em uma lata de biscoitos. Tirou seu casaco, as temperaturas começavam a cair com o avanço do outono, os dias eram nublados e úmidos, sempre garoava por alguns minutos durante à tarde, geralmente por volta das três. Ele respirou fundo e se sentou no sofá.
- Voltou cedo. - Anne comentou. - O que houve?
- Vendi tudo. - sorriu. - Deixei o dinheiro na latinha.
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Lobos de Doncaster | Larry Stylinson
FanfictionApós a morte de seu pai, Harry e sua mãe se vêem obrigados a mudar para uma cidade menor. Na periferia de Doncaster, o rapaz conhece Louis Tomlinson, um homem misterioso com passado doloroso que é o líder de uma das gangues da cidade. Caso aparecer...