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Eliza P.o.v

Chego no apartamento de Arthur e toco descontroladamente a campainha, Cida me atende e eu vou logo entrando.

- Oi Cida, cadê o Arthur? - pergunto apressada.

- Oh eliza, o Arthur saiu a um tempinho, e foi até o flor do Lacio atrás de você - ela me diz.

- droga! - digo.

Saio correndo, peço um taxi e vou o mais rápido possível para a casa.

Arthur P.o.v

Chego no Flor do lácio, olho para todos os lados, mas eliza não está ali, avisto Gilda no balcão e corro falar com ela.

- Olá dona Gilda, sua filha, eliza, está? - pergunto.

- seu arthur!? O que o senhor tá fazendo aqui? - ela me pergunta.

- eu vim falar com a Eliza - digo apressado.

- mas, ela já saiu faz um tempinho - Gilda diz.

- é você sabe aonde ela foi? - digo temendo que possa ter ido ao encontro do tal Peter.

- ela foi até o seu apartamento, dizendo que precisava muito falar com você - ela diz.

- tudo bem, obrigada Gilda - digo.

Saio dali o mais depressa possível, apesar do desencontro, eu estava certo que se acelerasse o suficiente, poderia chegar em casa a tempo de encontrar com minha ruiva.

Ao chegar lá, Cida me diz que ela havia acabado de sair, e que acredita que ela tenha ido até em casa na esperança de me encontrar por lá.

Novamente saio de minha casa e vou em direção ao flor do Lácio, mas fico preso em um engarrafamento no meio do caminho.

Eliza P.o.v

Ao chegar em minha casa, corro os olhos por todo o quarteirão, mas nem sinal do conversível de Arthur.

- Mãe? O arthur tá aí? - pergunto apressada.

- vocês ainda não conseguiram se encontrar? O arthur teve aqui ainda a pouco sim, mas saiu apressado, acho que voltou para o apartamento dele para ver se você ainda estava por lá - ela me explica.

- eu fui até lá, mas a Cida me disse que ele saiu e pelo que parecia veio até aqui, espero que desta vez ele pare em casa - digo - eu preciso ir.

- vai minha filha, vai! - ela me diz.

Me despeço, entro em um táxi e vou o mais rápido possível para o apartamento de Arthur, mas no meio do caminho fico presa em um engarrafamento enorme, e acho que duraria um bom tempo.

Jhonatas P.o.v

A Leila, apesar de parecer ser uma mulher digamos que durona, e um tanto quanto fria, mas por baixo de toda essa armadura, de toda essa marra, existe uma mulher frágil, que não segura toda a barra que ela segura por fora, uma mulher magoada.

E quando ela está comigo, ela deixa essa mulher a mostra, ela se deixa levar pelas emoções, ela parece se sentir segura, para poder desabafar, para poder chorar, e ser quem ela realmente é.

Enquanto estávamos ali, quietos, sentados um ao lado do outro, eu pensei em toda a minha caminhada até aqui, e em como poderia ter sido diferente, se eu não tivesse dado tanto valor assim a Eliza, e tivesse valorizado a Leila.

Eu não sei se seria a escolha certa, mas aparentemente a escolha que me parecia mais correta, tanto para mim quanto para a Eliza, era a errada.

Eu me senti seguro ao lado de Leila, assim como ela ao meu, e deixei que algumas lágrimas rolassem pelo meu rosto, era incrível como mesmo que eu e ela não disséssemos uma palavra se quer, conseguíamos entender um ao outro, como se nossos corpos se falassem por si só.

Totalmente Demais  - Uma Nova Vida Onde histórias criam vida. Descubra agora