prólogo

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O colégio, que era quente como o verão, perdeu o sentido quando o Sol que o fazia girar se apagou

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O colégio, que era quente como o verão, perdeu o sentido quando o Sol que o fazia girar se apagou. Summer Campbell era uma lenda, o que tinha de melhor em sua imensa escola. Ela vestia o luxo, o sorriso era branco como neve, pele brilhante, joias citilantes. Como Vênus, ela era adorada. Todos abriam caminho para seus passos silenciosos. As pessoas pensavam o melhor de Summer, queriam ser Summer, queriam a ter. A invejavam e idolatravam.

Acontece que era noite durante o dia. Como a sociedade de Londres manteria seu sucesso, notas com o rosto da rainha jogadas aos ares quando seu pequeno cristalzinho vermelho havia sido quebrado, estilhaçado? Quem precisa de vestidos de fogo, quando sua pele e alma ardem? Garotas queriam concorrer à coroa que a amada Summer deixou cair quando morreu.

Era inverno, quando todos observavam o que foram gritos, risos e danças, Summer descia por um caixão escuro terra abaixo. Segredos, seda, perfumes, hierarquia, domados por uma terra seca. Seu trio inseparável estava mergulhado em neves de luto e melancolia. Todo o colégio ao redor das flores rosas, laranjas, rubis, espinhosas, quentes no meio ao gelo da emoção e do clima. Não havia uma pessoa ali que não lamentasse, quando o barulho das correntes de ferro ecoaram ao soar a madeira de fazer chamas.

Lagrimas corriam, lamentos e mesmo assim, em meio a tanta emoções ruins dentro dos olhos havia ainda uma sensação estranha de chamas, vinganças e medos.

A mãe de Summer, vestida com o preto mais escuro, percebeu a detetive vindo em sua direção e parando ao seu lado.

- A senhora é a mãe de Summer, certo? - perguntou ela.

- Sim - respondeu a mulher, ainda com lágrimas escorrendo. - Algum problema?

- Sou a detetive no caso de sua filha - explicou. - Quando vi os detalhes da morte com a perícia, eu percebi que não poderia ter sido um suicídio e sim um assassinato.

Confusa com a fala da mulher, a Sra. Campbell vira seu rosto e a encara com uma certa feição desconfiada.

- O que você está insinuando?

- Eu gostaria que você me contasse um pouco mais da relação de Summer com seus amigos - parou um pouco e depois falou: - Principalmente os mais próximos...

Logo a mãe da adolescente vira para trás e encara profundamente o trio de amigos em volta do caixão.

Será que algum deles poderia ser o culpado da morte de Summer?

Entre Ferro e FogoOnde histórias criam vida. Descubra agora