Três Beijos

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Gênero:
Fanfic; Ficção; Fluffy; Hentai; Drama; Romance; Universo Alternativo.

Avisos:
Heterossexualidade; Assédio; Nudez; Insinuação de sexo; Sexo.

Classificação:
+18

Ano: 2014

Shipp: ItaHina

Shipp: ItaHina

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Três Beijos

Sabe quando você já levanta sentindo um frio na barriga, com aquele pressentimento de que algo inesperadamente bom vai acontecer?

Pois é, nem eu.

Acordei com torcicolo, com cólica, atrasada, estou com fome, na pressa de sair bati o dedinho do pé na mobilia, acabou a bateria do meu celular, perdi o primeiro ônibus pra faculdade e agora estou aqui, esperando o segundo com uma chuva ameaçando cair sobre meus cabelos azulados totalmente despenteados.

Finalmente chega o bendito ônibus e... Lotado. Alias, sardinha se sentiria em uma suíte Master dentro de suas apertadas latas comparado ao estado do veículo de transporte público. O motorista nem parou, seguiu adiante. 

Consegui pegar o próximo, que estava bem cheio também. Fiquei em pé, o asfalto precário do meu bairro nos fazia sacudir como se estivéssemos numa escola de samba. Eu segurava firmemente a barra ao meu lado e a outra mão estava na alça da mochila. De repente o ônibus passa por um buraco, e eu e minha super habilidade de passar vergonha em público, sentimos a gravidade nos chamar e como se fosse um convite para um chá, meu corpo aceita e vai cumprimentar o chão com um beijo. 

Fechei meus olhos esperando o impacto... Que doeu.

— Itai... - levei uma mão a cabeça enquanto tentava me levantar. Senti uma mão grande segurando-me pelo meu cotovelo, auxiliando o meu equilíbrio. Virei-me para agradecer e...

— Ah! - assustei-me tanto que além do berro, dei um pulo pra trás e cai sentada no colo de alguém, cujo rosto não quis nem olhar devido ao pânico que se alastrou pelo meu ser no momento em que encarei aquelas íris azuis.

Não podia ser... Fujo minha vida toda e venho a encontrá-lo nesta altura do campeonato?

Sentia-me tensa e amedrontada. A dor do torcicolo estava piorando. De tantas pessoas, justo ele? Aqueles olhos tão frios e calculistas, me analisando e me comendo. O ato de respirar estava se tornando insuportável e eu já sentia as lágrimas acumularem em meus olhos a medida que o passado e lembranças ruins voltavam para me assombrar. 

Senti uma mão quente e forte envolver minha cintura, e puxar-me contra um peito duro mas confortável. Eu estava em modo de defesa, agarrei sua blusa e encostei-me o máximo que podia naquele que estava me confortando. Os olhos cheios de desejo não deixavam meu corpo um segundo sequer, mas ao ouvir a voz rouca e preocupada de quem me acolheu tornaram-se densos e sombrios.

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