Se inscrevendo em uma nova escola

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Era como de se esperar, o resumo de nossos presentes eram apenas roupas, de verão, inverno, fins festivos e tudo que possa imaginar, de vez enquanto tinha objetos também, como panelas, canecas coloridas e vasos decorativos, a única coisa de interessante que veio eram as cestas de guloseimas, a minha mãe me mandava vestir todas as novas vestes, cada uma delas, ficamos praticamente horas desempacotando tudo que ganhamos.

- Hey, tem um presente diferenciado pra você – ela disse, olhei de curiosidade, era uma caixa média vermelha com bolinhas amarelas e um grande laço verde, e pra fechar com chave de ouro, não era empacotado, apenas encaixado, abri para ver o que tinha dentro e quando vi era um conjunto de coisas diferentes, primeiramente um caderno de rascunho para desenhos em seguida de uma cartelinha com um lápis de cor, um lápis preto e uma borracha tamanho G.

O segundo era um livro de detetive, tinha uma capa preta e branca com a foto de um homem de chapéu e vestia um terno, uma lupa enorme atrás dele para ser um enfeite e encima do mesmo dizia “O Desaparecimento da Jenny Fitzgerald” e embaixo disso em fontes de letras pequenas “Por Ronald R. Wilson”. E por ultimo, um casaco felpudo cinza claro. Fiquei procurando alguma etiqueta para saber quem tinha me enviado. A única coisa que achei foi um adesivo no fundo com apenas as letras “V.A.V”—“V.A.V”? Vav? – Dizia minha genetriz confusa.
– Nem eu entendi – coloquei a caixa na pilha, eu não sabia se era uma ou mais pessoas especificas que tinham me dado esse presente, gostei muito deles e queria muito saber quem tinha me dado.

– Bem essa é a ultima caixa de hoje, e olha! É pra você – Minha mãe jogou a embalagem para mim, tinha uma estampa florida e possuía apenas uma fita adesiva para lacrar a mesma, foi muito fácil abrir e dentro tinha um conjunto de roupas, uma camiseta branca com um desenho de um cookie no meio, uma jardineira jeans azul escuro e tinha uma figura desenhada de uma rosa vermelha em um bolso na frente, meias com listras rosadas e sapatilhas marrons.

E quando achava que tinha acabado, percebi que tinha mais no fundo, um cachecol cor celeste e estrelas amarelas, um suéter verde pastel, calça moletom preta e botas rosa com um pequeno lacinho nos lados, tenho que admitir, de tantas vestes que vi, essas foram as melhores, e como sempre minha genetriz mandou usá-las e pela primeira vez fui feliz, e até que elas ficaram boas em mim, quando olhei quem tinha me dado, era as vizinhas.

Geralmente, reclamava que certos trajes me deixavam “gorda”, mas até que estes cobriam todas as minhas “gorduras extras” que existia no meu corpo. Odiava ser “sobre peso”, por causa de uma sociedade que vivi onde as pessoas têm que ter um “corpo padrão” me fez não ter muita auto-estima sobre minha forma física, era bem pior quando criança, de acordo com a minha antiga nutricionista, estava num estado que ela chamava de “Obesidade dois”, dou graças a ela por ter me impedido de chegar à obesidade mórbida ou até pior. Finalmente, terminamos de ver todos eles, minha mãe preferiu não dormir naquele momento, pois ela já tinha dormido quase o dia todo e iria ficar assistindo televisão até dar sono, a mesma disse que já tinha tomado banho mais cedo e por isso não iria repetir para dormir.

Fui para a pilha de presentes pegar um pijama verde novo que tinha ganhado e depois pro quarto pegar alguma roupa intima minha. Demorei um pouco para chegar ao banheiro, mas quando finalmente encontrei me surpreendi, tinha uma banheira! Eu pulei de alegria, sempre quis ter a experiência de me banhar na mesma, então fiz o que eu sempre faço em uma casa de banho, fiquei na frente do espelho enquanto tirava a roupa, primeiro foi o tênis preto, depois a meia branca, em seguida o shorts jeans azul, logo a touca verde, seguidamente o casaco aqua-esverdeado que cobria minha boca por conta de sua gola longa e por fim minhas vestes de baixo.

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