capitulo 1

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•Por favor, se lerem e gostarem, clica na estrelinha ❤️ significa muito pra mim

Era um dia escuro, como costuma ser em Manchester na Inglaterra
As chuvas caiam sobre a janela e o frio tomava conta do local.
O chão da área de Ballet era coberto por poeira, eu ainda não cheguei a conclusão de como é que esses imundos não limpam isso, como deveria ser feito, ja que a área é usada por muitas pessoas.
As luzes estavam apagadas e o calor predominava intensamente aquele local.
Ligo o som pela a décima vez e começo a ensaiar tudo de novo.
Meu corpo não aguentava mais se movimentar, minhas pernas estavam doloridas e minha cintura estavam a me matar.
Me movimentava mais ainda e deixava meu corpo ser levado pela a música em um ritmo que dava para ser entendido. À musica tinha uma batida acelerada, o que fazia meu corpo acompanhar a música fazendo meu coração acelerar ainda mais.
Escuto a porta bater.
-merda! - corro em direção ao rádio e retiro meu pen-drive com a cor da Irlanda sobre ele. Pego meu casaco no chão e me escondo atrás das caixas que guardavam as roupas de algumas dançarinas.
Escuto os passos se aproximar. Cada vez mais próximo. Chego um pouco mais para trás e os meus sapatos fazem barulhos sobre as demasiadas areia que tinha sobre o chão.
As luzes se acedem e eu boto um dos meus olhos para o lado da caixa para ver quem era.
Era o mesmo homem de sempre, que todas as vezes que escutava um barulho vindo do pátio de Ballet vinha visualizar para ver se eu estava dançando " ilegalmente" no pátio.
Não iria pagar 50 dólares para vir dançar, por isso eles quase sempre aparecem por aqui a minha procura, aliás, eu sou a única que entra aqui sem pagar para dançar.
A poeira sobe sobre o ar e eu tusso. O monitor do pátio olha para mim e me enxerga.
Empurro a caixa e ela cai espalhando-se no chão empoeirado as roupas das raparigas que dançavam aquelas musicas bizarras e com aquelas saias rosas, que nojo.
" Agnes! "O Homem corre atrás de mim e eu pulo a janela que estava a minha frente. Caio em cima das grama verde molhada da chuva e boto o meu casaco e o meu capuz e saio correndo a rua abaixo da chuva.
Olho para trás e vejo-o ainda a minha procura.
Otário.
Pego meu celular e procuro uma música e boto os fones no meu ouvido.
O meu celular alertava 17:46 da tarde, o horário que o monitor da área de Ballet chegava..Eu preciso aprender que aquele homem sempre chega aquela hora.
Sinto que meus fones foram retirados do meu ouvido.
Me deparo com uma mulher com cerca de 45 anos com o cabelo amarrado em um coque, segurando uma torneira respigando água sobre a calçada.
O que leva um ser humano lavar a calçada em um dia de chuva?
"estás louca? "puxo o fone de sua mão.
" Você não me ouviu, teria que puxa-lo"
franzo a testa e encaro seus olhos cinzentos tentando entender algo. O que aquela porra estava a falar? "Você está com as suas..."
ela olha para as minhas botas lotadas de areia e barro após misturar à areia de pátio de Ballet com as poças d'água que eu vim pisando.
"com as suas... Com seu sapato"
ela molha a garganta
"sobre a calçada que eu estou lavando e você está Arruinando meu trabalho! "
ela mostra a calçada e eu olho para a calçada.
A marca do meu pé de número 38 estava marcado certinho sobre a calçada.
"Escuta aqui" eu seguro meus fones e paro a música
"A calçada é publica, então se eu quiser arriar as calças e cagar nessa rua, eu faço isso e outra"
eu boto meu celular no bolso da calça
" Qual é o seu problema? Esta a chover e voce esta lavando a varanda... Não tem uma criança para cuidar? "
olho para a sua casa atras dela. Nunca gostei da Mrs. Smith, ela sempre se intrometeu na minha vida.
" Você deveria ter modos de garota! Olha seus vestimentos! "
ela aponta para a minha roupa. Eu usava uma roupa masculina com um desenho estampando e calça jeans rasgadas e uma bota marrom.
" Fora que, eu sou mais velha, tenha mais respeito! Eu irei ligar para a policia se você passar na minha calçada sujando tudo!"
Piso forte na sua calçada deixando gotas de barros sobre o resto da sua calçada. Ela me olha com uma cara séria.
" Eu escolho as pessoas que eu respeito, e eu não irei te respeitar. Vai e liga pra policia, o que eles irão fazer ? Me ensinar algo sobre o respeito? Qualquer pessoa deve ter respeito tanto menina tanto menino, só que eu escolho com que eu quero respeitar, e no teu caso, eu não irei te respeitar"
Olho pela a última vez pela a calçada marcada pela as minhas botas...
" E limpa essa merda e depois procura algo melhor pra fazer. Vai se masturba ja que o seu marido vive mexendo comigo todos os dias e não te fode...porque tudo que voce precisa é um pau no rabo pra acabar com essa sua graça"
Dou as costas pra ela e continuo meu caminho de volta a minha casa, aliás, não é minha casa, é um inferno em forma de casa.
Mrs.Smith é minha vizinha desde sempre, a sua vida sempre foi uma merda e sempre tentou piorar a minha que sempre esteve de baixo do poço.
Ela tem um filho que botou fogo na igreja aqui perto. O seu filho tirou minha virgindade antes de tudo, e ela diz que foi eu que botei na cabeça dele para botar fogo na igreja e por isso, tive que passar 3 dias na cadeia por causa daquela bruxa.
O seu marido é drogado e viciado em bebidas e tem uma filha de 7 anos de idade.
Foda-se, isso não mudará ela e isso não justifica ela ser uma praga.
Abro a porta de madeira e entro dentro de casa e subo as escadas de madeira. O meu quarto é o ultimo da casa.
Desde que a minha mãe morreu queimada há 2 anos atrás, o namorado dela me fez ir para o porão, que hoje, é o meu quarto.
Jogo a minha mochila sobre a cama e deito nela.
O meu quarto era de madeira, as cortinas eram rosas, apesar deu odia-la, quem pôs ela foi minha mãe, por isso não tiro-a de lá.
Tinha algumas caixas de papelão uma em cima da outras da porta que guardava as coisas que perteciam a esse porão antes de virar meu quarto. Tinha uma mesa de madeira com meus livros em cima e um ventilador de teto que ficava estalando.
" Agnes?" Escuto a voz do me
u padrasto soar no corredor e seus passos se aproximar do meu quarto.
Eu boto minha cabeça abaixo do travesseiro e fecho os olhos. Hoje não era o dia Definitivamente para ouvir seus berros. Minha cabeça estava a estalar e meu corpo doía.
" Não estavas a me ouvir? Estou te chamando ha um tempo! " escuto a sua voz tomar conta do meu quarto.
Ele tira meu travesseiro e atira-o para a parede.
" Você tem que limpar a cozinha e seu almoço está dentro do fogão "
Sento na cama e encaro seus olhos verdes e seu cabelo grisalho.
" Foi a algum lugar? "
Ele olha para a minha mochila preta sobre a cama.
Ele odiava que eu dançava, para ele eu preciso limpar a casa para quando for de noite ele receber as prostitutas dele e fode-las no quarto e eu ir dormindo escutando o gemido de cada uma delas.
O Paul tomou conta da casa assim que a minha mãe morreu, e apartir dai, eu sou obrigada a viver com ele.
" Me responda! " ela aperta meu braço me retirando da cama.
" Nao" retiro suas mãos do meu braço.
Ele fecha um pouco seus olhos e a sua expressão de duvida surge no rosto.
" ate quando você vai ficar mentindo pra mim? "
ele volta a Apertar meus braços
" Acabei de receber uma ligação da Area de Ballet que você invadiu aquela area! Voce e maluca? "
Eu tento sair dos seus braços mais não consigo.
Ele me atira contra a parede e eu bato meus braços forte na madeira da parede.
Eu grito de dor e ele continua a falar:
" EU JA TE DISSE PRA FICAR LONGE DAQUELA AREA, VOCE VAI ACABAR COM ESSA SUA MARRA QUANDO EU TE MACHUCAR FEIO"
" Voce nao manda em mim"
Eu digo tao baixo que acho que ele não me escutou. Noto sua expressão e ele volta a rir.
" Sim, eu mando. Você vai descer agora e ira arrumar a cozinha inteira antes das 19:00. Esta me entendendo não esta? "
Ele vira as costas e sai do quarto. Escuto suas botas bater sobre o chão de madeira e a porta bater.
Me levanto do chão e vejo que meu braço estava vermelho.
" Filho da puta"
Olho pela a janela e vejo ele entrando no carro que pertencia a minha mãe.
Puxo meu cabelo para um rabo-de-cavalo e tiro as calças. Boto um short largo amarelo e uma regata branca.
Desço as escadas e vejo a cozinha totalmente suja.
-Porco, imundo- eu digo passando a mão sobre a bancada que estava cheia de poeira.
Eu não deveria arrumar isso, deveria deixa isso para ele e sair dali por fim. Mas, ja fiz isso e terminei com um dos braços quebrados.
Abro o forno e vejo um prato com pouco arroz e um pedaço de carne.
Engulo em seco com nojo e fecho o fogão novamente e começo a limpar as nojeiras do Paul enquanto as horas se passam e cada vez mais se aproxima o horário que ele tras as suas prostitutas para cá.

Dark Soul {Harry Styles}Onde histórias criam vida. Descubra agora