Capitulo 2

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• Please, caso leiam apertem na estrelinha! Significa muito pra mim ❤️
Escuto o barulho da madeira ranger.
Me viro várias vezes. O calor estava insuportável naquele quarto.
A chuva continuava a cair e o trovão tomava conta da rua lá fora e de vez em quando clareava o meu quarto que só tinha uma lâmpada branca falhada para iluminar.
Os gemidos que vinham do quarto do meu padrasto estava a me tirar do sério.
Hoje é o dia de uma loira. Ela chegou por volta das 19:30, quando o Paul mandou eu subir para o quarto, como se eu fosse uma criança e tivesse interessada de conhecer uma prostituta que fica rodeando as ruas de Manchester.
Não tinha provas de que ela era uma prostituta, porém, Paul é feio e gordo, um cara imundo e miserável, jamais iria conseguir as garotas que ele consegue por caráter ou por beleza, porque ambos os dois faltam nele.
" Puta que pariu"
Rosno quando a garota geme mais alto e o trovão soa mais alto.
Minha vontade era de me levantar, ir lá e falar para ela gritar menos ou pro Paul ir mais devagar, porque ou ela vai sair de cadeiras de rodas,ou meus tímpanos serão destruídos.
Foda-se

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Acordo no dia seguinte com demasiada dor de cabeça. Me viro diversas vezes na cama e finalmente paro quando ouço os passos na escada. A porta do meu quarto estala e o Paul entra. Finjo estar a dormir e vejo ele entrar em meu quarto. Seus sapatos estalam sobre a madeira.
"Agnes, acorda!''
"Não comece. Você fez a sua garota gemer a noite intera, eu mereço dormir pelo o menos 1 hora''
Digo quase perdendo a pouca paciência que eu tenho por dia. Ele sai do quarto e eu me assusto, desde quando ele me deixa dormir por mais uma hora? Eu juro que pensava que ele iria me arrastar pelo o cabelo e me fazer limpar a cama que estava repleto de orgamos ambos os dois. Sinto uma água fria sobre o meu corpo. Me estremesso e me levanto da cama com o corpo todo molhado. O Paul sorrir e bota o balde água do lado da porta e diz
"você me obrigou a fazer isso querida, só tem mais um trabalho a fazer: limpa essa cama e depois arrume a casa.''
"Vai tomar no cú''
digo encarando a suas costas.
Ele para de andar e diz
'' o que você disse?''
"Você está surdo ou eu preciso repetir?''
Ele se vira pra mim e da um único tapa na minha cara. Sinto meu rosto queimar e arder ao mesmo tempo. A minha temperatura aumenta e toma conta do meu corpo.
Uma vontade enorme de bater na cara dele toma conta de mim, mas devia me conter, ele era mais forte do que eu.
"Isso é pra você aprender.Arruma o quarto agora''
Ele bate a porta e eu acaricio o meu rosto. Me olho no espelho e vejo meu rosto vermelho com os cinco dedos do Paul marcados na minha pele branca. Eu tinha olheiras abaixo dos olhos, meu cabelo era preto e liso, e hoje, ele estava em um coque.
"Você me paga.''
Eu fecho a porta do meu quarto e desço até a cozinha.
Começo arrumar a cozinha, e depois os banheiros, o meu quarto e logo depois o dele. Era 15:00 quando eu acabei de arrumar a casa inteira.
Vou para a casa-de-banho e tomo um banho. A água quente desce pelo o meu corpo me trazendo um alivio. Saio do banheiro e passo a toalha no meu cabelo. Pego as roupas que estavam sobre o vaso. Uma blusa de manga grande com um skate na frente, e as calça rasgada na coxa e as botas de sempre. Boto o casaco com o capuz e desço as escadas.
Desço a rua a baixo. O clima estava frio, como sempre. Puxo o meu casaco para cobrir meu pulso e um pouco da minha coxa, já que o casaco era grande.
O grupo de meninas de putas atravessam a rua, e todas desviam o olhar pra mim. Elas seguravam bolsas de lojas caras, cada uma delas, sempre levavam os cartões do papai para gastar com vestido curtos para as festas e mostrar as ''curvas'' do corpo para os cafageste que vão para pegar as garotinhas e depois se livrar delas.
"Olha, olha...Agnezinha...''
A Loira me para no meio da rua, eu retiro meus fones e olho para ela de cima a baixo. '' O que você quer?'' digo curta e grossa, não estava afim de aturar as crises delas. Faço essa pergunta, quando na verdade, sei que ela não quer nada.
Deve ser bom me parar na rua, idiotas.
Eu frequentava a mesma escolas do que elas... Ao meus 14 anos, sofri bullying por uma delas, e desde então comecei a ficar ''maluca'' como os psicologos da minha ex escola diziam... Mas eu não fiquei maluca.
A Lissa, lider do grupo,estava fazendo sexo na livraria e apartir dai, deixou pegar fogo em um dos livro, eu estava na biblioteca junto com eles,mas estava a procura da chave de casa...E então, ela botou a culpa em mim, e já que eu era a psicopata da história, fui expulsa e todos acreditaram na versão da Lissa que se fingiu de coitadinha e até mesmo a minha mãe aconselhou ela. ''Nossa... Calmai amiga, estamos só falando com você por educação, já que você não tem nenhuma amiga... Aliás, teu rosto está com uma mão bem marcada ai...Apanhou do teu padrasto de novo? ontem eu vi ele parado na rua da prostituição.''
Lissa volta a rir e catuca as amigas para ajudarem a elas rirem. Essas garotas me irritam, tiram a minha paciência, mas era isso que elas queriam, então eu deveria me conter.
"E como você sabe que ele estava lá? ah, esqueci, você também participa desse grupinho de prostituta. Sua roupa é idêntica da prostituta que saiu hoje cedo de lá de casa''
Sorrio debochando e boto os fones de ouvido novamente, poupando o meu ouvido de ouvir as putas falando mais merdas na minha cabeça. Elas sempre fizeram isso comigo. Eu era apenas uma garota de 14 anos de idade, nunca fiz mal a ninguém, só proque eu me visto como um garoto, elas começaram a encher minha cabeça dizendo que eu sou lesbica e outras coisas, então, comecei a machuca-las, tive algumas suspensões e tive que aturar os meus pais falando que eu era uma pessima filha, mas eu não faria tudo isso se elas não ficassem me chamando de nomes horriveis. Foda-se, nem deveria ter parado ali.
Entro no estudio de dança, o mesmo de ontem.
Jogo meu casaco no chão e tiro de dentro do bolso dele o meu pen-drive.
Prendo meu cabelo e analiso meu rosto no espelho enorme que a sala tinha.
A mão do Paul ainda estava marcada em meu rosto, as olheiras eram claras de baixo dos meus olhos, e como a minha pele é branca, dava mais um ''tom'' para mão do Paul ser vista de longe.

Foda-se esse caralho, não é a primeira vez que apanho dele desde que a minha mãe morreu.
Suspiro e aperto o play.
A música se inicia e eu vou mexendo meu corpo de acordo com a música.
Meu corpo já estava suado em menos de 1 hora. Escuto palmas atrás de mim.
Me assusto e vejo uma mulher.
"Quem é você?'' Pressiono o pause e tento recuperar minha respiração, tanto com o susto, tanto com a dança.
Ela usava uma calça jeans e um casaco de veludo e uns tênis, tinha o cabelo preso em um rabo de cavalo, loiro e os olhos castanhos. Se eu não me engano, já vi ela. ''Dá pra mim responder ou está dificil?'' tento ser no mínimo educada, mas o meu dia começou ruim, então foda-se.
Ela estava tão suada quanto eu, mas lá frio está chuvendo, porque ela está suada? será que ela está aqui desde que eu entrei?
"Eu estou aqui desde que você entrou'' ela para de aplaudir e responde minha pergunta como se tivesse lido meus pensamentos.
E então começo a me perguntar se eu fiz a pergunta em voz alta, mas tenho certeza de que só pensei.
"Bom, você dança bem. Eu sou Kemilly Tompson. Sou a professora de Ballet e Jazz dessa aréa.''
"Ata. Bom, antes que você comece com toda a palhaçada como todos os caralhos, eu sei que é proibido dançar sem pagar,mas acontece que minha vida é uma porra e eu não tenho dinheiro para pagar essa merda então eu já to saindo, nem precise gastar suas perninhas e ir chamar a policia porque eu mesmo me retiro''
Pego o meu casaco no chão e ando em direção a porta pela a primeira vez, sempre costumo a pular a janela.
"Eu vim aqui para te assistir. Eu soube que você sempre vem ensaiar por aqui, então decidi esperar por você chegar.''
"E porque você fez isso?''
"Eu estou indo viajar para Nova York e estou a procura de alguém que dance, irei abrir um curso lá, e eu quero que você participe''
Eu encosto a mão na marçaneta e por um segundo eu paro de respirar. Nova York? '"Do que você está falando?''
Eu me viro para ela e vejo o sorriso no seus labios vermelhos.
"É isso, é daqui há uma semnana...É uma vaga única e eu sei que você tem talento.'' ''Eu não posso, não tenho dinheiro o suficiente.''
"Eu pago, sua passagem, tudo.''
"Olha, se isso for algum tipo de brincadeira, já pode parar'' Digo mal acreditando.
"Não Agnes, é serio.''
Eu sorrio de lado e digo '' ok, te dou a resposta amanhã'

E agora? como irei convencer o Paul?

Dark Soul {Harry Styles}Onde histórias criam vida. Descubra agora