Padaria dos Sonhos

LUCCAS DAVIE LOMBARDO

CAPÍTULO CINCO

Itália, dois anos atrás

­- Cadete 09, presta atenção! O alvo está logo a frente, quando eu der o sinal, você atira! – Falo confiante, Cadete 09 é meu mais confidente agente, ele sempre está nas operações comigo.

- Luccas, tem certeza que vai sozinho? Eu posso ir com você de boa, a Aquila Rossa me contratou especialmente para isso. – Cadete 09 fala.

Aquila Rossa, é como o meu pai é conhecido nesse mundo de máfia.

- Eu já falei que não – falo com firmeza – você fica aqui, e quando eu der sinal você vai. – Prontifiquei.

Pego minha pistola, uma Glock 9mm, coloco um silenciador, pois todos os meus trabalhos, gosto de ser muito discreto. Sou conhecido como Assassino Silenzioso, então tenho que fazer jus ao apelido que me conceberam.

Vou atrás do desgraçado de Matteo, que além de ele ter roubado e passado a perna em meu pai, mantém um tráfico intenso de crianças. Não gosto de matar, apenas de dar sustos, mas nesse caso, acho que será diferente.

Avistei uma luxuosa casa, e adentrei em seu jardim, Cadete 09 já estava me seguindo, tudo arquitetado.

Alguns seguranças que estava ali, permitiram minha entrada, pois não desconfiavam do meu objetivo.

- Davie! – falou Matteo, assim que me avistou. Ele estava sentando em seu sofá com belas mulheres ao seu redor – Que bom te ver! Venha nos fazer companhia! – Disse, se referindo as mulheres que tinham em sua volta.

- Dispenso, hoje vim tratar de outros negócios com você, e vocês moças – disse olhando para elas – estão dispensadas. Podem ir. – Dito isso, elas saíram.

- Que estraga prazeres! Dispensar essas beldades assim? – Reclamou.

- Não estou aqui para enrolas, vamos direto ao assunto! – Falei, me servindo um pouco de whisky.

- Claro! – Falou, cinicamente.

- Fiquei sabendo que você atua na rede de tráfico infantil. – Disse, fazendo pouco caso, mas por dentro estava quase explodindo.

- Notícias correm, vai querer uma mercadoria? Sério, a inocência delas me dá até um tesã... – Ao ouvir aquilo, um arrepio tomou conta do meu corpo, como alguém poderia ser capaz de fazer isso?

- É sobre isso, e sobre o roubo que você fez ao meu pai. Achou que não perceberíamos?! Você é tão ingênuo, nem parece que conhece o tão aclamado Aquila Rossa. – Falei, desferindo mais um soco em seu rosto.

- Que isso cara, você acha que eu faria isso? – Falou, se afastando. – Eu respeito demais, você e seu pai! – Se aproximou. – E quanto ao tráfico, eu realmente me arrependo muito, penso em sair disso todos os dias, mas você sabe como é dificil, uma vez dentro dele. – Falou, obviamente não acreditei em nenhuma de suas palavras, mas, me distrai o bastante para que ele me golpeasse.

- Sempre te achei um filhinho de papai muito mimado, sabia?! – Disse me surpreendendo com um Mata-Leão. – Acho que você precisa sofrer um pouco mais nessa sua vida, não acha não? Que tal uma seção de tortura?

Tentava me soltar, mas o desgraçado é realmente forte! Até que consegui pegar minha arma, dando um tiro em seu pé, fazendo-o urrar de dor. Consegui me soltar.

- É, eu acho que preciso sofrer sim – disse sarcasticamente – mas eu só vou sofrer, quando eu acabar com a sua maldita raça! – Falei.

- Você acha que vai sair daqui de boa? Está muito enganado! Acho que quem vai cantar vitória aqui, vai ser eu! – Ele disse, percebi que seu olhar se movimentava atrás de mim, logo, dei as costas a ele e vi dois de seus seguranças.