Pecadores, amam pecar

MIKAELSON I

– Damon! Damon socorro!

– Caroline? Onde tu estás?

– Aqui! Damon rápido!

Seu coração estava acelerado, sentia seus pulmões forçando a saída do ar, e no pingo de silêncio que havia em todo aquele caos Damon pode ouvir o sangue correndo por suas veias. "Caroline!" Ele gritou.

– Damon!

A voz da garota ecoava pelas paredes do imenso prédio, paredes cinzas, mal construídas, sujas. Um ar frio se instala ao redor do rapaz, ele podia sentir seus olhos se enchendo de lágrimas. Com sua pele formigando ele corre, os gritos ficavam mais fortes, mais próximos. "Caroline! Caroline!". Suas pernas buscavam forças como nunca antes. Em um dia com tanta névoa a visão não era cem porcento.

Um grito, uma gota. Ao mover sua cabeça para cima, uma gota d'água molha seu rosto, ele sabia que aquela era só a primeira, viriam mais.

– Damon! Damon, acorde!

O rapaz dá um salto da cama, assustado, olha para a imagem a sua frente ainda com a visão um pouco embasada e ao perceber que era Caroline a abraça.

– Percebes que está amassando minhas vestes? – A garota pergunta ao tentar se desprender do abraçado apertado de seu colega.

– Deixe de ser azeda e retribua o abraço, – não acredito que estou abraçando a Caroline, pensa Damon após voltar a realidade e perceber que estava apenas sonhando.

Ele a solta, deixando um clima estranho no ar, se levanta e passa a mão no rosto.

– Por que está no meu quarto? – Põe as mãos na cintura. – Sentiu tanta saudade assim? – Sorrir debochado o rapaz.

– Feche essa matraca, – Caroline arremessa um travesseiro em Damon. – Arrumasse, teu irmão nos aguarda. – Levanta da cama e sai.

– Mal começou o dia e já rezo para que acabe. – Ele revira os olhos e se locomove para o banheiro.

– Por onde anda meu irmão? Ainda dorme? – Pergunta para si mesmo.

Stefan estava agitado, adiou a refeição matinal e permaneceu trancado no escritório com o xerife.

Caroline bate na porta, três batidas suaves. Abra a porta para ela, diz Stefan sentado na poltrona. O xerife faz o que lhe foi ordenado.

– Ele deve ter fumado uns 60 charutos antes de dormir... – Tom de brincadeira.

– É do Damon que estamos falando, não duvido que isto seja possível. – Ambos riem.

– É adorável ver tamanho amor que sentem por mim. – Damon entra pela porta.

– Bom dia Bella adormecida! – Stefan o olha.

– Pretende contar para eles senhor? – Xerife.

– Nos contar o que? – Caroline pergunta curiosa e animada.

Um silêncio percorre pelo cômodo, até que o Salvatore responde:

– O xerife achou rastros estranhos que vão em direção aos novos prédios Mikaelson.

– Mikaelson!? – Pergunta a moça assombrada com a ideia.

– Novos prédios? – Damon se intromete na conversa, Stefan parecia estar mais pensativo que o normal. Ambos se olham.

– Dois irmãos, Mikaelson, se mudaram recentemente para cá. Eles são ricos, estranhos. Investiram em novas construções para a cidade, prédios.