𝗮𝗺𝗼𝘂𝗿; 𝗌𝗂𝗅𝗅𝗂𝖾

vert cristallin.

Sadie Sink;

— Aqui tem muitos lugares bonitos para... sei lá, tirar fotos. — Falei, arrancando uma risada dela.

— Mas então, você gosta de morar aqui? Digo, me fale o melhor e o pior.

— O bom é que na região em que nós moramos, todo mundo se conhece. Quero dizer, isso pode ser bom e ruim. — Ri. — Uma fofoca pode se espalhar bem rápido, tudo depende da sua avó, Jaeden e a senhora Elia.

Ela riu, olhando para frente. Ela parecia estar bem animada enquanto passeávamos apenas pela região, enquanto eu carregava a bicicleta do meu lado.

— O seu inglês é muito bom! Já fez intercâmbio? — Ela pergunta.

— Não... Eu aprendi inglês sozinha, apenas vendo vídeo aulas e fui pegando o jeito. Acho que sei falar a uns três anos. — Ela pareceu se surpreender, fazendo uma expressão engraçada.

— Que incrível! Tem mais alguém por aqui da nossa idade que fale inglês?

— Bom, tem o Jack, ele ainda não é fluente, mas tem um sotaque perfeito também. — Eu falei calmamente, enquanto passávamos por uma rua coberta de árvores, como um túnel. — A escola é bilíngue, então muitos aqui sabem o básico, mas não conseguiriam conversar entre si.

Ela fez uma carinha triste. Eu sorri bobo, atraindo o olhar dela para mim.

— Eu queria fazer amigos por aqui sabe? — Ela falou tristonha.

— Eu posso ser a sua amiga, não está bom para você, senhorita Millie? — Ela riu, olhando para mim novamente.

— Está ótimo para mim. — Ela deu um sorriso de orelha a orelha. Reparei como o seu sorriso é bonito e contagiante. Talvez eu estivesse errada aquele dia que falei sobre os "britânicos endinheirados", eu vou querer eles bem próximo de mim. — Me conte sobre as pessoas daqui? Sabe... Aquele Jaeden, o tal do Jack.

— Bom, Jaeden é só um gaysinho mal caráter, então não precisamos nos preocupar com ele. — Ela riu. — O Jack é um garoto fofo baixinho, namora um garoto chamado Finn, que mora em Paris, mas sempre vem visitar o Jack e todos nós em todos os fins de ano. Tem a Lilia, que é simplesmente incrível, você iria amar ela. O Chosen é incrível também, e ele fala inglês também, já que é dos Estados Unidos. Tem outras pessoas também, mas não é tão importante agora. — Tentei não esquecer de todo mundo. — Mas então, me conte dos seus amigos de lá do seu país! Quero saber um pouco de você também.

— Okay... Eu morava em um lugar bem movimentado, próximo de Londres, e lá era simplesmente incrível, porém cheio. Tinha alguns amigos, Noah, Wyatt, Caleb... Sinto falta deles. — Ela falou tristonha, me fazendo fazer um bico pela sua expressão fofa de tristeza.

— Nós podemos ser amigos... Eu, você, Jack e Chosen. Jaeden queria muito ser seu amigo, mas ele é péssimo no inglês. — Ela riu, olhando para a sua frente. Nós chegamos. Chegamos no lugar que eu queria mostrar a ela.

— Que lindo! — Ela falou. Algumas flores caiam diante ao lago, deixando tudo um pouco mais bonito e... romântico.

— Chegamos! Tire os seus sapatos e me siga. — Eu falei, tirando minhas sandálias. Ela tirou seus calçados de uma forma desajeitada, deixando largados próximos aos meus.

— Os moradores chamam essa lagoa aqui de vert cristallin, que seria como verde cristalino ou verde cristal. Muitas pessoas vem aqui depois da aula para conversar, ou até mesmo ir em um encontro. — Eu fui até a beira do lago, me sentando e balançando meus pés soltos na água. — Vem aqui!

Ela veio ao meu lado, fazendo exatamente o que eu fiz.

— Qual é o nome daqui mesmo?

— Lago Vert Cristallin.

— Vert Cristalin? — Ela falou com sotaque inglês.

— Não, Vert Cristallin. — Ela fez uma cara confusa, o que me fez rir. — O T quase não aparece no "Vert", porque você vai puxar o R da garganta como se estivesse respirando muito forte, cobrindo o T. Assim, Vêrr. — Ela repetiu. — Assim mesmo! E o "Cristallin" não se pronuncia assim, você vai falar como se tivesse um "o" em vez do "i". O "R" você vai fazer igual o Vert, porém um pouco mais discreto. Assim, Crristalon. — Ela repetiu novamente fazendo o sotaque correto. — Tudo junto vira Vêrr Crristalon.

Ela repetiu a minha fala, fazendo o sotaque certinho. Eu sorri para ela, batendo palmas.

— Você poderia... me ensinar a falar francês. — Eu olhei para ela, pensando na ideia. — Sabe, aqui tem poucas pessoas que falam inglês, e é melhor eu aprender logo, para poder ir para a escola... você sabe.

Tenho que admitir, seria ótimo passar o dia com ela, dando aulas, conversando, vendo o seu progresso... seria maravilhoso. Talvez seja uma boa ideia.

— Não me parece ser uma ideia ruim... eu aceito! — Ela sorriu, se jogando em mim e me abraçando. Fiquei imóvel por alguns segundos, mas depois me soltei, envolvendo ela também.

— Desculpe, é que na minha família, nós temos essa mania de sair abraçando qualquer um.

— Não tem problemas! Todo mundo gosta de um abraço.

Ela ficou de lado, deitando sua cabeça em minha coxa. E assim, o dia continuou. Eu levei ela para uma lanchonete antes de levar Millie em casa.

Okay, Eu estava totalmente errada. Tenho certeza que eu vou querer a Millie bem próximo de mim.

Desculpem a demora, é muita coisa para atualizar 😬

(Não revisei)

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