- Pai estou indo passar o final de semana na casa da Milena. - falo descendo as escadas.
- Quer uma carona irmã? - meu irmão me pergunta saindo do banheiro de visitas com uma toalha enrolada na cintura.
- Claro Du, vou te esperar lá fora.
Meu irmão sempre foi muito protetor e ciumento, por eu ser a única irmã e a caçula. Desde quando éramos crianças meu pai ensinava ao Eduardo sempre a cuidar de mim. Tudo nós fazíamos juntos, nosso círculo de amizade era o mesmo. Desde o colegial ele sempre foi da turma dos descolados e eu não ficava para trás, o ruim de ter um irmão "famoso" é que sempre fui cercada de meninas que queriam uma certa amizade comigo para se aproximar do meu irmão, por esse motivo sempre tive falsas amigas. Quando isso acontecia eu nunca dava muita importância para elas e assim elas se afastavam de mim. A única que não fez com segundas intenções foi a Milena, e é pra casa dela que eu estou indo agora.
- Ei mocinha, não vai se despedir de mim? - Meu pai me chama levantando-se do sofá e na mesma hora eu retorno.
- Tchau pai, amo você. - dou um abraço nele que me aperta e me dá um beijo na testa. Como eu amo esse homem.
- Eu posso confiar em você? - ele pergunta pondo o jornal ao lado dele no sofá.
- Sempre. - digo saindo e fechando a porta.
Meu pai já tinha lá seus 54 anos, mas era bem conservado. Alguns diziam que eu puxei ele por causa dos meus olhos, outros já alegam que puxei a minha mãe, mas eu nunca soube ao certo. Eu tinha uma mistura dos dois. Fui até á minha mãe, Cassandra, que estava no jardim cuidando das suas flores em plena sexta-feira. Cheguei por trás dela que levou um leve susto.
- Samanta Cipriano, um dia você mata a sua mãe do coração. - ela diz me repreendendo com a mão no coração.
Dei um abraço nela rindo muito da sua reação.- Te amo mãe.
- Também te amo filha, mande um beijo para a Milena por mim.
- Claro.
Tirei a chave do carro do Eduardo do meu bolso e entrei no carro para tirar o carro da nossa garagem. Eduardo passou pela porta e se despediu da nossa mãe. Desci dei a volta para entrar no lado do carona e Edu entrou assumindo o volante.
- E ai? Qual vai ser a boa desse final de semana? - Ele pergunta mas sempre com o olhar na estrada.
- Os país da Milena estão fora do país de novo, então não iremos sair para nenhum evento com ela, talvez fiquemos em casa tomando banho de piscina, caso você tenha alguma festa iremos com você.
- Então, Marcos vai fazer uma social na casa dele amanhã a noite. Se você quiser ir busco você e Milena as 20:00. Só me deem a certeza o quanto antes, nada de me avisar em cima da hora porque vou ajudar o Marcos a resolver o lance das bebidas e comidas.
- Tudo bem, vou falar com a Milena.
O restante da viagem foi silenciosa, não tínhamos muitos assuntos para conversar. Pouco tempo depois Eduardo estava estacionando o carro em frente a casa da Milena.
- Obrigada Du, te devo essa. - disse mandando um sorriso e uma piscada.
- Não esquece de amanhã
- Pode deixar.
Desço do carro e pego a chave da casa dela na minha mochila, a nossa amizade chegou a um patamar tão alto que já havíamos trocado as chaves das nossas casas, ela carregava a minha e eu a dela. Entrei e fui caminhando pelo caminho de pedras em torno de um grande gramado com flores coloridas e enfeites de jardim. Flora uma vira lata linda veio me comprimentar pulando e abanando o rabo para mim. Faço carinho nela que me segue até o fundos da casa de Milena.
Ponho a mochila em um banco de madeira estofado que fica na varanda dos fundos e observo Milena que não notou a minha presença. Ela está em uma bóia com o formado de um flamingo, gigante, rosa e chamativo, aquilo era a cara dela.
- Cheguei! - disse alto assustando ela que desequilibrou e caiu da bóia.
- Não faça mais isso sua louca! Ela grita comigo e eu não contenha o riso.
- Desculpa não resisti.
Tirei meus shorts e blusa e caí na piscina com ela.
Ficamos algumas horas na piscina tomando alguns drinks que Fernando o cozinheiro da casa havia preparado para nós duas.
- Amiga, amanhã vai rolar uma social na casa do Marcos, Eduardo vai vir nos buscar às oito horas. Vamos?
- Claro, vai ser melhor que ficar em casa sem fazer nada por causa das férias da faculdade. Me conta, como foi seu Ano Novo.
- Foi bacana, queria muito que você estivesse lá para passar comigo e com a minha família.
- Desculpa Sam, não deu. Você sabe como são os meus pais, eles sempre viajam e me carregam com eles. Ano novo é sempre em família. Mas eu acho que esse ano iremos passar aqui a agenda dela já foi fechada e ela priorizou por isso.
Ela fala e vai nadando até a borda da piscina para pegar o bronzeador. Abre a tampa e agita várias vezes mas não sai nada.
- Amiga faz um favor pra mim? Vai lá no meu quarto e pega meu bronzeador? Quero ficar bem queimada nessas férias. - ela diz rindo pra mim.
Sao da piscina me enrolo na toalha e vou andando devagar para não escorregar. Procuro o bronzeador e o encontro vazio. Volto com uma cara de desânimo e ela logo imagina o que seja
- Amiga por favor, vamos comigo comprar, tem uma farmácia bem aqui perto. Nem vamos precisar tirar o carro da garagem vamos de bicicleta.
Ela fez a famosa cara de pidona e não resisto. Milena era o tipo de garota muito delicada, alguns tentavam levar vantagem sobre ela por ter uma cara de menina inocente . Mas não era assim, por trás disso tudo existia uma mulher bem marrenta que tinha sua cabeça no lugar e que nunca levava desaforo pra casa.
- Não sei como eu ainda não resisto a isso. - digo rindo e colocando uma das mais no rosto.
-Eu vou com você.
- Não precisa ir, eu vou sozinha.
- Sério mesmo?
- Sério. - disse já me secando um pouco e vestindo meu shorts. Como estava muito calor e a blusa que eu vim era um só um pouco fechada peguei a blusa da Milena de botão que tinha um pano bem transparente e leve.
°°°°
- Amiga eu já disse que dessa marca não tem. Vou levar esse aqui mesmo e para de reclamar eu já vi...
Sou interrompida por uma muralha de músculos que estava na minha frente assim que me virei rápido para ir ao caixa.
As coisas que estavam na sexta de mão dele caíram todas no chão. Tudo o que eu queria naquele momento era rir mas me controlei bastante quando vi a quantidade de camisinhas que ele carregava parecia que era para um time de futebol. Eu quase perguntei, mas não era tão cara de pau assim.- Me desculpa senhor eu não te vi. - disse me agachando sem nem olhar para o rosto dele ajudando ele a catar o restante sempre tentando esconder a minha risada, mas fracassei. Comecei a rir e ele apenas ficou me encarando com cara de poucos amigos.
Quando terminamos de recolher as camisinhas e eu realmente olhei para ele com mais atenção foi como se eu estivesse esquecido de respirar, como era lindo. Barba serrada, pele morena, cabelos negros e um corpo atlético. Estava vestido em um terno que caia feito uma pluma no seu corpo e isso chamava muito mais a minha atenção. Eu tinha parafilia por caras de terno e principalmente com barbas. Que homem lindo.
Ele demorou um pouco segurando suas mãos nas minhas enquanto pegava suas camisinhas da minha, seu olhar correu pelo meu corpo e parou nos meus seios. A minha blusa estava aberta revelando o meu biquíni cortininha, eu sentia seu olhar abrasador em mim. Sem dizer mais nada me direcionei ao caixa paguei o bronzeador e logo saí da farmácia.Desci os curtos degraus da farmácia e dei uma última e rápida olhada para trás, meu cabelo voava contra o vento enquanto ele me encarava seriamente, subi na bicicleta e fui para a casa da Milena.
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Êxtase (repostando)
Roman d'amourPLÁGIO É CRIME! (Art.184 e parágrafos do Código Penal) Samanta. Leonardo. Surpresas. Dramas. Lágrimas. Segredos. Uma incrível história que vai te prender do início ao fim.