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Atualização dupla? É isso mesmo!
Hoje pela visão da Haylee. Semana que vem tem mais!
Perdoem todo e qualquer erro.
Boa leitura

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Haylee Parker

Hoje já era quinta-feira. Exata uma semana desde o grito da banshee. Grito esse que ninguém soube explicar. Nos corredores do colégio surgiam diversas teorias, e os sussurros carregados das mais mirabolantes ideias passavam de aluno pra aluno.

– Vocês precisam se concentrar – Pediu Freya, minha professora.

Até o momento, nosso diretor, e nossa vice diretora não deram explicações ou comentaram sobre o assunto da banshee. O que era certamente preocupante, e pra piorar, os nossos monitores estão cada vez mais agitados, mais alertas, como se a qualquer momento algo terrível fosse acontecer. E graças a minha intuição eu tinha certeza de que esse momento estava próximo.

Banshee é um dos grupos que já foi existente nesse colégio, um dos menores, e mais deslocados. Sua espécie é um parente distante das fadas. Mas não se enganem, nossas banshees não possuem asas ou orelhas pontudas, sua aparência é de um humano comum. Elas não usam pó mágico brilhante e nem conversam com os animais, na verdade é um pouco mais sombrio que isso. Elas são responsáveis por anunciar a proximidade da morte. Seu choro e o seu grito é dolorosamente agoniante, e podem ser escutado à distância, acreditem já ouvi diversos deles. Aqui no colégio elas aprendiam a distinguir se a morte é um futuro fixo ou um futuro maleável, aprendiam a usar sua voz como arma, direcionadas em forma de ataques.

A grande preocupação atual, é o fato de que esse choro ecoou por todo mundo sobrenatural, e natural, o que não acontecia à anos.

O sinal de troca de aula soou me fazendo desviar meus pensamentos e todos os alunos se preparam pra sair da sala. Juntei meu grimório, alguns ingredientes que eu usei na aula, e saí da sala junto com alguns colegas de turma. Já era o horário do almoço, mas mudei a minha rota que iria para o refeitório e segui em outra direção.

Terminei de guardar minhas coisas e fechei meu armário dando de cara com meu irmão

– Lee! – Gritou, me assustando

– Vai assustar outro! – Reclamei lançando um tapa no seu braço o fazendo rir. Começamos a caminhar juntos até a fila da cantina

– E aí, bruxinha – Provocou ele – Aprendeu algum feitiço bom, hoje?

– A aula foi muito vaga – Respondi – Acho que o assunto da banshee mexeu como geral.

Ele concordou.

Jayden, é meu irmão mais velho, e ao contrário de mim, ele não participa do grupo dos Witch/Wizard. Nosso pai é bruxo, e foi a linhagem dele que passou pra mim, já a nossa mãe é do grupo Mutant, e foi dela que o Jay herdou a linhagem. Meu irmão é um Mutante-Eletro, ele basicamente controla e produz todo e qualquer tipo de energia, e vocês tinham que ver o inferno que era ele me acordando com choques, era irritante! Conversamos mais um pouco enquanto fazíamos nossa refeição.

– Olha, já vou indo – Avisou Jayden e se levantou olhando pra algo atrás de mim com uma cara fechada – Qualquer coisa, sabe onde me encontrar – Deu uma piscadela roubando uma batata frita do meu prato, fiz uma cara de brava e ele saiu dando risada. Por curiosidade olhei para trás tentando descobrir o motivo dele sair tão rápido, o que encontrei foi uma pessoa que caminhava até mim em passos lentos com uma feição de poucos amigos, revirei os olhos ao ver ele se aproximar.

– Flertando com o inimigo, Haylee? – Questionou e se sentou ao meu lado, olhando na direção que Jayden foi.

– Ele é meu irmão, e você sabe disso – Falei séria encarando ele

– Você tá muito estressada hoje, querida – Disse com a voz carregada de deboche

– Não estou estressada – Me defendi. Tomei um gole do meu suco de maracujá – Você é inconveniente – Falei dando de ombros. A risada dele preencheu o local atraindo atenção de algumas pessoas.

– Eu definitivamente amo te irritar – Falou risonho me abraçando de lado – O Jayden é um cara legal – Assumiu – Mas eu ainda tenho uma insegurança com ele – Falou suspirando.

– Não te julgo, Dylan – Fui sincera me levantando – Tenho minhas desavenças com outros Mutant – Dylan se levantou também e caminhou ao meu lado, ambos em silêncio. Dylan é meu melhor amigo, e é um bruxo assim como eu. Nosso grupo, melhor dizendo, nossa espécie tem uma rivalidade com os mutantes. Não é nada pessoal entre nós, é algo antigo e implantado na nossa mente pelos nossos pais, avós, bisavós, nossos ancestrais e daí pra mais. Foi imposto pra nós, bruxos, que os mutantes eram uma "falha da natureza", ou tem quem chame de "error". É como se os mutantes fossem pessoas interessadas em terem a nossa magia, e acabou dando errado e gerando diversas outras coisas, menos a magia. Eu particularmente acho tudo isso um grande equívoco! Não tem como eu culpar um mutante hoje, por algo que um ancestral dele fez sabe-se-lá quantos anos atrás. Digo isso baseado na minha própria família! A bisavó da minha mãe, por exemplo, ela se casou com um mutante, esse que foi submetido à experimentos macabros por uma organização antiga que visavam replicar magia em humanos comuns, houve algum problema na rede elétrica e os aparelhos que o mantinha vivo acabou guiando a energia até ele, e a mistura com outros componentes químicos no seu corpo acabou dando no que deu: o transformou em um Mutante-Eletro. Isso quando ele ainda era apenas um adolescente! Depois de muito tempo ele conheceu Paige, e se casou. O dom foi passado de pai/mãe pra filho(a), até chegar na minha mãe e após isso, em meu irmão.

Então, por qual motivo eu como bruxa preciso odiar ele por ser mutante, sendo que ele não teve escolha? Nem mesmo o bisavô da minha mãe teve escolha! Mas por essa "lei" implantada em ambos dos grupos, acabaram gerando mais e mais desavenças, o que resultou em desavenças até os dias de hoje, com a desculpa de que é por conta das espécies. Tem alguns que são uns verdadeiros insuportáveis, e não é só por serem mutantes, a mutação de cada um não é culpa do mau caráter de ninguém! E por isso tenho meus próprios inimigos do grupo.

– Podemos treinar uns feitiços inofensivos mais tarde – Sugeriu Dylan após chegarmos no jardim do colégio

– Pode ser – Concordei me sentando com Dylan em um dos bancos por ali. Encarei os alunos que caminhavam pra lá e pra cá, cada um em seus mundos, cada um com seus amigos e respirei fundo – Tem alguma coisa muito errada – Disse séria com minha intuição se ampliando por todo meu corpo

– Eu concordo – Dylan falou aflito – Todos do grupo estão sentindo de formas diferentes... – Me virei pra ele e trocamos olhares por alguns segundos antes de ele continuar a falar – A direção do colégio deveria tirar a gente do escuro – Resmungou feito uma criança, concordei com um movimento de cabeça, e observei um grupo de Mermaid que cruzou o jardim.

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Por hoje é só.
Vou criar um outro livro onde vou colocar as características das espécies que forem aparecer nesse livro aqui.
São espécies "comuns" em histórias nesse estilo, mas eu modifiquei para dar um toque especial em cada uma.
Não se esqueçam de votar e deixar um comentário.

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