Lorde - JJK + PJM

Lorde

Olá, capítulo betado pela @/smaxyjjk!Boa leitura amores

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Capítulo Dois:

Apesar de Jimin estar escondendo algo de si, algo que mudará tudo o curso de sua vida.

"Park Jimin. Jimin" pensou, abatido.

Sentiu-se um tolo. Um que procurou por refúgio ao lado de uma garrafa de vinho, desfrutando de uma amarga solidão, de momentos presos em um pensamento fantasioso, tão ilusório quanto a resposta imaginada por Jungkook.

— Jimin... — Suspirou sentindo o estômago revirar.

O mal cheiro vindo do álcool aos poucos misturou-se com o seu odor atual; a ausência de banhos e de cuidados, assemelhando-se aos períodos de guerra, onde banhos e trocas de roupas eram feitas em ocasiões raras, quando o rei os visitava ou quando o odor se tornava insuportável fazendo-os se banhar, tirando toda a sujeira do corpo, ou quando o céus os agraciaram com a chuva, limpando seus corpos e a sujeira existente no chão manchado do terreno onde a batalha decorre.

Jimin passou a evitar Jungkook, esse que se isolou. Não falando com ninguém, ignorando com mestria o mensageiro imperial e a Yoongi, que lhe mandou as safiras e o ouro branco para que ele os entregasse ao jovem servo quando finalmente tomasse coragem para pedi-lo em matrimônio. Todavia, a mente simplória, que teme que o amado lorde seja ridicularizado, o impede de fazer tal coisa, pois Jimin o ama demais para deixar que o seu senhor vire motivo de escárnio diante os demais.

Sua visão ficou turva, sentia o corpo leve devido ao álcool, tanto que o som das batidas na porta o irritaram, fazendo-o amaldiçoar a pessoa que ousou vir até o seu quarto, privando-o do seu momento de dor, pelo luto de ter sido rejeitado.

Fechou os olhos ao ver a claridade provida das chamas que iluminam o corredor extenso. Tinha aversão às pessoas que não o escutam, que o privam da sua doce solidão, dos momentos de paz envoltos em pensamentos negativos em relação ao amor, esse que o rejeitou.

— Saia! — gritou ao ver a mucama se aproximando, invadindo o seu espaço pessoal. — Estás surda? Mandei sair!

— Mestre...

— Saia! Sua insolência me irrita, mulher, saia do meu quarto! — ditou irritado, não contendo o indignação pela ousadia da serva. — Agora!

Uma das garrafas vazias foi jogada, passando longe do corpo esbelto da jovem. O fez na intenção de assustá-la mirando na parede oposta à da porta, próximo ao enorme retrato; fazer com que a mulher o deixasse sozinho junto ao seu pranto.

— Mestre... Não, meu lorde — pronunciou sorridente, ignorado os pedidos de Jungkook.

Esse que tentou se levantar, sentindo-se tonto devido a quantidade de álcool ingerida. Um tolo, que ao ser rejeitado, decaiu para um bêbado sem futuro, um que se deleita com imagens criadas por ele mesmo. Há um mês começou a definhar, a entregar-se ao álcool. Estúpido ao ponto de embriagar-se para esquecer um homem.

— O quão difícil é para as pessoas entenderem que não desejo ver ninguém! Será que necessário uma imagem ilustrada para que compreendam e acatem com as minhas ordens, ou a minha palavra já perdeu todo o estima para aqueles que me servem? — indignou.

A jovem que sempre lhe tentou, oferecendo-se ao lorde, tudo na expectativa de tornar a senhora da forteleza, o ignorou. Havia perdido as contas a quantidade de vezes que presenciou a insubordinação da serva, que persiste em atormentá-lo, tirando de si a escassa paciência.

Jungkook quer somente a Jimin, apesar do homem tê-lo rejeitado, afastando-o com a mesma fugacidade que o dispensou, ferindo-o mais do que a perfuração causada por uma espada gasta e enferrujada. Nenhuma das suas feridas, as contusões e cortes, doem mais do que os palavras de Jimin, essas que ao ver de muitos foram inofensivas, respeitosas e, até mesmo, doces.