𝙿𝚊𝚛𝚝𝚎 𝟷|𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟽: 𝙵𝚒𝚛𝚎 𝙳𝚛𝚒𝚕𝚕

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𝚂𝚎𝚞𝙽𝚘𝚖𝚎

Griffin estacionou perto da praia, mas não saímos do carro porque estava ventando muito e estava começando a escurecer. Observei silenciosamente Griffin tirar uma garrafa d'água colocando no suporte de bebidas, em seguida uma embalagem de plástico com rodelas de limão e um pote pequeno de plástico com sal.

"Vou fazer uma vez e você me segue, okay?" sugeriu.

Assenti vendo Griffin tirar o cinto de segurança e ligar a luz de apoio, se virando para mim. Ele retirou o cabelo do meu pescoço e o inclinou de leve, colocando um pouco de sal no meu pescoço, me fazendo suspirar.
Ele pegou um copo descartável, colocando o equivalente a um dedo de tequila dentro dele, pegando uma rodela de limão em seguida. Griffin se inclinou em minha direção, lambendo o meu pescoço devagar me fazendo gemer baixo enquanto ele depositava um chupão na pele nua, virando a dose em seguida e mordendo o limão rapidamente sem fazer careta.

"Pronto." falou jogando o resto do limão pela janela "Sua vez."
"E eu tenho que fazer isso no seu..." falei apontando para o pescoço.
"Vou deixar você escolher o lugar." falou sorrindo.

Assenti pegando o sal e espalhando um pouco pelo pescoço de Griffin, coloquei um pouco de tequila no copo e peguei a rodela de limão, sentindo às minhas bochechas arderem.
Me inclinei na direção de Griffin, passando a língua devagar pela a pele rosada, antes de me levantar e virar a dose sem pensar duas vezes. Fiz uma careta enquanto sentia aquilo arder a minha garganta feito inferno, enquanto chupava o limão, jogando pela janela em seguida.

"Meu Deus." murmurei sentindo os meus olhos se encherem de lágrimas.
"Você foi muito bem, relaxa." falou passando a língua pelos lábios.

Observei Griffin desviar o olhar dos meus olhos, para os meus lábios, se aproximando lentamente me fazendo arfar, sabendo o que viria em seguida.

"Um segundo." pediu erguendo o celular em direção do ouvido.

Assenti encostando no banco do carro observando Griffin encarar a tela do celular por alguns segundos, era uma menina de cabelos negros lisos e algumas sardas distribuídas pelo rosto.

"Sim?" falou rapidamente "Okay... eu... eu já estou indo Dixie, relaxa, chego em meia hora."

Desviei o olhar recolhendo às coisas e enfiando dentro da sacola enquanto Griffin finalizava a chamada, bufando, antes de colocar o celular no suporte.

"Eu tenho que ajudar a minha irmã." falou revirando os olhos.
"Ah, tudo bem." falei sorrindo fraco.
"Te deixo em casa, certo?" perguntou arqueando uma das sobrancelhas.

Assenti vendo Griffin sorrir e ligar o carro, o manobrando para voltar por onde viemos. Menos de vinte minutos depois eu já estava na frente de casa, ainda no carro de Griffin.

"Então..." Griffin falou se virando para mim.

Recolhi às minhas coisas, sentindo Griffin se inclinar pelo banco, depositando um beijo rápido nos meus lábios antes de destrancar o carro. Sorri levemente boba para ele, descendo do carro e indo em direção de casa, abrindo a porta. Sentia às minhas bochechas vermelhas quando fechei a porta.

"Onde você estava?" Sidney perguntou aparecendo no corredor.
"Fui dar uma volta." falei dando de ombros "Estou sem celular e é verão."
"Eu te vi chegando em um carro (SeuNome)." falou me encarando.
"Como eu falei, eu fui dar uma volta." falei indo em direção da cozinha.

Me sentei em um dos bancos pegando um pêssego e dando uma mordida, vendo Sidney vir rapidamente atrás de mim, me fazendo suspirar.

"Isso tudo por causa do celular?" gritou "Então pega aqui de volta."

Sidney jogou o celular encima do balcão com violência, fazendo a tela trincar e a minha respiração falhar, torcendo mentalmente para que fosse somente a película. Pisquei algumas vezes incrédula para Sidney, que balançava a cabeça de forma negativa para mim.

"Não tô te entendendo (SeuNome)." falou baixo "Nesses dias você está me respondendo, sendo mau educada, o que está acontecendo?"
"Eu não tô fazendo nada disso." falei baixo.
"A Hanna me contou, ela me fala às coisas que você esconde, se encontrando com meninos escondida." disparou.
"A Hanna não sabe do que está falando." murmurei "Ela inventa coisas, mente, ela não gosta de mim."
"Sua prima te ama." cuspiu às palavras "É porque o Brian foi embora? Você decidiu ficar rebelde?"
"Mãe, eu não tô rebelde." falei "A Senhora não me escuta, eu tento falar mais você não me escuta."
"O que está acontecendo?" Joseph perguntou entrando na cozinha.
"Sua filha, está mentindo, na minha cara, a Hanna me contou sobre o rapaz, sobre você ficar de sorrisinhos pra rapazes na pista de skate, você se esfregando em qualquer um na festa." disparou.
"Pai, eu não fiz nada disso." falei rápido.

Sidney negou com a cabeça indo para fora da cozinha. Abaixei a minha cabeça a encostando no balcão e suspirando de forma profunda, batendo com os dedos de leve, vendo Joseph se sentar no banco ao meu lado.

"Querida..." murmurou.
"Ela chegou faz alguns dias e só mente." falei baixo "Ela só mente pai."
"Filha, você tem que entender que a sua prima está passando por um momento complicado." falou me fazendo soltar uma risada sem humor.
"Ela está sempre em um momento difícil." falei rindo fraco "Não é minha culpa se o marido da Tia Penélope foi embora, assim como não é sua culpa, são problemas delas, eu não sou obrigada a ter empatia por uma pessoa que nunca gostou de mim pai."
"Porque você acha que ela não gosta de você?"
"Você escutou alguma coisa que eu falei?" perguntei encarando ele "Ela me coloca pra baixo, mente, fala coisas horríveis de mim e me trata de forma horrível."
"Sua prima Hanna é uma pessoa complicada, com problemas que vão além do que a gente consegue entender." falou calmo "Não estou pedindo para você ser a melhor amiga dela, se ela fizer algo, revide, não fique de cabeça baixa, mas entenda que a sua prima é uma pessoa doente."
"Ela transou com o Holden, quando eu ainda namorava com ele pai." falei "Não sou obrigada a entender o que se passa na cabeça dela e de verdade, eu não quero."

Me levantei indo até a entrada de casa, me sentando na escada da frente, tirando de dentro da minha bolsa o IPod de Bryce, levando os fones até o meu ouvido e clicando no play, observando a rua vazia a minha frente. Não queria entender o lado de Hanna, queria que ela me deixasse em paz e eu iria revidar, pela primeira vez.

Bad Guys & Good GirlsOnde histórias criam vida. Descubra agora