Sírius I

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Sempre tive a mesma certeza e pelas circunstâncias tenho comprovado minha tese: as pessoas, de fato, são criaturas imprevisíveis e nessa realidade eu me encaixava perfeitamente.

Hoje, primeiro de janeiro, enquanto todos faziam planos e se curavam da ressaca do Réveillon, um forte pensamento não saía da minha mente, agora serão mais 365 páginas em branco adicionadas a minha história. Sempre via aquilo como um desafio, afinal, não queria me tornar como um livro monótono, que ninguém ao menos se interessa a ler e ainda por cima, a capa já não era a mais atraente.

Estranho esperar este tipo de pensamento de uma adolescente de 17 anos, com poucos amigos e uma velha mania de sempre se refugiar de tudo aquilo que a incomodava...

Por mais repetitiva que fosse aquela cena, sentia que esse ano seria diferente, algo no mínimo empolgante, não somente por estar a completar 18 anos e ser meu último ano no ginásio, mas era uma sensação que nunca tinha experimentado, de tal forma que mal sei explicar.

Minha mente não passava de um grande emaranhado de ideias, nem eu mesma conseguia desembolar, mas , era algo que nunca me impediu de interpretar o papel de pessoa decidida e confiante, a final, muito mais fácil seria suprir de uma vez as expectativas que todos botavam sobre mim do que explicar que não era como todas garotas da minha idade, inconscientemente não passei de mais uma fútil para o mundo.

Ah...que maus modos os meus, como sempre acabo falando muito e atropelando as boas maneiras, meu nome é Jane Petterson, como já viram, são 17 primaveras sem muita emoção que seria comum na vida de uma adolescente. Bom sem mais pontos e vírgulas começarei a cumprir o que vim fazer...

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