Capítulo 01

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Espero que vocês gostem desse primeiro capítulo, não sei se minha escrita vai estar boa mas espero que vocês possam entender tudo.

Interajam e deixem suas opiniões nos comentários, ajuda muito a motivar. Também queria pedir que vocês votassem na história (se vocês gostarem, é claro rsrsrs)

É isso, não tenho muitos avisos pra dar.
Aproveitem esse primeiro capítulo :-)

Any

Completamente desnorteada e sentindo meus olhos arderem devido eu ter passado a última noite chorando, olho para as minhas mãos e vejo as algemas prendendo as mesmas. Ainda não estava raciocinado tudo que acontecia, desde o infeliz do cara que me colocou nessa situação, até o fato de que nesse exato momento eu estou sendo levada para uma prisão. Sinto minha cabeça doer ao pensar que terei que viver 7 anos da minha vida presa em um lugar, 7 anos da minha vida sem poder sair, ir a praia ou fazer almoços de família nos domingos... 7 anos tendo que conviver com criminosas - não que eu também não seja - que eu não faço a menor idéia se serão minhas colegas de cela ou inimigas. 7 anos tendo que vestir o mesmo e cafona uniforme amarelo todo miserável dia. 7 anos tendo que comer a merda da comida que servem na prisão, e tudo isso por causa de um cara que não valia apena eu ter me envolvido.

É icônico, né? Não era assim que eu me imaginava a uns 10 anos atrás, algemada, dentro de um camburão junto de mais umas 5 mulheres que me olhavam estranho como se eu fosse uma inimiga.

Desde que saí do tribunal ontem á tarde que não consigo pensar e raciocinar normalmente, fui levada para a delegacia e me colocaram em uma cela para que eu passasse a noite e esperasse amanhecer. Não dormi nada bem - nem dormi, na verdade - passei a madrugada chorando e me xingando mentalmente por ter me colocado nessa situação, minha preocupação nem era tanto comigo, mas sim pelo fato do desgosto que estou dando a minha família, meus pais sempre tentaram ensinar ao máximo a mim e a meu irmão os valores que nós devíamos ter, me deixa irritada o fato de que, provavelmente, toda a minha família vai se negar a dizer meu nome durante esse tempo que passarei trancada como um animal, com certeza eu serei a ovelhinha negra, a pessoa que trouxe vergonha e desgosto a todos. "Any" será um nome esquecido e apagado das memórias de cada parente meu. Nesse exato momento meu rosto deve estar estampado na capa de todos os jornais da cidade, eu provavelmente serei o assunto do noticiário de Tv do estado e serei vista nacionalmente como "A amante criminosa de um homem de família"

Talvez eu realmente mereça estar passando por isso, talvez esses 7 anos façam eu parar de agir como uma tolinha burra que acreditava que o homem que já tinha uma família, dois filhos e uma casa, iria me ajudar e fugir comigo. Eu sou patética!

Encosto minha cabeça na parede do carro e fecho os olhos, imaginando como eu devo estar agora, sem maquiagem, descabelada e com os olhos inchados após passar a noite chorando. Sentia meu corpo balançar algumas vezes junto ao carro, provavelmente porque o pinel do caminhão passava por cima de buracos ou pedras na estrada, já que Cruz do Sul fica localizada um tanto que distante da cidade.

As outras mulheres ao meu redor conversavam normalmente, umas perguntavam qual o crime que havia levado elas ali e outras falavam coisas do tipo: "é a terceira vez que vou presa, sempre acabo voltando pra esse lugar". É, acho que eu sou a única realmente afetada com essa situação.

Após uns 30 minutos de estrada eu percebo que o caminhão havia parado de andar e aparentemente também sido desligado.
Ouço passos vindo em direção a porta do camburão onde eu e as outras estávamos e abro os olhos. Ficamos atentas, esperando abrirem.

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⏰ Última atualização: Aug 10, 2020 ⏰

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