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tudo começou quando captei você diante a imensa onda

Sabe hia, eu sinto pavor do barulho das ondas ecoando sob meus tímpanos sensíveis, do impacto ao ambas se chocarem e quaisquer coisa relacionada as mesmas. Mas é incrível que contigo ao meu lado só resta a calmaria, ela prevalece, me sinto acolhido diante ao seu corpo, próximo a ele, com seus braços em volta de minha cintura ecoando que não devo ter medo da tempestade enquanto compartilhavamos o imenso e intenso calor.

Com você é diferente, apesar de ser um garoto inexperiente você ainda costuma me auxiliar com paciência. E isso te torna encantador, até mesmo a vibração e o balancear das gotas de água reunidas numa só, com você se se inicia um sentimento que antes alí era ausente. Não importava a tamanha adrenalina, sabia que podia (contigo) contar, navegar e explorar sua profundidade, aquela cachoeira a escorregar. Afinal, sou um moreno curioso e você entrava na minha onda, mesmo que rasa, com todo o gosto, apesar de não ser a sua praia tu mal se importava.

Agora eu só espero que a maré te traga de volta, pois sua presença faz uma baita falta e junta o meu medo de volta. Me vejo como um nada, você sim era meu caminho e até conseguia me guiar sozinho contigo a me observar, e claro, me segurar quando estivesse prestes a cair ou tombasse por acidente em qualquer pedra até meu destino.

Só que agora permaneço intacto na beira da praia, esperando você, meu tsunami, ressurgir outra vez.

Cresça e cresça, sem prever o fim
Leve-me junto, lamba o meu medo e a tristeza
Nem que o destino denomine "o fim do mundo"
Você já é o meu mundo
Tudo o que eu preciso agora para me sentir seguro
Assim como outrora
naquela noite de verão onde as ondas viam mais rápidos que um mero caçador atrás de sua presa, e lá, sob elas
você se encontrava sob domínio imenso
aproveitando para me curar
porém depois que você se foi
o medo voltara a circular
e eu não tenho mais seus braços para me confortar.