Extra: 27 - Zidian

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- Irmão, você está fazendo de novo... - Xichen riu baixinho de Wangji, marcando o filhote Mo XuanYu com seu cheiro para afastar os outros. - Você sabe que uma hora ele vai ter que crescer.

Wangji não o respondeu, apenas fingiu não estar sendo repreendido e continuou em sua pose tomando o chá servido.

- Tenho pena do primeiro namoradinho do meu baby... - Wei voltara da cozinha com uma bandeja contendo alguns aperitivos, logo sentindo seus braços leves por seu marido a ter a pegado para si, tendo como pagamento, um sorriso aberto. - Isso é, aos 30 quando algum alfa ou beta for suicida o suficiente.

- Espere Lan Yi nascer. - É tudo que o possessivo pai proferiu em sua defesa.

- Aliás como minha sobrinha linda está? - Wei quase se deitou na mesa para ouvir atentamente, a algumas semanas não via Cheng por recomendação médica que definiu a gravidez como de risco, e qualquer estresse estava terminantemente proibido. E bem, sua presença sempre resultava em uma discussão, mesmo aquelas sem sentido apenas para implicar.

- Ela está ótima, pronta para vir ao mundo, Cheng está ansioso, MingJue não o deixa dar dois passos sem verificar seu estado. – O casal sorriu mediante a surpresa que foi descobrir esse lado cuidadoso do alfa. - Ainda mais depois que ele completou nove meses, nosso ômega bateu o dedinho na mesa e quando olhei para o lado, MingJue já estava com a bolsa da maternidade nos ombros por ter ouvido o resmungo de dor.
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Como se ouvisse seu nome sendo citado, o celular de Xichen começou a tocar e um " Jue 💓 " apareceu brilhante sobre a tela, ele sorri mesmo antes de clicar no botão para aceitar, o beta observa a respiração de Alfa do outro lado da linha que estava tão alta e desregulada que até os outros dois ali escutaram.

- Xichen, o Cheng... Maternidade! - Ao fundo, o som de portas abrindo e fechando eram ouvidas.

- Calma amor, o médico disso para só ir quando a bolsa estourasse... - A voz de Xichen normalmente mais potente que qualquer calmante, não foi o bastante para segurar o berro do ômega que tomou o celular para si.

- E você acha que eu fiz xixi nas calças?! Maternidade agora! - Quando o beta aproximou o celular do ouvido novamente ao ver que não representava mais perigo aos seus tímpanos, só encontrou o bipe contínuo indicando que a chamada havia sido desligada.
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- Pelo visto vocês vão ter que aguentar esse humor até na hora do parto. - Wei brincou para talvez trazer um pouco de cor ao agora pálido, Xichen.

- Vamos. - Wangji anunciou já na porta com a chave da moto em mãos. - Eu vou o deixar e volto para te pegar.

Ele anunciou voltando a entrar no cômodo, selando os lábios de Wei e precisando arrancar seu irmão que parecia ter criado raízes no chão.

Tiveram que esperar meia hora de xingamentos do ômega a cada vez que as enfermeiras diziam para ele esperar um pouco mais, e tudo só se tornou ainda mais caótico quando o médico disse que apenas um de seus noivos poderiam entrar na sala de parto, essa decisão foi rapidamente revogada quando Cheng pareceu tirar Zidian do mais completo nada, estralando ela na parede com tal força, que a tinta branca ora impecável agora tinha manchas típicas de queimaduras.
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- Os dois são os pais! Os dois entram, entendeu?! - O ômega berrou e o médico mesmo sendo um alfa, estremeceu temeroso, então rapidamente encaminhou os dois para colocar a vestimenta adequada.

Em meio ao parto ele percebeu que o melhor de fato foi deixar ambos entrarem, Cheng teimava que não tomaria a anestesia e a cesária sequer era dor para ele, foi preciso alguns minutos de diálogo racional com Xichen antes do ômega se acalmar o suficiente para MingJue roubar a seringa de uma enfermeira e injetar nele de surpresa.
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