Mais um dia, era uma manhã de sábado. Normalmente em dias de sábado, é um dia complicado já que minha mãe era o tipo de mãe que não conseguia ficar quieta em dia de folga, ou seja, ela iria fazer um dia de faxina em casa...ainda bem que nossa casa não era tão grande e não iria demorar tanto, mas, uma coisa boa mesmo nesse dia, era que um certo alguém ficaria dormindo o dia todo, ele trabalhava a noite e só voltava no outro dia de manhã, ou seja, ele precisava guardar suas forças pra não simplesmente dormir no meio do trampo.Enfim, me sentei na minha cama, esticando meu corpo em uma forma de me espreguiçar, dando até para ouvir os estalos de alguns ossos do meu corpo, eu estava sem minha camisa e só vestia minha calça de moleton, fui para o meu guarda roupa e vesti uma camisa que tinha o símbolo de Ligar de um controle remoto, sabe? Enfim, a vesti e logo em seguida sai do meu carro.
Saindo do meu quarto, eu fui direto para o banheiro fazer minha higiene pessoal, como todo santo dia. Fui para cozinha tomar meu café e enquanto eu descia as escadas, eu já podia ouvir os dois brigando. Era sempre assim, por motivos mais bobos possíveis e hoje não era diferente, me pergunto como que ela até hoje não pegou suas malas e se mandou comigo e com a Amanda, fiquei parado na escada escutando a discussão, aparentemente era algo relacionado ao achocolatado ter acabado e ele não poder tomar café. O que era irônico, ele nunca tomava café da manhã, e logo nas manhãs que ele queria ir comer, o achocolatado ou alguma coisa de seu interesse acaba. Simplesmente ignorei, fui até a cozinha e vi eles discutindo, aparentemente nenhum deles deu bola pra mim e eu fiz o mesmo.
Peguei algumas fatias de pão de passei manteiga sobre as mesmas, Coloquei mortadela e queijo dentro do pão e sai da cozinha devorando meu pequeno sanduíche, indo para o meu quarto novamente, onde eu ia ficar mais um sábado trancado no quarto.– ARTHUR! --- O homem berra meu nome enquanto eu subia as escadas, eu parei imediatamente --- Não vai me dar bença não?! --- Perguntou ele como se aquilo fosse um baita de um pecado não dar "Bença" para ele.
Eu sinceramente, não sou muito ligado para essa parada de Religião, na verdade, pouco me importo se existe ou não algum ser que está acima de tudo e de todos. Se ele é tão poderoso assim, já passou da hora dele simplesmente exterminar a humanidade ou o planeta Terra, algumas pessoas consideram ele o todo bondoso. Mas somente pessoas bondosas recebem a bondade dele, então nesse caso, eu posso me considerar um abandonado de Deus?
– Bença...--- Disse para o mesmo, pode não parecer mais eu tinha muita raiva de interagir com ele, sequer de falar com ele já me deixava agoniado e com vontade de sair dali o mais rápido possível.
E foi o que eu fiz, ao falar, simplesmente subi as escadas com o dobro da minha Velocidade, voltando para o meu quarto no qual fechei a porta e a tranquei, suspirando ali dentro.
Meu quarto era de tamanho mediano, havia uma mesa de computador. Minha cama ficava no canto ao lado do meu guarda roupa de 3 portas, uma estante acima da cama onde eu guardava meus jogos de Playstation 3. Outra estante já frente da cama na altura de uma mesa, onde tinha alguns livros e o meu Playstation 2. ( O Play 3 fica na sala. )
Me joguei na minha cama e me sentei na mesma, deixando minhas pernas em forma de borboleta. Suspirando, minha cabeça tentava ir para algum lugar longe dali, mas era difícil quando você escutava sua mãe gritando com uma pessoa que, entre conversar com ela, ou com uma parede, a pessoa preferiria falar com a parede. Porque ela pelo menos não te responde ou vai te tratar como lixo.
Peguei meu celular e desbloquiei tal, eu ia abrir algum joguinho que eu tinha e tentar focar nele, mas então, percebo que uma certa pessoa estava mandando mensagens de bom dia, essa pessoa...bem, era uma das poucas pessoas que me fazia arrancar um sorriso em um membro como aqueles, e também, uma das mais que me entendia. Izabella, uma amiga de infância que hoje em dia de encontra muito longe de mim, e desde então, a gente conversa pelo celular.
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Arthur Müller
Diversos" Não se torne o Monstro que um dia você deixou de ter medo " ~ Müller, Arthur