CAPÍTULO 7 - UMA SITUAÇÃO DETESTÁVEL

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NO PENSAMENTO DA LIS

- Estão falando que ela está morta

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- Estão falando que ela está morta._ Minha pernas fraquejam e minha garganta seca, isso é verdade.

- Mor..ta? Alguém morreu?_ Começo a gaguejar com a gravidade da situação. Só pode ser um pesadelo.- Senhor, mas como ela está?_ Danilo começa a olhar para todos os lados, parece preocupado.

- Os meninos acharam ela perto do refeitório, pelo que falaram está desacordada e com as roupas rasgadas._ Revela me deixando nervosa e preocupada, como foram capaz de fazer isso? - Alguém ligou para a polícia e outros para seu pai, nós podemos ir presos._ O mundo está desabando em minha cabeça.

- Eu posso ser presa? Prisão?_ Enquanto me apoio no balcão do bar, percebo que a Romena já não está aqui.- Danilo, eu...

- Amor, nós não podemos ser presos. Eu estou com carro, vamos ir para a minha casa. Fingimos que passamos a noite na minha casa._ Hesito em seguir o Danilo, eu quero sair e fugir, mas uma garota está exposta para que qualquer um se aproveite.

- A garota está nua e foi abusada, eu criei essa festa, é minha culpa tudo isso. Tenho que tentar ajudar no que posso._ Falo sentindo que estou fazendo a escolha certa, não posso ser egoísta.

- Lis, você vai se ferrar fazendo isso._ Diz ao chegar mais perto de mim.- Tem certeza?_ Concordo com a cabeça.- Não fala que eu estive aqui. Tenho que ir, meu amor._ Beija minha boca rapidamente e vai na direção da porta. Ele realmente não se importou com a garota? Nem comigo?

Deixo de pensar em como o Danilo se importa comigo e com outras  pessoas, sério que ele me deixou sozinha? Preciso fazer com que essa minha decisão ajude a garota, começo a correr para dentro do colégio. Conhecendo os canalhas que participam dessa festa, me desespero pensando nas milhares de atrocidades que poderiam ocorrer.

Alguns alunos ainda estam se divertindo normalmente, parece que a notícia não se espalhou pela escola. Estou com medo do que meu pai possa fazer, então lembro que ele já me mataria antes. Não é um grande consolo, mas serve. Atravesso o jardim que está muito bem cuidado, entro pelas portas do fundo por onde várias pessoas também passaram.

- Onde ela está, mesmo? Banheiro, não. Será que é a sala de biologia? Não, acho que não. Ah, é o refeitório._ Concluo em voz alta virando para o lado onde fica o refeitório. Não há ninguém na porta do refeitório, poucas pessoas sabem do que aconteceu, conhecendo o povo do colégio estariam fofocando aqui em frente e dando uma de cinegrafista.

Ao entrar no lugar fico enojada com a cena que vejo, vários garotos estão sobre a garota que está desacordada. Eles estão retirando suas roupas, e tocando seu corpo. Que nojento! Como alguém é tão ruim assim.

- O que vocês estão fazendo? Vocês são horríveis! Doentes!_ Grito irritada, com ódio e com nojo. As mulheres não podem ser tratadas como um objeto, um brinquedo.- A polícia está vindo, vocês vão para a cadeia, sabiam? Ela está desacordada, isso é doentio._ São seis garotos ao todos. Eles me rodeiam, um medo me invade, infelizmente nós mulheres sempre temos medo.

Ditadura Em Um ColégioOnde histórias criam vida. Descubra agora