Delegacia

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Rony acertou um soco forte no rosto de Draco, que caiu no chão. Os amigos de Malfoy se revezaram em levantar o louro e se virarem para Ron. Harry vendo que o amigo levaria a pior, acabou se metendo na briga.

– Levanta – Rony estava esperando. Seu rosto completamente vermelho.

O Malfoy fez o que o ruivo disse e revidou o soco. Rony cambaleou, mas não caiu. Hermione segurou o braço dele que se desvencilhou rapidamente. Agora os dois estavam distribuindo socos um no outro, Rony que estava alterado pela bebida, muitas vezes acabava errando o alvo, mas ainda sim estava levando a melhor.

Mais pessoas se envolveram e Hermione e Gina estavam gritando para que eles parassem, mas os amigos disseram para elas não se envolverem. Elas temiam que algo mais grave acontecesse.

– Isso é para você aprender a nunca mais insultar a Hermione – Rony disse socando o rosto de Draco, sangue já era visto, mas não dava para distinguir de quem.

Harry também estava no chão com um dos amigos de Malfoy. A briga só parou quando a sirene da polícia foi ouvida. Hermione não sabia se ficava aliviada ou com mais medo ainda.

Os policiais já chegaram apartando a briga. Todos no local disseram quem tinha de fato começado tudo, desmentindo a mentira que Draco estava inventando. Todos foram levados para a delegacia e as meninas tiveram que ligar para os responsáveis para que os amigos não passassem a noite na cadeia.

Hermione estava sentada do lado de fora da sala, já na delegacia, o senhor Weasley estava intermediando pelo filho e por Harry, enquanto a mãe de Malfoy fazia um escândalo pelo "bebê" dela ter sido levado para aquele lugar incialmente.

Hermione pensou como tudo ficava mais fácil quando envolvia dinheiro. Se ela estivesse na briga, com certeza passaria a noite na cadeia. Mas já que o filhinho da mamãe começou tudo, os policiais estavam quase se desculpando por terem feito o próprio trabalho.

Rony foi o primeiro a sair da sala do delegado. Seu rosto estava inchado e um pouco machucado. Ele foi até ela e a abraçou. Harry também a abraçou e disse que nunca deixaria barato se a ofendessem.

– Você se meteu em confusão por causa da empregadinha? – A senhora Malfoy falou enquanto a olhava de cima a baixo.

– Fiz o meu pedido e ela não quis me servir – Draco tentava ser sarcástico, mas Hermione só o olhou debochada, vendo o quanto ele, ainda que sóbrio, levara a pior na briga.

– Está debochando do meu filho, garota?

– Só estou pensando aqui no quanto esforço vai ser preciso para consertar essa cara depois da surra que tomou. Ainda bem que sou empregada, e não saco de pancadas – Hermione nunca foi de ouvir calada, e não era a mãe histérica que iria mudar isso.

Todos riram, até o senhor Weasley abafou uma risada. Draco ficou vermelho, mas não teve como rebater a resposta de Hermione. Essa vergonha ele teria que carregar por um bom tempo.

– Atrevida, não me faça... – a mulher chegava cada vez mais perto.

– Faça o que? Quer levar uma surra para combinar com o filho? – Hermione também chegou mais perto até ficar a centímetros dela. A mulher arregalou os olhos, pegou a mão do filho e se afastou.

– Essa é a minha garota – Rony disse a pegando pela mão.

O senhor Weasley deixou Harry na casa dele. – Precisamos conversar amanhã – Rony disse no ouvido da namorada. Os dois estavam no banco de trás do carro e ele com a cabeça apoiada nos ombros dela.

Ela só assentiu e continuou em silêncio. Quando eles chegaram em casa, Hermione foi direto para o quarto, não queria nem imaginar o quanto iria ouvir no dia seguinte. Ela só queria esquecer e dormiu rapidamente, de exaustão.

Inevitável - RomioneOnde histórias criam vida. Descubra agora