Apartment 12.

Capítulo 2.

Park Jimin.

O dia havia passado como um flash de luz. Logo era noite. Entretido com a arrumação do apartamento, nem sequer vi as horas se passarem. Eu estava exausto, mas o meu cansaço havia valido a pena. O apartamento, de fato, estava bem melhor do que antes. Um brinco. Ajustando apenas os últimos detalhes, terminei por completo. Me joguei no sofá e observei ao redor. Parecia mesmo que o tal Jeon Jungkook não voltaria esta noite para casa. Um alívio. Eu poderia comer algo e ir descansar sem me sentir desconfortável, já que era a minha primeira noite longe de Hoseok e da sua família.

Como eu havia planejado uma rotina noturna de um verdadeiro estudante que está morando sozinho, preparei algo para comer e logo me encaminhei ao quarto. No dia seguinte eu teria aula, então eu deveria estar preparado para o meu primeiro dia. Vesti os meus trajes mais leves possíveis e me deitei na cama. Era de casal, então eu teria espaço de sobra. Apaguei a pequena luz que se fazia pelo abajur e me virei para o lado, me enrolando e esperando cair no sono.

(...)

Ouvi a porta do quarto fechar-se com uma batida e barulho de passos vindo a caminho da cama. Senti o peso de algo sobre o colchão, o que o fez afundar um pouco. Parecia que eu tinha companhia.

Olhei para o ser ao meu lado e quase surtei. O que ele está fazendo aqui?

― E-Ei! ― Me sentei na cama e cutuquei o seu braço. ― N-Não pode dormir aqui.

Apenas ouvi um grunhido como resposta.

― Ei! Está brincando comigo? ― Novamente o cutuquei. ― Não pode dormir aqui!

― Silêncio. ― Murmurou. ― Eu quero dormir.

― V-Vá dormir em outro lugar!

― Aish... ― Resmungou e apenas enrolou-se nos lençóis da cama.

― Ei! Eu não estou brincando!

Inesperadamente o seu braço passa por volta de minha barriga, fazendo-me tombar para trás. Todo o peso estava sobre essa região, forçando-me ficar deitado.

― E-Ei! Tire o seu braço de cima de mim! ― Aumentei o tom de minha voz. ― Eu estou falando sério!

― Aish... ― Novamente resmungou. ― Essa sua boca só serve para reclamar? Por que não procura algo bom para se fazer com ela? ― Sua voz soava sonolenta.

― O-O que?

― A cama é minha. ― Concluiu.― Se quiser o sofá... pode ficar. ― Retirou o braço sobre minha barriga e virou-se para o outro lado.

― Grr... Idiota. ― Levantei da cama e recolhi um dos lençóis, me encaminhando até a sala. ― "A cama é minha". ― Resmunguei as palavras ditas por ele. ― Precisava esfregar na cara? ― Revirei os olhos e joguei o lençol junto a um travesseiro sobre o sofá com um pouco de força, como método de descontar a minha raiva. ― Onde Hoseok dormia? Deveria ter a cama dele aqui. ― Resmunguei para mim mesmo. ― Ou... ― Olhei receoso em direção ao quarto. ― Eles dormiam juntos? ― Questionei. ― Aish. Dane-se. Quem se importa. ― Me joguei no sofá e tentei encontrar uma boa posição para dormir. Porém, eu já imaginava que no dia seguinte eu amanheceria dolorido.

(...)

Acordei com o maravilho som dos pássaros cantando... um cheiro surpreendente encantador de café da manhã e... Sério?
Bufei e me levantei olhando incredulamente em direção a cozinha. O barulho de louças se chocando e o terrível cheiro de café da manhã queimado, se expandia terrivelmente por todo apartamento.

― Que merda é essa? ― Me levantei do sofá em um pulo e caminhei até a cozinha, mesmo ainda sonolento. ― Ei! Você! Está querendo pôr fogo no apartamento? ― Me aproximei do garoto de pouca massa muscular e bochechas vivas. ― O que está fazendo? ― Em um ato rápido, peguei as luvas que estavam sobre o balcão e retirei a panela de água, que agora só havia fumaça, do fogão, colocando sobre a pia debaixo da torneira.