Tae

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Odeio esse sentimento. Pensei que não voltariam, bem, não tão cedo, mas é impossível evitar se sentir como um lixo quando se é um lixo.

Tae Levantou-se pesadamente do chão em que se encontrava, com a ajuda dos braços . Apertou as palmas em seu rosto cobrindo seus olhos tentando engolir as lágrimas ato que geralmente funcionava.

Aspirou fundo olhando para o teto tentando encontrar a solução.

-Livro , eu só preciso de mais um bom livro-Com os fios de cabelo bagunçados caminhou até sua enorme estante de livros , eram os únicos verdadeiros amigos que tinha.

Sua leitura foi interrompido,com a mensagem de seu chefe, ele mesmo esquecera-se da reunião. 

Largou seu livro indo tomar banho, sentiria-se  bem melhor resolvendo o caso.

Taehyung  era um jovem solitário, por escolha própria, largou a faculdade no segundo ano , sentia-se alienado, sentia que precisava fazer algo a mais. Uma gota de adrenalina percorreu sua veia após resolver seu primeiro caso, seu segundo caso o fez ser reconhecido, pela polícia federal, sendo presenteado com um bom emprego e salário deveras impressionante. Após isso , decididiu largar a faculdade, não precisava, afinal.

Provou o amargo de ser renegado muito cedo quando ainda era adolescente, sentia-se traído por amigos que acreditava serem seus irmãos, mas que por apénas um erro inocente todos o viraram as costas , foi um período negro de sua vida, decidido a superar , optou por esqueceu de tudo que tinha haver com seu  passado amigos, escola , até família  mas nunca deixou de amar sua família. Deixou de ser tudo que era para transformar-se num novo Taehyung , só assim conseguiu superar.

Mas agora estava focado em seu emprego. Visitava seus pais às vezes, eles nunca entenderam o motivo do Taehung alegre e amigável , ter desaparecido. Nem do facto de seu filho querido, ter saído de casa muito cedo para ir morar sozinho em outra cidade. Sempre que lhe perguntavam o porquê , ele simplesmente respondia "as pessoas mudam "
Foi difícil mudar, foi, mas o mais difícil foi permanecer como era por muito tempo, agora ele era seguro de si, criava e resolvia seus próprios problemas, não tinha amigos, mas tinha pessoas com quem podia contar, escassas mas estavam lá.

Taehyung , pegou seu carro, para que não demorasse. Decidiu parar  numa cafeteria,  para tomar café e comer corsan , sentado do lado de fora. Taehyung recebeu mais uma mensagem de Seokjin,  avisando o que já estava atrasado, com isso deixou a cafeteria , levando alguns corsans na mão para comer no caminho ou na delegacia . Dirigiu direto a delegacia.

Ao chegar a delegacia , delegacia moderna, como era chamada por possuir tecnologias e métodos bem eficazes e atuais , Taehung   deu de caras com o guarda , que o saudou formidavelmente e deu-lhe instruções de onde era a sala onde decorria a reunião, ainda com um corsan na mão levou-o a boca, e andou  rápido pelos vastos corredores, até chegar onde lhe foi indicado , parou diante de uma porta grande num tom vermelho escuro ela parecia pesada . Tae ficou em dúvida se seria mesmo aquele o local , mas o guarda foi bem específico.

Não medindo sua força , Taehyung empurrou a porta grande que embateu contra a  parede. A sala estava escura, as lâmpadas não estavam acesas, mas dava para ver claramente , o projector ligado exibindo imagens familiares, eram as cenas do crime, Taehyung olhou para o canto e viu Kim Seokjin com o comando ele olhava para si , todo mundo naquela sala olhava para ele, Taehyung havia interrompido grosseiramente a reunião. A porta que abriu fazia entrar raios de luz que turvavam as imagens projetadas. Taehyung sentiu suas bochechas esquentarem , alí estava Taehyung, parado em frente a todos eles com um corsan na boca, todos o olhavam com estranheza, o clima lá não estava nada bom .

Taehyung tirou o corsan da boca, dando risadas constrangido para tentar aliviar o clima tenso que se instalou ali.

-Desculpem, é que. .. - disse  coçando a cabeça constrangido, deu uma pausa, não tinha desculpas para dar , foi sem querer não sabia que a porta era assim tão leve, além do mais estava atrasado nenhuma desculpa esfarrapada serviria  -esqueçam, não tenho nenhuma desculpa a dar - sua voz ecoou a alto som pela sala. Não tendo mesmo mais nada a fazer, fechou a porta com cuidado fazendo com que todos os olhares sumissem de cima de si. Ainda ninguém dizia nada, dirigiu-se cuidadosamente até seu acento, e olhando para a tela.

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