Sentidos

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Mulher, és flor tão doce e frágil perante a força do vento das minhas insanidades
É forte o teu pulso, assim como sagaz domador de seres amedrontados, porém arredios
É como o mel recém colhido a tua voz
Descansa meu coração numa rede trançada pela calma
Afogo-me nas ondas de teus cabelos, que outrora eram negros como o abismo de tua ausência
Tem tudo de mim em suas mãos, e o que quiser fazer, assim o fazes
Encanto-me cada vez mais ao entrar pelo porão duma casa mal alumiada, onde apenas a luz de meu querer me guia
Ando devagar, sem deixar meus pés me trairem e levar-me ao encontro da perda
Pois ela é minha companheira mais fiel
Não vacila, tão pouco se atrasa
Mais no nosso castelo de altos e largos muros ela não à de entrar
Debater-se-à, gritará, implorará, mais não será ouvida, muito menos vista, pois meus sentidos estarão voltados para ti
Meus olhos contemplarão teu corpo
Minhas mãos alisarão as ondas de teus cabelos
Meu olfato se deleitara com o teu perfume forte
Meus lábios entregarão o sabor de tua boca
De tudo o que eu podia ter, eu escolhi você.

Suaves Dizeres Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora