Céu azul que me engole pela tua vastidão e por morada de Deus
Céu que me cobre de minhas vergonhas e de mim mesmo
Que anuncia com o anoitecer, a chegada de florais aromas
Ao lhe admirar pela janela de meu quarto escuro e bagunçado como minha própria cabeça
Ao som das cordas tênues de um violão
Me flagro olhando para suas ondas brancas vedadas por nuvens
Queria sim, em um pulo lhe alcançar por inteiro, a ponto de se caber em um único abraço meu
Queria apenas flutuar despreocupado com futilidades
Esquecido de tudo e de todos
Flutuar remando com meu coração
Na companhia de minha voz entoando músicas de um tom baixinho
Em um singelo mover de braços, atrair teu ouvido pra mais perto de minha boca seca
E lhe confidenciar segredos guardados no oceano de meu ser
E saber que não os contará para ninguém
E se por algum motivo, sentisse vergonha de ti
Apenas me restaria me afundar nos meus olhos fechados
Passo vinte e quatro horas perto e nem ao menos nos conhecemos direito
A ti céu, só me resta a essência de meu ser
Retirada do rubro de meu peito, chamado coração.
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Suaves Dizeres Parte 1
PoetryAs vezes me pegava distraído a frente do meu computador, lembro que gostava do som que o teclado fazia ao ser atacado ferozmente por meus dedos anciosos por colocar palavras naquele mundo digitalizado, espero que desfrute dessa pequena amostra dos m...