Você voltará pro inferno

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[GUSTAVO]

Saio de casa a caminho da delegacia ao chegar lá me deparo com meu tio aos prantos, policiais tentavam o acalmar. Me aproximo de uma policial que oferecia um copo de água pro mesmo.

- Olá, sou sobrinho dele... O que houve?- digo tentando manter a calma nesse momento.

- Olá. Sou a Tenente Clara que encontrou o corpo próximo a Universidade essa manhã... está em um estado terrível, precisamos de alguém pra reconher, mas o seu tio não consegue pois todo o fato aponta pra menina Lily.

Meu coração dispara, meus olhos ardiam, Lily não, não poderia ser Lily.

- Vocês tem idéia de como ocorreu o assassinato? - pergunto pensando em Loki.

- Bom os suspeitos do caso estão presos aqui já. Eles confessaram, falaram que a abordaram quando ela estava indo embora... depois de um se divertindo a mataram.

Meu sangue ferve.

- Posso reconhecer o corpo. - digo confiante que eu conseguiria, precisava descobrir se era realmente Lily.

- Ok, o levarei até o necrotério! A levaram pra lá. Soldado 098 cuida do senhor até voltamos.

O soldado assente, me ajoelho diante do meu tio, o mesmo me olha chorando.

- Nossa Lily pode estar morta...

- Meu tio, se acalma... não vamos falar isso por enquanto. Irei reconhecer... mas vamos tem esperanças que não será.

Ele assente nervoso.

Vou até o necrotério com a tenente que conversa com a recepcionista do local e assena pra mim.

- Venha rapaz. O médico irá nos levar até o local que está o corpo da mesma.

E assim o médico faz, nos leva até um corredor escuro com poucas luzes, nunca havia entrado em um necrotério, mas pode ter certeza que não é a melhor coisa estar ali naquele local em uma situação dessa.

O médico para segurando na maçaneta de uma porta de uma sala. 

- Está preparado rapaz? - ele pergunta. - Não será nada agradável o que verá ali dentro.

Com o coração pulsando rapidamente e com medo do que poderia ver. Afirmei que estava preparado pra entrar.

Ele abre a porta, entrando primeiro, depois a tenente e por último eu. O mesmo fecha a porta.

Havia vários outros corpos ali, certamente esperando algum familiar pra reconhecer ou pra ser liberado.

Ele caminha até o final da sala parando em uma mesa que estava um corpo coberto com um pano azul marinho.

- Olha isso nunca é bom pra ninguém, principalmente quando o corpo está nessa situação.

Me aproximo dele.

- Tudo bem. Posso verificar? - digo, ele assente e ergue o pano. Fico em choque ao ver, o corpo estava muito desfigurado.

- Está tudo bem? - a tenente pergunta. - É sua prima? - coloca a mão em meu ombro em forma de apoio.

Olho atentamente aos detalhes, o cabelo da moça estava sujo de sangue seco, mas dava pra ver que era castanho claro, o formado do rosto era fino demais pra ser de Lily. Olho pras mãos, não havia a cicatriz que Lily possuía de quando caiu de bicicleta ainda criança.

- Não, não é Lily.

- Tem certeza? - o médico pergunta.

- Sim, ela é parecida com Lily, mas alguns detalhes não possui... conheço ela desde de criança posso afirmar que não é Lily essa moça.

A Garota MisteriosaOnde histórias criam vida. Descubra agora