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Se tinha algo em que Magali acreditava, era em destino. Naquele momento, a garota percebeu que o destino, por algum motivo, não queria que Mônica ouvisse seu ponto de vista sobre o relacionamento dela.
Mônica, por sua vez, tinha simplesmente esquecido que Magali tentava falar. Sua mente estava ocupada com várias coisas há vários dias. Desde que Cebola a convidou para ir na sua casa no feriado, Mônica se sentia um pouco ansiosa. Quer dizer, o rapaz tinha deixado bem claro que seus pais não estariam em casa durante todo o dia e mandado uns emojis mais sugestivos, e isso deixava a garota bem assustada e desconfortável. Mas ele era o seu namorado, certo? Não tinha motivos para tanta ansiedade. Ela o amava. Não amava?
Quando viraram na rua de Denise, Mônica já sentiu raiva. Aquela era rua da chata da Irene e se por acaso aquela mimadinha talarica aparecesse na janela, Mônica não tinha certeza se conseguiria controlar a sua mão. Todo mundo sabia que aquela piriguete de esquina vivia se oferecendo pro Cebola. Bom, na verdade só ela achava isso, mas as pessoas eram cegadas pela personalidade manipuladora de Irene.
Magali sabia que quando Mônica ficava com aquela cara ia tudo pelo buraco. Seus punhos estavam cerrados e seu olho direito ficava tremendo. Ela precisava mesmo ter mais sessões com o psicólogo, mas o dia que Mônica escutasse a melhor amiga, teria um dilúvio no bairro do limoeiro. Mas as coisas mudaram quando Magali notou algo que ela esperava que a mais baixa não tivesse se atentado.
- Mô, vamo’ no Quim antes.
- Não, Magá. A gente vai depois de passar na Denise, relaxa.
- Não, Mônica. A gente vai lá agora! - Magali puxou os ombros da menor, virando a garota de frente pra ela, de costas para a casa da Irene.
- Magali, por favor, para com isso.
- Não, Mônica! É sério, vamo’ lá, amiga, é rapidinho.
- Parece que você tá tentando me tirar daqui, amiga! Para com isso ou eu vou… - enquanto ela falava, se desvencilhou das mãos pequenas de Magali e se virou. Atrás dela, Cebola estava parado na porta da casa de Irene, os dois pareciam rir e estarem bem confortáveis.
Isso foi o suficiente para que a passos longos e rápidos, Mônica tentasse alcançar Cebola. Magali correu atrás da garota tentando segurar a amiga, mas por mais rápida que a garota fosse, não tinha forças pra segurar uma Mônica cheia de raiva que se aproximava rápido de um Cebola assustado.
- E você ainda tem capacidade de me chamar de amor e essas coisas, Cebolácio?
- Mônica? - o garoto estava confuso quando a namorada se aproximou.
- Como sempre você fica arrastando asa pra essa ai enquanto eu fico sonhando sozinha com você.
- Ficou sonhando sozinha por que quis. Mô, eu…
- Mô nada. - nesse ponto, Mônica já gritava e algumas pessoas saiam na janela pra ver a discussão. - Não é a primeira vez que você me troca pra ficar com essa vaca como se eu não importasse! E quando você falou que ia estudar eu acreditei em você!
- Deixa eu falar...
- Não! Eu não quero ouvir suas desculpinhas idiotas! Você nunca muda, Cebola é sempre a mesma merda. - ela estava até tonta de tanto ódio que sentia. Cebola tinha dito que não podia sair por ter marcado de ir estudar e era… mentira? Aquilo doía mais do que Mônica imaginava ser possível.
- Você que é semple a mesma melda, Mônica. Nunca deixa ninguém falar e quer ser a dona da lazão o tempo todo! - Cebola estava tão nervoso quanto a garota. Tentava controlar os erres das palavras, mas simplesmente não conseguia mais.
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Coisas de Meninas
FanfictionMônica e Cebola estão destinados um para o outro. Como uma variável universal, todos sabem que no fim da história eles estão destinados a ficarem juntos, seja por muito amor ou por um erro de cálculo. Mas depois de tantos erros e brigas, não só a Mô...