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Jeongguk estava acostumado com maus dias, teve tantos em sua vida que ainda não entendia como conseguia ainda ficar frustrado com seus infortúnios, entretanto tinha uma coisa que nunca tinha acontecido antes: levar um banho de poça no meio público, mais um para sua gloriosa lista de azares. Cuspiu a água que acumulou na sua boca, não pôde deixar de se sentir um chafariz, meio defeituoso, mas ainda assim um chafariz.

De início não entendeu muito bem o que tinha acontecido além de que algo o molhou e agora estava com frio, molhado da cabeça aos pés, sabia que sua t-shirt não se mostrava a melhor aliada para cobrir seu corpo de forma descente ou pelo menos esquenta-lo.

Normalmente, mesmo quando tinha vontade de responder, se contia e seguia seu caminho, estava esperando pedidos de desculpas de quem quer que tivesse feito aquilo, mas quando abriu os olhos, tudo o que encontrou foi alguém vestido de couro preto da cabeça aos pés junto de um capacete fosco também preto o observando ainda montado na moto que claramente valia no mínimo 3 apartamentos na área nobre de Seoul, e ali, ele soube que foi intencional, queriam o fazer de chacota, assim como ouvia as risadinhas e burburinhos de pessoas que nem davam o trabalho de disfarçar estarem observando o desenrolar da cena. Primeiramente se perguntou o por quê daquilo acontecer consigo, depois se perguntou o por quê daquele desconhecido querer mexer consigo e consciente que não obteria resposta, perguntou para Deus se numa vida passada ele fez a cruz de Jesus Cristo de pole dance para tamanhos castigos em sua vida, o que claramente também não teria respostas sobre isso.

Maldito café.
Maldita espera.
Maldito cara de moto.
Maldita seja hora que se levantou da cama.
Maldito seja o mundo.

- Ai caralho... - sussurrou para si próprio.

E parece que o motoqueiro do inferno decidiu dar as caras, tirou o capacete e desceu da moto. Baixinho, porém parecia atlético, cabelos ruivos tão reluzentes que Jeongguk se perguntou se por acaso estava vendo uma propaganda de produtos capilares e não sabia, o rosto tão liso que apostava seu café que ainda não recebeu de que aquele cara não sabia o que era ter um mísero poro dilatado, nariz de boneca e a boca carnuda rosada sustentava um sorriso faceiro de quem tinha acabado de aprontar.

Realmente não devia ter levantado da cama. Sabe quando você tem a leve impressão que o Capeta está encarnado na sua frente? Não se esqueça que Lúcifer antes de cair era o anjo mais bonito e angelical dos céus, e esse garoto meus amigos, poderia ser facilmente a versão masculina de Afrodite, porém com leves tendências meio... daquelas crianças de 10 anos que ninguém gosta de tão danado e fazem o inferno na terra, porém as criancinhas crescem, mas a vontade de continuar sendo um pupilo de Satanás continua ali firme e forte ainda que mais contido. Acreditava que aquele cara quando mais novo era uma criancinha muito bonita, só que é aquela história: filho do capeta, capetinha é, e Jeongguk também não tinha os melhores Santos para protegê-lo.

- Sinto muito docinho, eu não te vi, você está bem? - Jeongguk quis socar a cara daquele babaca de um jeito que nunca quis antes. Odiava gente cínica, ainda por cima uma acidez que o fez lembrar do motivo de tanto detestar deboche, apenas uma desculpa para destilar sua falta de educação e futilidade querendo se acorvardar por trás de ironias.

Respirou fundo. Não seria a porcaria de um projeto mal feito de um demônio em miniatura que iria estragar seu dia. Pensou em questionar de volta se ele parecia bem, ou ser irônico dizendo que nunca esteve melhor na vida, porém não valia a pena, ele tinha mais o que fazer além de dar atenção para um mauricinho que se acha bad boy.

- Claro - disse de olhos fechados, forçando a voz sair sem parecer irritada, o que não deu certo.

Quando reparou, a versão mini do capiroto estava deliberatamente encarando seu corpo por cima da t-shirt molhada que ainda estava grudada em seu corpo, e é claro que pelo vento seus mamilos estavam mais acesos que nunca. Seu corpo não era lá essas coisas, sendo sincero, era sem graça, nada de muito diferente do convencional, não era exatamente malhado, mas um pouco de definição começou a aparecer depois que começou à correr de madrugada tentando desestressar e ter um tempo sozinho em silêncio absoluto e quem sabe não morrer tão novo de colesterol alto. Sentiu um pouco de constrangimento pela exposição, porém a jogou para dentro de alguma gaveta no seu cérebro, pegou a camisa pela bainha, puxando-a para frente e foi descolando no que pareciam horas, até quis torcer, só que isso implicaria em mostrar mais pele e aquela não era a intenção. Quando teve a atenção novamente para seu rosto, sabia que não estava com uma das melhores feições, dê um desconto caro leitor, Jeongguk estava com fome, atrasado, molhado da cabeça aos pés e puto, muito puto, como uma espécie de dinamite prestes a explodir, tudo de ruim acontecendo por causa da porra de um maldito café.

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⏰ Última atualização: Feb 21 ⏰

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Sweet Chaos ▪︎ Jikook Onde histórias criam vida. Descubra agora