00. the beginning of a dream

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█ 00. o início de um sonho

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     HANNA ZOR-EL ERGUEU A POSTURA E ELEVOU O QUEIXO enquanto caminhava pelo corredor sombrio do colégio, o piso de madeira gasta titilava com as passadas firmes de seu all-star. A jovem deu um olhar de esgueira ao irmão, que caminhava despojadamente não muito atras. Eles eram tão diferentes, que Hanna assustava-se ao lembrar; A caçula da família ── por míseros 3 minutos e 24 segundos, como Noah adorava jogar em sua cara ── que adorava se aventurar por trilhas repletas de árvores e animais estranhos ou visitar sua tia, Lena, e tagarelar até tarde. Já Noah, passava a madrugada em festas com luzes coloridas e música alta, fumando e bebendo qualquer coisa que pudesse diminuir sua expectativa de vida, mas ela duvidava muito que o irmão pensasse nisso enquanto se misturava nas multidões de corpos suados, e as manhãs, quando chegava em casa de fininho, se atirava na cama e dormia pelo resto da tarde.

O pouco tempo que passavam com os pais, que eram os cafés matinais ── e muito raramente os almoços ──, conversavam sobre coisas fúteis, como foi a escola ou o que fizeram durante o dia. Ela afastou os pensamentos, ajeitando o óculos de chumbo ── um presente que ganhara de Kara quando completou 13 anos, em uma festa que acabou terminado mais cedo, quando uma alerta de roubo foi disparado do banco ── e deslizando os olhos pelo corredor. O colégio estava relativamente vazio para um segunda-feira, mas com a Grande Guerra pairando tão próximo deles, muitos pais resolveram-se por deixar os filhos em casa. Melhor para eles, afinal.

  A jovem deslizou pelo corredor, parando em frente a porta velha do sótão. Quando girou a maçaneta torta e desgastada, Hanna constatou que não seria preciso de muito para arrancá-la dali. Seus passos se suavizaram e ela levantou a mão pra tirar as teias de aranhas do caminho. Daniella avisara ao grupo que as preparações seriam feitas no cômodo subterrâneo da escola, a jovem kriptonyana não fazia ideia do porquê, mas aprendera do jeito mais difícil que contrariar um Ramon não era uma ideia lá muito sabia. O estampido da porta rangendo novamente anunciou a entrada de Noah, junto com os passos pesados e bufadas descuidadas. Ele espirou estrondosamente e grunhiu, descontente.

── Por que Dani não escolheu um lugar mais ── ele estreitou os olhos para o ambiente, franzindo o nariz ── limpo?

Hanna revirou os olhos.

── Seu quarto não é muito mais limpo que isso daqui. ── murmurou.

  Noah fez uma careta para a irmã, antes de sair desfilando como se fosse o dono do mundo. A jovem parou por um momento, para observar o lugar; livros, fios e baterias se espalhavam aos montes pelo chão e prateleiras, caixas com plásticos e pilhas de lixo-reutilizável, como Daniella os chamava, estavam dispostas aleatoriamente, sem qualquer sinal de organização ou padrão. Ela caminhou até uma das salas, atrás do irmão, passando suavemente pelas paredes de madeira podre, podia ouvir o gorgolejar distante de água pingando, de um provável cabo quebrado, e o cheiro pútrido de mofo que pinicava seu nariz. É, talvez Noah estivesse certo, seria pura sorte se aquilo não desabasse em suas cabeças.

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⏰ Última atualização: Feb 16, 2021 ⏰

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