bullet list: kiss 100 boys (one boy 100 times)

still mine, alextbh (still mine)

Jimin assistiu enquanto seu cereal boiava no leite, colher balançando frouxa em suas mãos.

Depois de uma noite inteira aturando Taehyung e suas frases inacabadas, pela manhã já não aguentava mais. E não aguentar mais não queria dizer que ele conseguiria contar tudo para o amigo.

Levantou o olhar e Taehyung, do outro lado da mesa, franziu as sobrancelhas.

Esquentou, pinicou, queimou... Taehyung começou a rir.

— Não vai me dizer que beijou cem meninos ontem?

Jimin deixou sua colher cair dentro da tigela, bochechas corando. Quem ele achava que Jimin era?

— Claro que não!

Taehyung lançou-o um sorriso sapeca.

Era nove da manhã e os dois ainda estavam sonhando com o dia anterior, não tão discretamente. Ainda mais Taehyung, quem fora dormir com um sorrisinho nos lábios.

Mas Jimin... Jimin não podia evitar de lembrar, e lembrar de tudo. E então afundar naquele barquinho de sentimentos, queimando até que seu sangue secasse.

— Um menino, então? Cem beijos?

O pior era que Taehyung não desistiria. Sem chance. Agora que Jimin realmente tinha coisas para contar? De jeito nenhum.

Os dois se encararam por alguns segundos, antes de Jimin voltar a examinar sua tigela.

Prendeu o lábio inferior entre os dentes, nervosismo festejando com sua introdução.

— Três... — Respondeu, por fim.

Taehyung arregalou os olhos, sorriso alargando até os olhos fecharem.

Ele se levantou abruptamente, nem ao menos hesitando em dar a volta na mesa e agarrar Jimin pelos ombros.

— Me conta! Me conta tudo!

Jimin soltou um suspiro derrotado. Já que era para contar tudo...

♡

Teve quase certeza que não conseguiu respirar direito por uns bons minutos. Bons minutos de Jungkook, o corpo dele pressionado ao seu, bocas a um tris de um segundo beijo.

Jimin conseguia sentir o coração dele batendo contra seu peito, tudo muito rosa e quente.

E não sabia o que fazer. Não sabia se empurrava-o para longe ou pedia-o por mais. Porque não conseguia dizer nada, as palavras não saiam mais de sua boca.

Condenou-se a encarar Jungkook. Sua expressão extasiada, como se brincasse de mímica com Jimin e perguntasse para ele como ele se sentia.

Jungkook estava quase tão nervoso quanto Jimin.

Jimin percebeu quando ele soltou suas mãos, aos poucos deslizando-as para baixo, o vidro gelado chegando a arrepiar.

Viu o rosto corado, as orelhas vermelhas. O peito descendo e subindo, os dedos tremendo.

Gostava de como ele tinha lhe olhado. De jeito tão confiante, e em seguida, tão assustado. Conseguia ver os olhos dele brilhando, cílios tremendo. E então, recebendo a mesma reação de Jimin, eles relaxavam, pálpebras descansadas.

Assistiu-o suspirar, seus corpos pesando contra a janela. E, de repente, Jimin subiu as mãos. Arrastou os dedos pelas costas nuas de Jungkook, pressionando seus troncos ainda mais, e subiu, e continuou subindo.

Unhas arrastaram de leve contra o pescoço dele, palmas sendo introduzidas na bagunça de fios de cabelo.

Jimin deixou escapar um suspiro quando Jungkook olhou-o nos olhos.

Não tinha certeza se devia dizer algo. Se deveria explicar o que sentia, ou se deveria deixá-lo saber de tudo o que estava pensando.

Porque, na verdade, não tinha uma certeza real.

Segurou ambas suas bochechas ali, perto de seu rosto, narizes arrastando um no outro. E sentiu-o. Sentiu-o queimar e derreter e...

Jungkook foi quem virou o rosto, levemente, e pressionou seus lábios contra os de Jimin.

Jimin assistiu os cílios dele tremerem antes de empurram-se para baixo, olhos tão grandes agora escondidos de sua visão. E não pôde evitar de fazer o mesmo.

Não pôde evitar de se deixar levar.

Deixou-o tocá-lo, explorá-lo, esmurrar aquele calor e aquela adrenalina para todos os lados.

Naquela segunda vez, demorou a deixá-lo ir.