O enterro de Sadie Sink ocorreria daqui a alguns minutos e Finn não pretendia ir, mas sabia que seria obrigado. A ruiva era presidente do Grêmio Estudantil, jogava vôlei e organizava todas as festas de Íris Apatow.
Foi possível escutar duas batidas na porta do quarto do cacheado, e logo a imagem de sua mãe surgiu à sua frente.
— Filho, nós já vamos, desça logo. Vê se não esquece que aquela garota no caixão era sua namorada.— alertou apressada.
— É, eu sei disso, mas não custa lembrar que ela 'tá lá por minha culpa!— tentou gritar mas saiu mais como um lamento sôfrego, sentiu uma lágrima descer solitária de maneira pelos seus olhos, ele não queria chorar na frente de sua mãe.
— Para de ser dramático, moleque, você não fez nada contra Sadie. Apenas tome coragem e venha conosco. O que acha que a família dela irá pensar de nós se não formos?— falou com um leve ar de preocupação enquanto encarava seu reflexo no espelho se admirando nos trajes pretos refinados.
Finn levanta da cama se sentindo como um zumbi e começa a caminhar com passos arrastados ao lado de sua mãe para a sala— onde estavam seu pai e seu irmão sentados no sofá assistindo à um programa sobre carros—, logo todos se levantam e vão para a parte de fora da casa sem trocar nenhuma palavra um com o outro. Não havia nada para ser dito.
A família Wolfhard entra no carro e segue em direção ao cemitério da não tão pacata cidade em que moravam.
Durante o trajeto era possível ver bares, árvores e alguns prédios pequenos. Nos postes de iluminação estavam pregados a foto de Sadie. Ninguém sabia o que de fato havia acontecido naquela comemoração, exceto os adolescentes que ficaram até mais tarde na piscina, ou seja, quase todos da escola.
Contudo ninguém admitia nada, apenas tinham a noção de que uma hora ou outra a verdade viria a tona.
A culpa é de quem afogou Sadie Sink ou de quem não a salvou?
***
Algumas pessoas choravam em volta do caixão da ruiva. Ela estava mais branca que o normal— a pele num tom branco meio acizentado quase que assustador— deitada com girassóis ao seu redor (suas flores favoritas). Finn tentava se manter forte na frente de todos, mas se sentia tão culpado pelas consequências daquela "brincadeira" que mal conseguia olhar para a garota a sua frente, muito menos para sua família que lá estava presente.
Em meio as lamentações também era possível escutar a voz do pastor fazendo um discurso sobre como deveriam estar feliz pois agora ela está em um lugar melhor e parou de sentir dor.
Acontece que o sentimento de tristeza faz parte da vida e se você não os tiver, significa que já morreu há mais tempo do que imagina.
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❦︎Dᴇᴀᴅ Gɪʀʟ Iɴ Tʜᴇ Pᴏᴏʟ❦︎ (Fᴀᴅɪᴇ)
Fanfiction❦︎Cᴏɴᴄʟᴜɪ́ᴅᴀ❦︎ ❝𝐄𝐦 𝐡𝐨𝐦𝐞𝐧𝐚𝐠𝐞𝐦 à 𝐦𝐞𝐦ó𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐌𝐚𝐫𝐜𝐞𝐥𝐢𝐧𝐨 𝐍𝐨𝐫𝐨𝐧𝐡𝐚,𝐦𝐞𝐮 𝐬𝐚u𝐝𝐨𝐬𝐨 𝐚𝐯ô... 𝐒𝐞𝐦𝐩𝐫𝐞 𝐢𝐫𝐞𝐢 𝐥𝐡𝐞 𝐚𝐦𝐚𝐫,𝐟𝐢𝐪𝐮𝐞 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐫,𝐧ã𝐨 𝐦𝐞 𝐥𝐞𝐯𝐨𝐮 𝐚𝐭é 𝐚 𝐥𝐮𝐚... �...