Capítulo 01

1.1K 85 30
                                    

S/N, deveria estar iniciando sua tão amada faculdade de línguas, mas, a situação financeira não estava ajudando. Então, optou por trabalho em uma loja de vestidos para casamentos, querendo ajudar sua irmã.

Não que seja um trabalho digno, mas o fato das mulheres poderosas olhar a moça de cima abaixo como se fosse um bichinho asqueroso, deixava S/N incomodada e até uma certa pessoa a qual em segredo vive protegendo-a.

— Olha a merda que você está fazendo com meu vestido! 

Reclamava a cliente, provando seu vestido de casamento. 

— Não acredito que pessoas como você, podem trabalhar em um lugar como este! — Desceu de cima do branquinho e foi se olhar no espelho, fazendo caso sobre algo tão simples atraindo atenção da dona do lugar, observando a cena enquanto atende outra cliente.

— A culpa é sua, não ficava quieta e me fez passar a costura no lugar errado! — Como sempre, a jovem não coloca limites na própria língua.

Essa é S/N. Uma jovem que trabalha duro em qualquer emprego, pra conseguir pagar as milhares de contas que seu pai deixou antes de morrer. Garota trabalhadora, que ajuda a irmã mais velha em casa, guarda qualquer dinheiro para pagar há tão sonhada faculdade de línguas. Um rostinho angelical, que engana qualquer marmanjo por pensar que possa ser uma garota inofensiva e medrosa, mas, S/N sabe se defender e não tem medo de ninguém. A vida lhe tornou forte.

Ultimamente, ela anda com um certo medo, pois as pessoas as quais seu falecido pai deve, estão fazendo visitas lhe cobrando cada vez mais e sem falar das ameaças.

— Você está na rua! Não vou perder mais clientes por culpa sua! — disse a dona do local, S/N levantou a cabeça e pegou sua bolsa, nem quis saber do dinheiro que a mulher lhe devia pelo mês de trabalho.

Saiu daquele prédio, foi andando pelas ruas da cidade grande, observando todos os prédios enormes e as pessoas bem vestida que passavam por aquela região, já que ela estava no centro da cidade, onde as coisas acontecem. Sorriu, ao ver o parque que contém as melhores flores coloridas, sentou-se em um dos balanços ficando a observar tudo, despreocupada com a vida.

Olhando um pouco mais à frente, avistou alguém, focando sua total atenção ao lindo rapaz. Era Sehun, um conhecido de sua infância.

— Olá, Sehun, vamos tomar um café ali ? — indagou sozinha, entre risos, imaginando como seria convidar ele para sair. — Acho que não vai rolar, S/N. Você é muito tagarela! — Começou a rir sozinha, de novo sem tirar a atenção do rapaz.

Logo sua visão focou em um carro preto que, estava atrás de Sehun, a porta se abriu e um cara velho usando terno saiu dele, parecia um mordomo. Depois o velho voltou com uma caixa em mãos, e entregou para alguém no banco detrás, a janela abaixou um pouco e uma câmera se mostrou, só que focava no rosto da garota, agora. S/N já irritada, por sempre ver esse carro, passou a dar passos largos indo na direção do veículo para tirar satisfação, mas quando chegou perto, o carro saiu chutado.

— Filha da mãe! — gritou, um homem que passava olhou feio para a garota, por ter dito palavras de baixo calão. — Desculpa!

(...)

— Irmã, eu cheguei! — chamou pela irmã, que logo abraçou ela de uma forma desesperada. — Que bosta! O que foi agora? — Afastou um pouco a irmã, e a passou a encarar preocupada.

— Colocaram fogo no seu trabalho, sua patroa morreu e acharam uma toda deformada. Uma garota vestida de noiva. — S/N arregalou os olhos, em um tom de espanto, a garota era a que xingou ela, mas não merecia isso. 

— Eu estava preocupada contigo, por achar que você estava lá dentro. Como conseguiu sair há tempo ? — franziu o cenho, confusa.

— Aquela vaca me colocou no meio da rua, mas parece que o destino cobrou ela caro por isso. — sorriu divertida, sua irmã lhe deu um tapa na cabeça. A garota cessou o riso e se jogou no sofá velho. — Ah, irmã, elas não eram de Deus mesmo. Me humilharam muito. — sua irmã balançou a cabeça, em negação.

— Quem será que fez essa barbaridade, e por que logo depois que você saiu ? — as duas franziram o cenho, pensativas, mas mandaram esses pensamentos para longe. — O importante é que deixaram você viva e tagarela ainda. — sorriu, divertida.

— Preciso agradecer à essa pessoa. Agora eu preciso ir atrás de outro emprego.  — pegou uns jornais, passando a ler uns anúncios de emprego. — Trabalhar com crianças não é minha praia. Da última vez, eu quase amassei uma panela na cabeça de uma. — Começou a rir, lembrando do ocorrido.

(...)

— Você mandou queimar aquela loja, tudo por que o segurança viu as mulheres tratando mal aquela garota ? — Minseok, questionava seu irmão por tamanha barbaridade e crueldade. — Tudo por causa dessa garota simples, que conheceu naquela casa de jogos ? — se pôs de pé, e seu irmão lhe encarou sério.

Nas casas de sonhos o pai de S/N costumava frequentar muito apostando e sempre perdendo dinheiro, foi exatamente assim qur arruinou o futuro da família deixando dívidas para as filhas as quais agora correm contra o tempo para quitar. 

Foi em uma bela noite quando Junmyeon viu S/N pela primeira vez, após a morte do pai dela. A garota havia ido conversar com alguns apostadores tentando os convencer de darem mais tempo quanto as dívidas, e aquela cena de uma moça de aparência delicada e recatada acabou atraindo atenção de Kim, o qual desde daí passou a querer saber mais sobre S/N.

Como seu irmão costuma dizer, foi amor a primeira vista. 

— Eu não me importo com que vida eu tenha que tirar, e não gostei de saber da forma que aquelas duas trataram essa garota. E eu mandei sim, mando tocar fogo até no presidente se me der vontade! — disse confiante, Minseok negou com a cabeça. — Quero proteger S/N. — murmurou pensativo, olhando a cidade do alto do seu prédio, da sala que fica no último andar do edifício mais imenso de Seul.

— Ela não mostra ser os brinquedos que você costuma ter a seu favor. Ela é simples sim, mas luta todo dia e enfrenta a vida todos os dias. Você até me disse, que ela teve a coragem nesta manhã de ir até seu carro. — O empresário discreto, passou a rir ao lembrar daquela cena. 

— Quem disse que a quero como brinquedo ?

Seu irmão saiu da sala e deixou Kim, admirando a cidade, concentrado no grande estrago que fez na loja um pouco afastada do seu edifício, apreciando a bela fumaça subindo para o céu.



Uma Louca Obsessão | Imagine Suho | EXO Onde histórias criam vida. Descubra agora