CAPÍTULO 2 - O ENCONTRO

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A campainha da escola toca, naquele intervalo, a representatividade estava num verdadeiro caos; folhas ao chão, correria pelos corredores e finalmente o que muitos desejavam, férias. Dezembro, um mês que prometia muitas aventuras; encontros e desencontros. Nas mais idealizações do próprio caminho trilhados em um único destino.

Os exames da última avaliação das provas chegam ao fim. Viviane, uma daquelas moças aclamada pelo anseio da descoberta, frequentemente, costumava frequentar bares a noite e, de vez em quando, adorava fumar maconha com o namorado. Essas características até mudam sua fisionomia; seca, chupada, olhos fundos, cabelos loiros quebradiços, branca como um leite. Num certo dia, Viviane marca de sair para praia, após o fim da aula, com Joana e Katarina, suas melhores companheiras, desde a infância.

– Não posso, marquei de sair com minha mãe ao shopping depois da aula... Ser vocês tiverem ainda lá eu encosto. – disse Joana.

– Ah é. Você mora bem próximo... – respondeu Viviane – Então fui... Beijos pra quem fica. Vamos Katarina.

No tempo em que Cristina adormece em um profundo sono na mansão mais opulenta. Joana ao chegar na casa, clama da porta:

– Mãe? Cadê você?

Logo, seu pai ao ouvi-la se retira imediatamente da sauna. Com os cabelos todo desarrumado, camisa desabotoada. Vestiu-se ligeiramente, dizendo a Rosângela: "depois eu volto querida."

– Filha, faz tempo que você chegou?

– Não pai. A mamãe já chegou? Nossa, o senhor está desastroso.

– Tava me aquecendo. Acho que sua mãe não deve ter chegado.

Joana subiu para ver se a mãe estava no quarto. A cada degrau pisado, a vibração de seu coração acelerava, nas batidas mais agoniantes de que alguma coisa havia acontecido, não pensou. Apenas reagiu.

– Ela já chegou faz um tempo. – respondeu o mordomo.

– Quê? E onde ela está? – perguntou Ricardo assustado.

– O senhor está bem? Com essa cara parece que viu um fantasma.

– Tô melhor que você. Fala seu miserável.

– Está no quarto e ver se me trata com respeito.

– Você já é tratado para ser pago. O que queres mais do que isso?

Enquanto na sala ocorria a discussão entre Ricardo e Santiago. No banheiro do quarto, ali estava Cristina caída sob o chão, não se sabia ao certo quanto tempo estava desmaiada.

– Chame uma ambulância! – grita apavorada Joana.

A discussão entre eles passam a ser momentos de desesperos. Ricardo suspende-a no colo e a leva para o hospital, enquanto Santiago e Joana seguram na mão um do outro e começam a orar. A empregada avista todo o acontecimento, começa a se orgulhar e pensa: "será que eu vou ficar no lugar dela?"

Horas se passam e a cada minuto perdido as batidas do coração sacudia-se de maneira em que a inquietude não controlaria nem os apertos de si mesmos. Os resultados dos exames chegam e o doutor convoca aos familiares para diagnosticar o ocorrido que havia afetado Cristina. O médico claramente profere: "PROBLEMAS CARDÍACOS: dê bastante líquido, evite estresses, hábitos alimentares prejudiciais, trabalhos excessivos, rotinas repetitivas [...]"

Minha mãe finalmente recebeu altas. Levamos para casa. Puder perceber o quanto ela estava feliz quando avistou todos nós ao seu lado. Quanta alegria em um só dia. Neste entrementes, marcamos de sair a noite para o cinema. Animados? Talvez. Queríamos enternecer alguém muito especial. Enquanto isso, me retirei de fininho e caminhei para a praia, precisava remarcar com minhas amigas uma nova despedida do colegial.

Caminho ou destino?Onde histórias criam vida. Descubra agora