A cidade que morreu

10 1 2
                                    

     (Riverbanks é uma cidade localizada no interior do Canadá. É conhecida pelas grandes montanhas que a cercam, além do "Rio Azul", um grande ponto turístico do local. Riverbanks também é o lar de muitas criaturas exóticas, como exemplo: a raposa-do-ártico. Isso graças aos seus "agradáveis" -10° no inverno. A universidade local é uma das melhores da região canadense. Referente a sua população, sendo a maioria idosa, e com costumes antigos. Não há muitos moradores na cidade. Não existem tantos dados sobre Riverbanks desde a tragédia de 1971. O tal ocorrido ocasionou uma campanha, feita pelo prefeito, de censura à imprensa. Muitos se mudaram da cidade devido ao pouco espaço dado à liberdade de expressão.) 

— Só isso? Como pode haver tão pouco? - Resmunguei. 

     Não pode ser tão pouco assim, tem que existir mais informações! "Tragédia de 1971"? O que é isso? Deve ter alguém que possa me dizer mais sobre essa cidade, do contrário, não irei estudar lá. Como posso ir morar em um lugar que sei tão pouco? 

— Heloísa, a sopa vai esfriar! - Minha mãe grita lá de baixo.                                                                            — Já desço! - Retruquei. 

Desci para a cozinha e jantei. Elisa tinha ido jantar na casa da amiga, por isso, o jantar foi silencioso. Minha mãe não fala muito...

     Logo que acabei de lavar a louça subi para o meu quarto e fiz algumas anotações sobre o que sabia a respeito de Riverbanks. Espero não estar ficando paranoica. Resolvi ligar para James, um antigo amigo de infância. Ele ainda é meu vizinho, mas não nos falamos tanto desde o início do ensino médio.

— Alô? 

— Alô? James? 

— Oi, quem é? 

— Is... Heloísa, sua vizinha. - Falei apreensiva, temia que ele não lembrasse de mim. 

— Aaah, Isa! Oi, como você está?

— Estou bem, e você? 

— Estou ótimo, mas por que me ligou? 

— Preciso da sua ajuda. Ainda é bom com mistérios? - Forcei uma risadinha. 

— O próprio Sherlock Holmes, digamos. - Ele riu. 

— Seu senso de humor continua o mesmo, mas enfim... Preciso que me encontre amanhã na praça que fica perto da escola. Você pode ir? 

— Si... Claro, claro que posso. Mas por que quer me encontrar lá? 

— São muitas dúvidas para falar por telefone, prefiro dizer pessoalmente.

— Tudo bem, te vejo lá então. 

— Ah! mais uma coisa: veja o que consegue descobrir sobre Riverbanks. 

— Riverbanks? Aquela cidade canadense? 

— Sim, essa. 

— Tá... Você está estranha, mas vou ver o que posso fazer. - Força uma risada. 

— Você é incrível! Te vejo às 07:00, tchau. 

— Tchau! 

     Naquela noite pensei: o que de tão ruim pode te acontecido nessa cidade? Não importava o quanto eu tentasse pensar em outra coisa, sempre voltava ao mesmo ponto. Me senti atordoada em meus próprios pensamentos e desmaiei de exaustão. Ao sonhar, vi uma menina, a mesma que teria visto da outra vez. Ela chorava, chorava muito. Se lamentava por algo que estava procurando, mas não conseguia encontrar. 

     Perguntei a ela o que estava procurando, ela não respondeu ao certo. 

— Ache-o! Ache-o! - Ela gritava aos prantos 

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 20, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Um dia após meu suicídioOnde histórias criam vida. Descubra agora